Tradução / Daniel Tanuro é um engenheiro agrícola e um proeminente ativista socialista que fez numerosas contribuições ao pensamento e à prática ecossocialista, em particular em seu livro Green Capitalism: Why It Can’t Work.(1) No entanto, isso tem sido acompanhado por persistentes afirmações que há “falhas fundamentais” na crítica ecológica do capitalismo de Karl Marx.(2) Tanuro acusou anteriormente Marx de não reconhecer a centralidade dos combustíveis fosseis para a industrialização capitalista e que Marx ignorou o conhecimento camponês/indígena ao rejeitar a noção do agrônomo francês Léonce Lavergne de que as culturas forrageiras eram capazes de obter todos os nutrientes que necessitam direta ou indiretamente (por meio do esterco) da atmosfera. (3) Essas e outras críticas de Marx por Tanuro foram refutadas por Paul Burkett e por mim em nosso livro Marx and the Earth (2016). (4)
Tanuro mudou agora seus argumentos em vários sentidos, necessitando uma nova resposta. Em sua recente resenha “Foi Marx um ecossocialista: Uma resposta a Kohei Saito”, sobre a obra de Saito, Karl Marx’s Ecosocialism, Tanuro deixou de lado sua acusação de que Marx e Engels ignoraram o papel dos combustíveis fósseis – algo que não se sustenta em face das massivas evidências contrárias. Ao contrário, ele agora critica Marx por não ter estado ciente disso, mesmo no contexto de seu tempo, sobre o desequilibro global de energia causado pelas emissões antropogênicas de dióxido de carbono na atmosfera. (5) A isso se agrega a acusação de que Marx negou incorretamente que algumas plantas poderiam obter nitrogênio da atmosfera, ligando isso à observação de que Marx também desprezou o papel das minhocas e [outras espécies] da fauna do solo na fertilidade do solo. (6) Tanuro afirma que ambas eram parte do conhecimento camponês tradicional, que Marx “desdenhou.” Além disso, o papel das minhocas observa ele, foi enfatizado na obra de Charles Darwin, The Formation of Vegetable Mould through the Action of Worms (1881). (7) Finalmente, Tanuro afirma que a conhecida falha de Marx e Engels em desenvolver uma análise crítica global sobre a expropriação do trabalho doméstico não pago está relacionada a essas falhas ecológicas gerais.
As concepções ecológicas de Marx foram naturalmente limitadas pelas condições materiais e o conhecimento do século 19. A ecologia marxiana não se apoia simplesmente no que Marx e Engels sabiam sobre os problemas ecológicos concretos, relativas ao nosso próprio tempo, mas sim em seu método crítico global. Porém, é importante examinar a “constelação de erros” que o próprio Tanuro produz em sua representação equivocada das visões ecológicas de Marx.[8]
Marx e o conhecimento ecológico do século XIX
Em “Foi Marx um ecossocialista?”, Tanuro habilmente salienta a importância da teoria de Marx sobre a ruptura metabólica da forma como foi recentemente explorada pela obra de Saito, Karl Marx’s Ecosocialism. No entanto, ele critica Saito por “exagerar” a importância da crítica ecológica de Marx. Isso se seguiu a uma tentativa de apontar certas insuficiências no argumento de Marx. A crítica inicial de Marx por Tanuro é dizer: “Até o ponto que sei, a possibilidade de um desequilíbrio da energia global na Terra devido à queima de combustíveis fósseis não captou sua [de Marx) atenção. Deveria ter sido diferente—John Tyndall descobriu o poder radioativo do CO2 e de outros gases atmosféricos em 1859. Mas o interesse de Marx na ciência foi fundamentalmente focado em outras áreas de pesquisa. (Agreguemos que [Carl] Fraas [que Marx estudou] estava falando sobre o fato de que a mudança climática local causada pelo desflorestamento, não pelo aquecimento global.)”(9)
Ao dizer que “isso poderia ter sido distinto”, e que Marx deveria ter reconhecido tanto o desequilíbrio da energia da Terra e o aquecimento global se seu interesse na ciência não tivesse se “focado fundamentalmente em outras áreas de pesquisa”, Tanuro está de fato sugerindo que Marx deve ser julgado não pela sua compreensão da ciência do seu tempo, mas por seu fracasso em superá-la. Aqui alguns fatos devem ser mencionados. Ainda que Tyndall tenha demonstrado empiricamente que o dióxido de carbono tem um papel para produzir um efeito estufa, nem ele nem ninguém mais no período da vida de Marx propuseram a hipótese do aquecimento global antropogênico. Isso teve que aguardar o cientista sueco Svante Arrhenius em 1896 (10). Marx, é necessário observar, assistiu a algumas das palestras de Tyndall no momento em que este estava apresentando seus experimentos em relação à energia solar e ao dióxido de carbono. Marx também estava a par das especulações gerais em relação ao papel da produção humana no aquecimento do planeta—ainda que não tivesse nenhuma base cientifica clara—a partir de seus estudos sobre o trabalho do economista ecológico marxista precoce, Sergei Podolinsky. (11)
No tempo de Marx, não houve de fato nada parecido com uma teoria desenvolvida sobre o equilíbrio energético do sistema terrestre. O próprio conceito de energia (como distinto do da força e do movimento) era ainda bem recente na metade do século XIX—tendo sido introduzido no contexto da revolução cientifica associada ao desenvolvimento da termodinâmica, ao que Marx and Engels prestaram muita atenção. (12) Não foi antes de 1958 que Mikhail I. Budyko, na União Soviética, publicou as primeiras estimativas do equilíbrio de energia global em seu Heat Balance of the Earth System. (13) O conceito do Sistema Terra propriamente dito foi então uma criação da segunda metade do século XX. (14)
Como Tanuro reconhece parcialmente, Marx foi influenciado pelo trabalho dos cientistas alemães Carl Fraas e Matthias Schleiden, que documentaram as mudanças climáticas nas sociedades antigas. Marx e Engels também estavam conscientes sobre os efeitos ambientais do colonialismo em ilhas como Santa Helena (e mesmo em partes da Índia). Portanto, eles se referiram várias vezes à mudança climática associada ao desflorestamento. Marx tomou cuidadosamente notas sobre o trabalho do geólogo Joseph Beete Jukes a respeito do movimento das isotermas devido às mudanças paleoclimáticas e sua influência nas extinções de espécies no tempo geológico de mais de dezenas de milhões de anos. (15)
Além de questionar a compreensão de Marx sobre as mudanças no Sistema Terra, Tanuro prossegue e questiona Marx por suas críticas da obra de Lavergne, Rural Economy of England, Scotland and Ireland (1853). Marx ridicularizou o que denominava como a “a história fantasiosa” de Lavergne em relação às plantas forrageiras e à fertilidade do solo. Tanuro argumentava que isso equivalia a uma negação da fixação do nitrogênio no solo por parte de Marx. Portanto, Tanuro aponta para o que ele considera ser:
O fato que Marx considerava a noção que certas plantas podem fixar o nitrogênio do ar nos solos como uma fábula [...] Penso que há pouca dúvida que Marx [...] expressa um desdém [por essa razão] ao que ele via como superstições dos camponeses (e das dos povos indígenas). Encontramos um traço desse cientificismo na admiração de Marx pela teoria de Liebig de que os nutrientes químicos são a principal explicação para a fertilidade do solo: é certo que os camponeses conheciam o papel das minhocas e de outros organismos das espécies da fauna do solo—um papel confirmado por Darwin em 1881—mas o conhecimento camponês não captou a atenção de Marx.[16]
Tanuro alude aqui à objeção de Marx à afirmação extraordinária de Lavergne de que “as plantas forrageiras derivam da atmosfera os principais elementos de seu crescimento, ao passo que elas fornecem ao solo mais do que retiram dele. (17) De fato, Marx estava totalmente correto em tratar isso como um conto infantil, indicando que ambas as partes da afirmação de Lavergne eram falsas. Não é verdade que as plantas forrageiras, mesmo no caso dos legumes, obtenham da atmosfera todos os principais elementos de seu crescimento. Como todas as demais plantas, elas dependem fundamentalmente de nutrientes do solo. Para a maioria das plantas, somente o dióxido de carbono mais o oxigênio atmosférico (que desempenha um papel secundário em remover os elétrons residuais no processo respiratório e não entra diretamente no crescimento da planta) são obtidos da atmosfera. Os restantes dos dezesseis elementos químicos essenciais precisam ser obtidos pela maior parte das plantas a partir do solo, incluindo o nitrogênio. No entanto, os legumes (tais como trevo, ervilha e feijão) podem utilizar o nitrogênio atmosférico e fixá-lo no solo (com a ajuda das bactérias em suas raízes). Mas mesmo os legumes dependem do solo para obter todos os demais elementos químicos essenciais no crescimento da planta (além do dióxido de carbono, oxigênio e nitrogênio). E todas as plantas esgotam o solo, requerendo que os elementos químicos do solo sejam reciclados. A opinião de Lavergne de que os legumes fornecem mais do solo do que dele retiram é, portanto errada – como Marx afirmou. (18)
Em nenhum momento em todo esse debate Marx chega ao ponto de negar que algumas plantas (legumes) sejam capazes de extrair nitrogênio da atmosfera e fixá-lo ao solo (um fato que tinha sido demonstrado por Jean-Baptiste Boussingault em 1836, ainda que o mecanismo exato pelo qual ocorria não era conhecido até 1880). Além disso, Marx não faz nenhuma referência ao nitrogênio nesse contexto, assim que não há bases para a acusação de Tanuro de que ele negava a existência da fixação do nitrogênio. Logicamente, desafiar, como Marx o fez, a “história fantasiosa” de que as plantas forrageiras obtêm da atmosfera “todos” os “principais elementos para seu crescimento” não é o mesmo que adotar a noção falaciosa de que eles não obtêm “nenhum” desses elementos químicos da atmosfera. Nem isso tem algo a ver especificamente com o nitrogênio. Liebig, que era a principal fonte de Marx sobre a química do solo, tinha concluído à altura da terceira edição de sua Química Agrícola em 1843, que o nitrogênio que as plantas obtêm da atmosfera era “bastante suficiente” (uma posição, no entanto, que não distinguia legumes e plantas em geral), de forma que um fertilizante nitrogenado adicional não era necessário. Ainda que essa conclusão tenha sido corretamente questionada no seu tempo por agricultores e cientistas, Marx teria pouca razão nesse tema para duvidar da realidade da fixação do nitrogênio.
A oposição mais ampla de Marx a Lavergne baseou-se na defesa deste último do cultivo mais moderno da Inglaterra com sua ênfase em uma agricultura baseada na carne voltada para o consumo dos ricos, em oposição a um sistema agrícola baseado em cereais ou grãos, voltado ao consumo dos trabalhadores. Longe de negar o conhecimento camponês nessa esfera, Marx, como seria de esperar, estava questionando o novo sistema de agricultura industrializada da Inglaterra, baseada na carne e geralmente se colocava ao lado das pessoas comuns (as pessoas que habitavam as áreas comunais) e suas práticas agrícolas tradicionais.
Mas, e sobre o desprezo de Marx com relação às minhocas e ao restante da fauna do solo em seu tratamento do solo? Aqui, Tanuro tem sem dúvida razão que isso não recebeu atenção por parte de Marx, especialmente porque os grandes avanços na ciência nessa área necessitavam do estudo dos micro-organismos do solo, que ainda não tinha ocorrido nos dias de Marx. É verdade, como assinala Tanuro, que Darwin publicou seu livro sobre minhocas em 1881, mas isso foi somente dois anos antes que Marx morresse (um ano antes da própria morte de Darwin). Além disso, é pouco possível argumentar com base nessa escassa base, como faz Tanuro, que Marx tinha “um desdém pelo que ele via como superstições de camponeses (e dos povos indígenas),” ou que ele era culpado de cientificismo.”(21). É preciso somente olhar para o tratamento muito detalhado de Marx das formas de cultivo com o uso de enxadas pelo campesinato irlandês, incluindo seu manejo do subsolo, para refutar a alegação sobre seu desdém pelo campesinato. (22) Além disso, os Cadernos Etnológicos de Marx e os escritos sobre os indígenas, em geral, contêm numerosas métodos agrícolas indígenas. (23)
Com relação ao tema de gênero, Tanuro abandona completamente a lógica, afirmando que as famosas passagens em O Capital e em sua Crítica ao Programa de Gotha de que a natureza e o trabalho são as duas fontes de riqueza constituem uma indicação direta de que Marx não levou “em conta nem o trabalho reprodutivo realizado principalmente pelas mulheres nem a exploração específica das trabalhadoras.”(24) Isso me parece estar baseado em dois pressupostos estranhamente atribuídos a Marx: (1) a reprodução feita pelas mulheres no trabalho doméstico das casas não pertence nem à natureza corporal ou ao trabalho social e não pode ser vista como produzindo riqueza real na forma de valores de uso; (2) o trabalho na indústria deve ser principalmente identificado aos homens e excluir as mulheres. Ao contrário, Marx reconheceu a importância da reprodução da força de trabalho dentro da família (apesar de não investigar isso de forma suficiente) e não poderia ter concebido a ideia de reduzir todo o trabalho social à produção de mercadorias, o que teria abalado toda a base do materialismo histórico. Além disso, ele indicou em O Capital que as mulheres eram a maioria dos trabalhadores no principal setor gerador de valor, especialmente a indústria têxtil, na revolução industrial. Ele examinou cuidadosamente as condições especificas do trabalho das mulheres, como no capítulo sobre a “Moderna indústria doméstico” no volume 1 de O Capital. (25)
Não há dúvidas que Marx e Engels trataram somente de forma tangencial o problema do trabalho doméstico e o fato que as contribuições das mulheres à reprodução social doméstica não eram retribuídas dentro do sistema capitalista. Essa é então uma lacuna em sua análise político-econômica. É claro que havia razões históricas para isso em seu tempo, já que as mulheres proletárias não eram somente donas de casa nesse período—mesmo que sobre elas recaíssem as principais tarefas domésticas, – mas gastassem a maior parte de suas horas esfalfando-se nas fábricas (junto com homens e crianças mais velhas). O resultado foi que a família da classe trabalhadora estava em um estado de dissolução, originando o movimento protecionista que subsequentemente relegou cada vez mais as mulheres ao lar. No entanto, a lacuna teórica na análise sobre a reprodução social da força de trabalho constituiu uma debilidade crucial da crítica de Marx ao capitalismo. (26) A metodologia fundamental de Marx, junto com o reconhecimento das insuficiências de sua análise nessa área, no entanto, abriu o caminho para o desenvolvimento revolucionário da teoria da reprodução social no último meio século e, especialmente, ao redor da última década. (27) Um dos resultados dessa análise é o crescente reconhecimento que o capitalismo precisa ser entendido em termos de uma dialética de exploração e expropriação, incluindo a última o roubo do trabalho doméstico/de subsistência e a natureza. (28)
A centralidade da crítica ecológica de Marx
Tanuro conclui que o livro de Saito, Karl Marx’s Ecosocialism, apesar de importante, é “exagerado e contraprodutivo” em sua afirmação de que o impulso da crítica de Marx era a de colocar as contradições ecológicas crescentemente no centro da análise. Mas, ao, compreensivelmente, afirmar que a exploração da força de trabalho era mais importante para Marx do que a expropriação da natureza, Tanuro divide artificialmente o que no pensamento de Marx era uma unidade dialética, o roubo do “solo e do trabalhador”, não compreendendo que, como um materialista, Marx invariavelmente ia à raiz do problema: a ruptura metabólica gerada pela produção, que era, ao mesmo tempo, a manifestação definitiva da alienação da espécie humana. (29) “A ruptura irreparável no processo interdependente do metabolismo social, um metabolismo prescrito pelas leis naturais da própria vida” não poderia ser vista como uma realidade separada, mas como a consequência material mais profunda do trabalho humano. (30) É essa visão crítica unificada que torna o trabalho de Marx um ponto de partida indispensável para compreender a destruição criativa da Terra como um lugar de habitação humana feito pelo capitalismo.
Notas:
1. Daniel Tanuro, Green Capitalism: Why It Can’t Work (London: Merlin, 2003).
2. Tanuro, Green Capitalism. As visões de Tanuro refletem o que foi muitas vezes denominado “ecossocialismo de primeira fase,”. Ver John Bellamy Foster, “Foreword,” em Paul Burkett, Marx and Nature (Chicago: Haymarket, 2014), vii-xiii.
3. Léonce de Lavergne, The Rural Economy of England, Scotland and Ireland (London: William Blackwood and Sons, 1855).
4. John Bellamy Foster and Paul Burkett, Marx and the Earth (Chicago: Haymarket, 2016), 15-33.
3. Léonce de Lavergne, The Rural Economy of England, Scotland and Ireland (London: William Blackwood and Sons, 1855).
4. John Bellamy Foster and Paul Burkett, Marx and the Earth (Chicago: Haymarket, 2016), 15-33.
5. Daniel Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?: A Reply to Kohei Saito,” International Viewpoint, January 12, 2020; Kohei Saito, Karl Marx’s Ecosocialism (New York: Monthly Review Press, 2017).
6. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
7. Charles Darwin, The Formation of the Vegetable Mould through the Action of Worms (London: John Murray, 1881).
8. E.P. Thompson, The Poverty of Theory (New York: Monthly Review Press, 1978).
9. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
10. Spencer R. Weart, The Discovery of Global Warming (Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2003), 5-8.
11. Sergei Podolinsky, “Human Labour and the Unity of Force,” Appendix 2 in Foster and Burkett, Marx and the Earth, 262-87. Marx pode ter visto esta versão mais elaborada do aumento de Podolinsky. Ele estava certamente familiarizado com versões anteriores (e tomou notas delas). Ver em Sergei Podolinsky, “Socialism and the Unity of Physical Forces,” Appendix 1 em Foster and Burkett, Marx and the Earth, 243-61.
12. Ver J.B.S Haldane, “Introduction,” in Frederick Engels, Dialectics of Nature (New York: International Publishers, 1940), ix-x.
13. John Bellamy Foster “Late Soviet Ecology and the Planetary Crisis,” Monthly Review 67, no. 2 (June 2015): 7.
14. Ian Angus, Facing the Anthropocene (New York: Monthly Review Press, 2016), 29-32.
15. John Bellamy Foster, “Capitalism and the Accumulation of Catastrophe,” Monthly Review 63, no. 7 (December 2011): 1-17, “Marx and the Rift in the Universal Metabolism of Nature,” Monthly Review 65, no. 7 (December 2013): 9-10.
16. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
17. Karl Marx, Capital, vol. 3 (London: Penguin, 1981), 769; Lavergne, Rural Economy, 50-51.
18. Foster and Burkett, Marx and the Earth, 28-29. Sobre o ciclo de nutrientes do solo, ver Fred Magdoff and Harold Can Es, Building Soils for Better Crops (Waldorf, Maryland: Sustainable Agricultural Publications, 2009), 69-76, 213-30.
19. William H. Brock, Justus von Liebig: The Chemical Gatekeeper (Cambridge: Cambridge University Press, 1997), 166-67; James N. Galloway, Allison M. Leach, […], and Jan Willem Erisman, “A Chronology of Human Understanding of the Nitrogen Cycle,” Philosophical Transactions B (July 5, 2013), www.ncbi.nlm.nih.gov.
20. Ver John Bellamy Foster, “Marx as a Food Theorist,” Monthly Review 68, no 7 (December 2016): 13-17.
21. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
22. John Bellamy Foster and Brett Clark, The Robbery of Nature (New York: Monthly Review Press, 2020), 69-70: Eamonn Slater, “Marx on the Colonization of Irish Soil,” MUSSI Working Paper Series 3 (January 2018).
23. John Bellamy Foster, Brett Clark, and Hannah Holleman, “Marx and the Indigenous,” Monthly Review 71, no. 9 (February 2020): 1-19; Karl Marx, Ethnological Notebooks (Amsterdam: Van Gorcum, 1974).
24. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”; Karl Marx, Capital, vol. 1 (London: Penguin, 1976), 134. Karl Marx, Critique of the Gotha Program (New York: International Publishers, 1938), 3.
25. John Bellamy Foster and Brett Clark, “Women, Nature, and Capital in the Industrial Revolution,” Monthly Review 69, no. 8 (January 2018): 3-4.
26. Foster and Clark, “Women, Nature, and Capital, in the Industrial Revolution,” 1-13.
27. Sobre a reprodução social, ver os seguintes: Lise Vogel, Marxism and the Oppression of Women (Chicago: Haymarket, 2013), Tithi Bhattacharya, “Liberating Women from ‘Political Economy”, Monthly Review 71, no. 8 (January 2020): 1-13. Ver também a edição especial de Setembro de 2019 de Monthly Review sobre a teoria da reprodução social celebrando o aniversário de 50 anos da obra de Margaret Benston’s “The Political Economy of Women’s Liberation” com contribuições de Benston, Silvia Federici, Martha E. Gimenez, Selma James, Leith Mullings, Marge Piercy e Vogel.
28. Ver Nancy Fraser, “Behind Marx’s Hidden Abode,” New Left Review 86 (2014): 60.
29. Marx, Capital, vol. 1, 636-39.
30. Marx, Capital, vol. 3, 949.
6. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
7. Charles Darwin, The Formation of the Vegetable Mould through the Action of Worms (London: John Murray, 1881).
8. E.P. Thompson, The Poverty of Theory (New York: Monthly Review Press, 1978).
9. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
10. Spencer R. Weart, The Discovery of Global Warming (Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2003), 5-8.
11. Sergei Podolinsky, “Human Labour and the Unity of Force,” Appendix 2 in Foster and Burkett, Marx and the Earth, 262-87. Marx pode ter visto esta versão mais elaborada do aumento de Podolinsky. Ele estava certamente familiarizado com versões anteriores (e tomou notas delas). Ver em Sergei Podolinsky, “Socialism and the Unity of Physical Forces,” Appendix 1 em Foster and Burkett, Marx and the Earth, 243-61.
12. Ver J.B.S Haldane, “Introduction,” in Frederick Engels, Dialectics of Nature (New York: International Publishers, 1940), ix-x.
13. John Bellamy Foster “Late Soviet Ecology and the Planetary Crisis,” Monthly Review 67, no. 2 (June 2015): 7.
14. Ian Angus, Facing the Anthropocene (New York: Monthly Review Press, 2016), 29-32.
15. John Bellamy Foster, “Capitalism and the Accumulation of Catastrophe,” Monthly Review 63, no. 7 (December 2011): 1-17, “Marx and the Rift in the Universal Metabolism of Nature,” Monthly Review 65, no. 7 (December 2013): 9-10.
16. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
17. Karl Marx, Capital, vol. 3 (London: Penguin, 1981), 769; Lavergne, Rural Economy, 50-51.
18. Foster and Burkett, Marx and the Earth, 28-29. Sobre o ciclo de nutrientes do solo, ver Fred Magdoff and Harold Can Es, Building Soils for Better Crops (Waldorf, Maryland: Sustainable Agricultural Publications, 2009), 69-76, 213-30.
19. William H. Brock, Justus von Liebig: The Chemical Gatekeeper (Cambridge: Cambridge University Press, 1997), 166-67; James N. Galloway, Allison M. Leach, […], and Jan Willem Erisman, “A Chronology of Human Understanding of the Nitrogen Cycle,” Philosophical Transactions B (July 5, 2013), www.ncbi.nlm.nih.gov.
20. Ver John Bellamy Foster, “Marx as a Food Theorist,” Monthly Review 68, no 7 (December 2016): 13-17.
21. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”
22. John Bellamy Foster and Brett Clark, The Robbery of Nature (New York: Monthly Review Press, 2020), 69-70: Eamonn Slater, “Marx on the Colonization of Irish Soil,” MUSSI Working Paper Series 3 (January 2018).
23. John Bellamy Foster, Brett Clark, and Hannah Holleman, “Marx and the Indigenous,” Monthly Review 71, no. 9 (February 2020): 1-19; Karl Marx, Ethnological Notebooks (Amsterdam: Van Gorcum, 1974).
24. Tanuro, “Was Marx an Ecosocialist?”; Karl Marx, Capital, vol. 1 (London: Penguin, 1976), 134. Karl Marx, Critique of the Gotha Program (New York: International Publishers, 1938), 3.
25. John Bellamy Foster and Brett Clark, “Women, Nature, and Capital in the Industrial Revolution,” Monthly Review 69, no. 8 (January 2018): 3-4.
26. Foster and Clark, “Women, Nature, and Capital, in the Industrial Revolution,” 1-13.
27. Sobre a reprodução social, ver os seguintes: Lise Vogel, Marxism and the Oppression of Women (Chicago: Haymarket, 2013), Tithi Bhattacharya, “Liberating Women from ‘Political Economy”, Monthly Review 71, no. 8 (January 2020): 1-13. Ver também a edição especial de Setembro de 2019 de Monthly Review sobre a teoria da reprodução social celebrando o aniversário de 50 anos da obra de Margaret Benston’s “The Political Economy of Women’s Liberation” com contribuições de Benston, Silvia Federici, Martha E. Gimenez, Selma James, Leith Mullings, Marge Piercy e Vogel.
28. Ver Nancy Fraser, “Behind Marx’s Hidden Abode,” New Left Review 86 (2014): 60.
29. Marx, Capital, vol. 1, 636-39.
30. Marx, Capital, vol. 3, 949.
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