Chen Peijie
Cônsul-geral da China em São Paulo
Folha de S.Paulo
O mundo tem acompanhado com atenção a flexibilização das medidas sanitárias contra a Covid-19 na China e a evolução da economia do país. Conseguirá essa economia manter a estabilidade e voltar a crescer, lançando alguma luz em um cenário internacional marcado pela turbulência e pelo aumento da pressão descendente sobre a retomada econômica mundial? Gostaria de compartilhar algumas das minhas observações com dados e exemplos concretos.
Os fundamentos econômicos da China geram novas expectativas. A confiança baseia-se na resiliência e no potencial da economia do país. Nos últimos três anos, o governo chinês conseguiu conciliar com sucesso as medidas de controle sanitário e o desenvolvimento socioeconômico, de maneira a manter um crescimento anual do PIB em torno de 4,5%, bem acima da média mundial.
O mundo tem acompanhado com atenção a flexibilização das medidas sanitárias contra a Covid-19 na China e a evolução da economia do país. Conseguirá essa economia manter a estabilidade e voltar a crescer, lançando alguma luz em um cenário internacional marcado pela turbulência e pelo aumento da pressão descendente sobre a retomada econômica mundial? Gostaria de compartilhar algumas das minhas observações com dados e exemplos concretos.
Os fundamentos econômicos da China geram novas expectativas. A confiança baseia-se na resiliência e no potencial da economia do país. Nos últimos três anos, o governo chinês conseguiu conciliar com sucesso as medidas de controle sanitário e o desenvolvimento socioeconômico, de maneira a manter um crescimento anual do PIB em torno de 4,5%, bem acima da média mundial.
Chen Peijie, cônsul-geral da China em São Paulo, durante evento de comemoração do Ano-Novo chinês - Greg Salibian - 20.jan.23/Folhapress |
Em 2022, esse aumento foi de 3%, colocando o PIB acima de 120 trilhões de yuans. A indústria registrou 40,2 trilhões de yuans no valor acrescentado, e a manufatura respondeu por 33,5 trilhões desse total, ambos em primeiro lugar no mundo. Considerando o valor acrescentado da manufatura de alta tecnologia, o crescimento foi de 7,4% em relação ao ano anterior, com realizações extraordinárias em campos emergentes, como veículos elétricos, inteligência artificial, economia digital, tecnologia espacial e exploração em alto-mar.
É sobre essa base que líderes da OMC e da OCDE mostraram otimismo em relação à perspectiva da economia chinesa depois da reabertura. Da mesma forma, instituições financeiras como Morgan Stanley, Goldman Sachs e JP Morgan Chase também aumentaram suas projeções para a economia chinesa em 2023.
O enorme mercado chinês cria novas demandas. Enquanto vários países ainda sofrem os impactos negativos da pandemia, a China conseguiu se manter como o segundo maior mercado consumidor do mundo e o maior mercado varejista online: as vendas em varejo de bens de consumo totalizaram aproximadamente 44 trilhões de yuan em 2022 —desse total, 12 trilhões foram faturados pelas transações nas plataformas de comércio eletrônico. A economia também ganhou tração com investimentos em ativos fixos, que ultrapassaram a marca de 57 trilhões de yuans, uma alta de 5,1%.
Com a melhora da situação epidemiológica, a normalidade está sendo restaurada rapidamente na vida e na produção. Durante o Festival da Primavera deste ano, mais de 2,87 milhões de pessoas cruzaram as fronteiras da China nos dois sentidos. Os contratos de viagens internacionais para turistas chineses registraram um salto de 640%, enquanto mais de 300 milhões de viagens domésticas foram feitas no mesmo período. O faturamento da bilheteria nos cinemas durante os sete dias de feriado foi acima de 6,7 bilhões de yuans.
A movimentação no turismo e no consumo em geral fez o mundo reencontrar aquela China alegre e vibrante, e muitos países acolheram os turistas chineses de braços abertos. Com o retorno das demandas e as políticas favoráveis, o gigantesco mercado chinês liberará ainda mais dividendos para o mundo.
A abertura de alto nível da China traz novas oportunidades. Independentemente das circunstâncias, a ampliação da abertura da China ao exterior viabilizou resultados incontestáveis. Em 2022, o comércio de mercadorias movimentou 42,1 trilhões de yuans, com um aumento de 7,7%, enquanto foram efetivados 1.232,68 bilhões de yuans em investimento estrangeiro —alta de 6,3% em relação ao ano anterior em uma base comparável.
O porto de livre comércio de Hainan já é uma realidade; a Feira de Cantão e as exposições de Importação, do Comércio de Serviços e de Bens de Consumo renderam resultados satisfatórios, e ampliou-se a cooperação de alta qualidade no âmbito da iniciativa Cinturão e Rota.
Desde o início do ano, várias medidas foram lançadas para atrair mais investimentos e fomentar o intercâmbio e a cooperação com o exterior, entre elas a expansão do acesso ao mercado, o tratamento nacional para empresas estrangeiras, a máxima facilitação para as viagens de investidores à China, assim como a otimização das regras para a entrada de estrangeiros. As portas do país estão se abrindo cada vez mais, o que se traduz em maiores oportunidades para a economia do Brasil e dos demais países do mundo.
É importante olhar para a situação atual da economia chinesa, mas é primordial entender sua tendência de longo prazo. Todas as economias passam por flutuações cíclicas, mas a economia chinesa sempre inspira confiança por sua resiliência, seu potencial e seu dinamismo. Diante das incertezas externas, a China se empenha em manter sua própria estabilidade, expandir a abertura ao exterior e preservar a lisura das cadeias globais de produção e suprimento, injetando mais confiança e força na recuperação da economia mundial
É sobre essa base que líderes da OMC e da OCDE mostraram otimismo em relação à perspectiva da economia chinesa depois da reabertura. Da mesma forma, instituições financeiras como Morgan Stanley, Goldman Sachs e JP Morgan Chase também aumentaram suas projeções para a economia chinesa em 2023.
O enorme mercado chinês cria novas demandas. Enquanto vários países ainda sofrem os impactos negativos da pandemia, a China conseguiu se manter como o segundo maior mercado consumidor do mundo e o maior mercado varejista online: as vendas em varejo de bens de consumo totalizaram aproximadamente 44 trilhões de yuan em 2022 —desse total, 12 trilhões foram faturados pelas transações nas plataformas de comércio eletrônico. A economia também ganhou tração com investimentos em ativos fixos, que ultrapassaram a marca de 57 trilhões de yuans, uma alta de 5,1%.
Com a melhora da situação epidemiológica, a normalidade está sendo restaurada rapidamente na vida e na produção. Durante o Festival da Primavera deste ano, mais de 2,87 milhões de pessoas cruzaram as fronteiras da China nos dois sentidos. Os contratos de viagens internacionais para turistas chineses registraram um salto de 640%, enquanto mais de 300 milhões de viagens domésticas foram feitas no mesmo período. O faturamento da bilheteria nos cinemas durante os sete dias de feriado foi acima de 6,7 bilhões de yuans.
A movimentação no turismo e no consumo em geral fez o mundo reencontrar aquela China alegre e vibrante, e muitos países acolheram os turistas chineses de braços abertos. Com o retorno das demandas e as políticas favoráveis, o gigantesco mercado chinês liberará ainda mais dividendos para o mundo.
A abertura de alto nível da China traz novas oportunidades. Independentemente das circunstâncias, a ampliação da abertura da China ao exterior viabilizou resultados incontestáveis. Em 2022, o comércio de mercadorias movimentou 42,1 trilhões de yuans, com um aumento de 7,7%, enquanto foram efetivados 1.232,68 bilhões de yuans em investimento estrangeiro —alta de 6,3% em relação ao ano anterior em uma base comparável.
O porto de livre comércio de Hainan já é uma realidade; a Feira de Cantão e as exposições de Importação, do Comércio de Serviços e de Bens de Consumo renderam resultados satisfatórios, e ampliou-se a cooperação de alta qualidade no âmbito da iniciativa Cinturão e Rota.
Desde o início do ano, várias medidas foram lançadas para atrair mais investimentos e fomentar o intercâmbio e a cooperação com o exterior, entre elas a expansão do acesso ao mercado, o tratamento nacional para empresas estrangeiras, a máxima facilitação para as viagens de investidores à China, assim como a otimização das regras para a entrada de estrangeiros. As portas do país estão se abrindo cada vez mais, o que se traduz em maiores oportunidades para a economia do Brasil e dos demais países do mundo.
É importante olhar para a situação atual da economia chinesa, mas é primordial entender sua tendência de longo prazo. Todas as economias passam por flutuações cíclicas, mas a economia chinesa sempre inspira confiança por sua resiliência, seu potencial e seu dinamismo. Diante das incertezas externas, a China se empenha em manter sua própria estabilidade, expandir a abertura ao exterior e preservar a lisura das cadeias globais de produção e suprimento, injetando mais confiança e força na recuperação da economia mundial
Nenhum comentário:
Postar um comentário