Winston Churchill não permitiu que o boxeador de Manchester, Len Johnson, se tornasse campeão por causa da cor da sua pele – agora, os militantes britânicos querem erguer uma estátua em sua homenagem.
Deej Malik-Johnson e Marcus Barnett
Tradução / A relação da cidade de Manchester com o tráfico de escravos é histórica, mas os culpados não viraram todos nomes de rua como aconteceu em Bristol, Glasgow, Liverpool e Londres. Enquanto grandes famílias ex-proprietárias de escravos, como os Hibberts e os Beresford, dão nome a algumas ruas, há um debate acalorado sobre o futuro da estátua de Sir Robert Peel, no centro da cidade. Na verdade, o foco dos governantes liberais “esclarecidos” de Manchester sempre foi homenagear “progressistas” da classe alta, como Oliver Heywood, que traiu o pai para defender a causa abolicionista.
Próxima à estátua do banqueiro Oliver Heywood, na Albert Square, fica a Lincoln Square e um monumento que homenageia o ex-presidente de mesmo nome. Nele, vemos encravada a carta na qual Abraham Lincoln saudou os “trabalhadores de Manchester” pelo seu apoio às forças abolicionistas durante a Guerra Civil – e desafiou os empregadores, majoritariamente pró-confederados. Consciente das perdas materiais sofridas pelos trabalhadores, Lincoln falou do “triunfo universal e absoluto da justiça, humanidade e liberdade” de que todos os povos escravizados eram merecedores.
Mas a cidade possui poucos monumentos públicos dedicados à grande e histórica comunidade afrodescendente. Em 2017, um busto da ativista Erinma Bell, conhecida pelo trabalho contra a violência entre gangues, foi colocado na Câmera Municipal de Manchester. Nos anos 1980, o espaço também abrigou uma escultura de Nelson Mandela, criada pelo artista comunista local, Sol Garson, até que, em 2005, a mesma foi enviada à propriedade de Mandela pelo veterano de luta, Denis Goldberg.
Hoje, Manchester possui mais monumentos dedicados a marcas de refrigerantes do que à sua comunidade afrodescendente. Por que não erguer uma estátua em homenagem a Len Johnson, um homem natural de Manchester, ícone do boxe internacional e pioneiro na luta pelos direitos civis?
Len nasceu em outubro de 1902, no bairro de Clayton. Era filho de um marinheiro de Serra Leoa, que se estabelecera em Manchester depois de conhecer Margaret, de origem irlandesa. Len passou a infância cercado por imigrantes judeus, irlandeses, italianos e iemenitas que formavam, naquele momento, grande parte da classe trabalhadora de Manchester. Mas a sua família sofria muitos preconceitos – por ter se casado com um homem não-branco, sua mãe foi violentamente agredida e ficou com o rosto marcado para sempre.
Foi durante uma briga no trabalho que o pai de Len notou as habilidades do filho e o levou para participar de alguns campeonatos de boxe na Ashton Old Road. Len venceu as duas primeiras lutas e perdeu as duas seguintes, mas os organizadores ficaram tão impressionados com o seu desempenho que lhe ofereceram uma posição permanente.
A partir de então, Len venceu Eddie Pearson no Free Trade Hall de Manchester, em janeiro de 1922, e iniciou uma carreira profissional como peso-médio que durou onze anos. Das 127 lutas que travou, venceu 92, perdeu 29 e empatou 6. Ficou famoso em toda a Grã-Bretanha e, em 1927, venceu o campeão europeu dos pesos-médios, Roland Todd, em Belle Vue. No ano seguinte, derrotou o lutador mundialmente famoso, Leone Jaccovacci, e, em 1929, o campeão europeu de pesos-médios, Michele Bonaglia.
No entanto, Len foi proibido – apesar de estar no auge da carreira – de disputar o título britânico dos pesos-médios. O Conselho Britânico de Controle de Boxe (BBBC) fez uma declaração formal dizendo que ele não poderia competir simplesmente porque era negro.
Apesar da rica história britânica de boxeadores não-brancos, o racismo referente às características mentais e físicas destes pugilistas era muito forte. Segregacionistas britânicos, como o pregador evangélico Frederick Brotherton Meyer, argumentavam que os atletas brancos não tinham o mesmo “desenvolvimento animal” e, portanto, não podiam competir com o “instinto” violento dos atletas negros.
O governo se preocupava também com as consequências de um eventual empoderamento dos súditos nas colônias. Demonstrações de igualdade entre pessoas pretas e brancas, mesmo que temporárias e dentro de um inocente torneio esportivo, poderiam comprometer o controle do império britânico. Foi por essa razão que, em 1911, o secretário de assuntos internos, Winston Churchill, proibiu a realização de lutas de boxe inter-raciais. Medida respeitada pelo BBBC até a década de 1940.
A cidade inteira de Manchester saiu em defesa de Len. Aconteceram várias manifestações e uma delegação de boxeadores foi enviada à sede do BBBC, em Londres, para protestar. Mas a situação só o desmoralizou. Em 1933, Len teve de se aposentar e passou a orientar jovens boxeadores.
Era uma época de grandes mudanças e Len começou a se politizar. O fascismo estava em ascensão tanto em Manchester quanto fora do país. Na Espanha, os negros, voluntários da brigada internacional, lideravam os compatriotas brancos e muitos esportistas de Manchester – como os boxeadores Joe Norman e Bob Goodman, bem como o ousado motociclista Clem Beckett – foram defender o governo democrático espanhol contra a ameaça de Hitler e Mussolini.
As bombas que caíram sobre Madri acabaram atingindo também Manchester, e Len resolveu servir no Corpo de Defesa Civil durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944, período em que o respeito pela luta da União Soviética contra Hitler era altíssimo, Len ingressou no Partido Comunista da Grã-Bretanha (CPGB). Em 1945, foi delegado no Quinto Congresso Pan-Africano, realizado ao lado do All Saints Park. O evento atraiu quase noventa ativistas políticos anticoloniais, incluindo futuros líderes como o queniano Jomo Kenyatta, o nigeriano Jaja Wachuku e o jamaicano Dudley Thompson.
Em 1946, enquanto ex-militares negros e imigrantes da classe trabalhadora se estabeleciam em regiões como Moss Side, a comunidade não-branca de Manchester aumentou para 10.000 pessoas. Ciente da discriminação que estavam enfrentando e poderiam enfrentar, Len fundou, junto com seus amigos Syd Booth e Wilf Charles, dois trabalhadores brancos que haviam lutado na Espanha contra os fascistas, o Novo Clube Internacional.
O Clube era um espaço de organização da classe trabalhadora de Manchester e tinha como objetivo canalizar a “crescente frustração” pela falta de moradias e empregos de qualidade para pessoas não-brancas. Seus princípios foram listados na declaração de sua fundação: “internacionalismo verdadeiro; libertação colonial; fim da discriminação racial e paz.”
Foi um dos primeiros lugares em Manchester a realizar eventos africanos e caribenhos, fazendo com que jovens trabalhadores de diferentes origens pudessem se conhecer. Também foi a semente de futuras conexões entre o movimento de trabalhadores de Manchester e o ativismo racial internacional, incluindo a organização de solidariedade ao Trenton Six – grupo de homens pretos acusados injustamente por assassinato e condenados à morte por um júri branco.
O Clube também exercia grande influência na cidade: em 1946, quando uma grande companhia marítima de Manchester tentou demitir todos os marinheiros não-brancos, centenas de associados organizaram um protesto para que os marinheiros brancos se aliassem aos seus colegas “coloridos” e impedissem as demissões. Da mesma forma, a liderança do Clube também ajudou a interromper a política de filas segregacionistas no projeto de intercâmbio de trabalhos de Manchester para desempregados brancos e não-brancos.
O grande cantor Paul Robeson, que era fã de Len desde os seus dias como lutador de boxe, veio a Manchester para se apresentar no Clube em solidariedade à luta do movimento negro. Como os ingressos logo esgotaram, acabou fazendo um lendário concerto ao ar livre. Durante o macarthismo, Robeson teve seu passaporte apreendido pelas autoridades norte-americanas e Len, Wilf e Syd foram alguns dos líderes da campanha “Let Robeson Sing”. Quando foi autorizado a viajar novamente, Robeson escreveu uma carta ao Clube agradecendo o seu apoio, e disse: “jamais vou me esquecer de que foram as pessoas de Manchester e de outras áreas industriais da Grã-Bretanha que me fizeram compreender o conceito de união entre as pessoas – que determinou minha postura como artista e cidadão.”
Além de ter sido um líder respeitado na comunidade, Len se candidatou várias vezes a membro do conselho. Enquanto trabalhava como motorista de caminhão, manteve uma coluna mensal no jornal Daily Worker, onde abordou, de forma pioneira, assuntos como o bem-estar de atletas aposentados, prejuízos físicos causados pela prática do boxe e a falta de acesso a instalações esportivas pelos jovens da classe trabalhadora.
Quando faleceu, em setembro de 1974, tinha praticamente caído no anonimato dentro da Grã-Bretanha, mas era visto como precursor na luta pela igualdade no esporte em todo o mundo. Sua morte também foi lamentada em Manchester. Como membro do movimento trabalhista local, trabalhou para melhorar as relações raciais entre a classe trabalhadora da cidade.
No entanto, um merecido interesse por Len Johnson vem ressurgindo nas últimas décadas. O boxeador ganhou uma biografia, assim como uma peça de teatro. E o deputado trabalhista Afzal Khan defendeu a construção de um memorial para enaltecer o seu legado.
Um dos grandes pontos positivos da derrubada da estátua de Edward Colston, em Bristol, foi a onda de discussões sobre o passado sórdido da classe dominante britânica. Mas se o momento está servindo para escancarar os costumes grotescos que este país já considerou aceitáveis, também deve servir para relembrar todos que se opuseram ao sistema e o combateram. E não há melhor exemplo de espírito de resistência, em Manchester, do que Len Johnson.
Você pode assinar a petição para apoiar uma estátua de Len Johnson aqui.
Sobre o autor
Deej Malik-Johnson é um militante de Manchester, co-fundador do Black Lives Matter Manchester e ativista da descolonização dos serviços de educação e saúde mental.
Próxima à estátua do banqueiro Oliver Heywood, na Albert Square, fica a Lincoln Square e um monumento que homenageia o ex-presidente de mesmo nome. Nele, vemos encravada a carta na qual Abraham Lincoln saudou os “trabalhadores de Manchester” pelo seu apoio às forças abolicionistas durante a Guerra Civil – e desafiou os empregadores, majoritariamente pró-confederados. Consciente das perdas materiais sofridas pelos trabalhadores, Lincoln falou do “triunfo universal e absoluto da justiça, humanidade e liberdade” de que todos os povos escravizados eram merecedores.
Mas a cidade possui poucos monumentos públicos dedicados à grande e histórica comunidade afrodescendente. Em 2017, um busto da ativista Erinma Bell, conhecida pelo trabalho contra a violência entre gangues, foi colocado na Câmera Municipal de Manchester. Nos anos 1980, o espaço também abrigou uma escultura de Nelson Mandela, criada pelo artista comunista local, Sol Garson, até que, em 2005, a mesma foi enviada à propriedade de Mandela pelo veterano de luta, Denis Goldberg.
Hoje, Manchester possui mais monumentos dedicados a marcas de refrigerantes do que à sua comunidade afrodescendente. Por que não erguer uma estátua em homenagem a Len Johnson, um homem natural de Manchester, ícone do boxe internacional e pioneiro na luta pelos direitos civis?
Len nasceu em outubro de 1902, no bairro de Clayton. Era filho de um marinheiro de Serra Leoa, que se estabelecera em Manchester depois de conhecer Margaret, de origem irlandesa. Len passou a infância cercado por imigrantes judeus, irlandeses, italianos e iemenitas que formavam, naquele momento, grande parte da classe trabalhadora de Manchester. Mas a sua família sofria muitos preconceitos – por ter se casado com um homem não-branco, sua mãe foi violentamente agredida e ficou com o rosto marcado para sempre.
Foi durante uma briga no trabalho que o pai de Len notou as habilidades do filho e o levou para participar de alguns campeonatos de boxe na Ashton Old Road. Len venceu as duas primeiras lutas e perdeu as duas seguintes, mas os organizadores ficaram tão impressionados com o seu desempenho que lhe ofereceram uma posição permanente.
A partir de então, Len venceu Eddie Pearson no Free Trade Hall de Manchester, em janeiro de 1922, e iniciou uma carreira profissional como peso-médio que durou onze anos. Das 127 lutas que travou, venceu 92, perdeu 29 e empatou 6. Ficou famoso em toda a Grã-Bretanha e, em 1927, venceu o campeão europeu dos pesos-médios, Roland Todd, em Belle Vue. No ano seguinte, derrotou o lutador mundialmente famoso, Leone Jaccovacci, e, em 1929, o campeão europeu de pesos-médios, Michele Bonaglia.
No entanto, Len foi proibido – apesar de estar no auge da carreira – de disputar o título britânico dos pesos-médios. O Conselho Britânico de Controle de Boxe (BBBC) fez uma declaração formal dizendo que ele não poderia competir simplesmente porque era negro.
Apesar da rica história britânica de boxeadores não-brancos, o racismo referente às características mentais e físicas destes pugilistas era muito forte. Segregacionistas britânicos, como o pregador evangélico Frederick Brotherton Meyer, argumentavam que os atletas brancos não tinham o mesmo “desenvolvimento animal” e, portanto, não podiam competir com o “instinto” violento dos atletas negros.
O governo se preocupava também com as consequências de um eventual empoderamento dos súditos nas colônias. Demonstrações de igualdade entre pessoas pretas e brancas, mesmo que temporárias e dentro de um inocente torneio esportivo, poderiam comprometer o controle do império britânico. Foi por essa razão que, em 1911, o secretário de assuntos internos, Winston Churchill, proibiu a realização de lutas de boxe inter-raciais. Medida respeitada pelo BBBC até a década de 1940.
A cidade inteira de Manchester saiu em defesa de Len. Aconteceram várias manifestações e uma delegação de boxeadores foi enviada à sede do BBBC, em Londres, para protestar. Mas a situação só o desmoralizou. Em 1933, Len teve de se aposentar e passou a orientar jovens boxeadores.
Era uma época de grandes mudanças e Len começou a se politizar. O fascismo estava em ascensão tanto em Manchester quanto fora do país. Na Espanha, os negros, voluntários da brigada internacional, lideravam os compatriotas brancos e muitos esportistas de Manchester – como os boxeadores Joe Norman e Bob Goodman, bem como o ousado motociclista Clem Beckett – foram defender o governo democrático espanhol contra a ameaça de Hitler e Mussolini.
As bombas que caíram sobre Madri acabaram atingindo também Manchester, e Len resolveu servir no Corpo de Defesa Civil durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944, período em que o respeito pela luta da União Soviética contra Hitler era altíssimo, Len ingressou no Partido Comunista da Grã-Bretanha (CPGB). Em 1945, foi delegado no Quinto Congresso Pan-Africano, realizado ao lado do All Saints Park. O evento atraiu quase noventa ativistas políticos anticoloniais, incluindo futuros líderes como o queniano Jomo Kenyatta, o nigeriano Jaja Wachuku e o jamaicano Dudley Thompson.
Em 1946, enquanto ex-militares negros e imigrantes da classe trabalhadora se estabeleciam em regiões como Moss Side, a comunidade não-branca de Manchester aumentou para 10.000 pessoas. Ciente da discriminação que estavam enfrentando e poderiam enfrentar, Len fundou, junto com seus amigos Syd Booth e Wilf Charles, dois trabalhadores brancos que haviam lutado na Espanha contra os fascistas, o Novo Clube Internacional.
O Clube era um espaço de organização da classe trabalhadora de Manchester e tinha como objetivo canalizar a “crescente frustração” pela falta de moradias e empregos de qualidade para pessoas não-brancas. Seus princípios foram listados na declaração de sua fundação: “internacionalismo verdadeiro; libertação colonial; fim da discriminação racial e paz.”
Foi um dos primeiros lugares em Manchester a realizar eventos africanos e caribenhos, fazendo com que jovens trabalhadores de diferentes origens pudessem se conhecer. Também foi a semente de futuras conexões entre o movimento de trabalhadores de Manchester e o ativismo racial internacional, incluindo a organização de solidariedade ao Trenton Six – grupo de homens pretos acusados injustamente por assassinato e condenados à morte por um júri branco.
O Clube também exercia grande influência na cidade: em 1946, quando uma grande companhia marítima de Manchester tentou demitir todos os marinheiros não-brancos, centenas de associados organizaram um protesto para que os marinheiros brancos se aliassem aos seus colegas “coloridos” e impedissem as demissões. Da mesma forma, a liderança do Clube também ajudou a interromper a política de filas segregacionistas no projeto de intercâmbio de trabalhos de Manchester para desempregados brancos e não-brancos.
O grande cantor Paul Robeson, que era fã de Len desde os seus dias como lutador de boxe, veio a Manchester para se apresentar no Clube em solidariedade à luta do movimento negro. Como os ingressos logo esgotaram, acabou fazendo um lendário concerto ao ar livre. Durante o macarthismo, Robeson teve seu passaporte apreendido pelas autoridades norte-americanas e Len, Wilf e Syd foram alguns dos líderes da campanha “Let Robeson Sing”. Quando foi autorizado a viajar novamente, Robeson escreveu uma carta ao Clube agradecendo o seu apoio, e disse: “jamais vou me esquecer de que foram as pessoas de Manchester e de outras áreas industriais da Grã-Bretanha que me fizeram compreender o conceito de união entre as pessoas – que determinou minha postura como artista e cidadão.”
Além de ter sido um líder respeitado na comunidade, Len se candidatou várias vezes a membro do conselho. Enquanto trabalhava como motorista de caminhão, manteve uma coluna mensal no jornal Daily Worker, onde abordou, de forma pioneira, assuntos como o bem-estar de atletas aposentados, prejuízos físicos causados pela prática do boxe e a falta de acesso a instalações esportivas pelos jovens da classe trabalhadora.
Quando faleceu, em setembro de 1974, tinha praticamente caído no anonimato dentro da Grã-Bretanha, mas era visto como precursor na luta pela igualdade no esporte em todo o mundo. Sua morte também foi lamentada em Manchester. Como membro do movimento trabalhista local, trabalhou para melhorar as relações raciais entre a classe trabalhadora da cidade.
No entanto, um merecido interesse por Len Johnson vem ressurgindo nas últimas décadas. O boxeador ganhou uma biografia, assim como uma peça de teatro. E o deputado trabalhista Afzal Khan defendeu a construção de um memorial para enaltecer o seu legado.
Um dos grandes pontos positivos da derrubada da estátua de Edward Colston, em Bristol, foi a onda de discussões sobre o passado sórdido da classe dominante britânica. Mas se o momento está servindo para escancarar os costumes grotescos que este país já considerou aceitáveis, também deve servir para relembrar todos que se opuseram ao sistema e o combateram. E não há melhor exemplo de espírito de resistência, em Manchester, do que Len Johnson.
Você pode assinar a petição para apoiar uma estátua de Len Johnson aqui.
Sobre o autor
Deej Malik-Johnson é um militante de Manchester, co-fundador do Black Lives Matter Manchester e ativista da descolonização dos serviços de educação e saúde mental.
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