Thiago Amâncio
Três dias após o chefe da embaixada dos EUA no Brasil se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a representação diplomática do governo Biden divulgou nota segundo a qual o reconhecimento do resultado das eleições não virá de "negociação com qualquer candidato ou partido político".
E, também, em mais um recado a Jair Bolsonaro (PL) de que não compactuará com um golpe de Estado, a embaixada reafirmou confiar na Justiça eleitoral do país, alvo de ataques constantes do presidente.
"O eventual reconhecimento dos EUA virá ao candidato que vencer a eleição presidencial como resultado da nossa determinação sobre a integridade do processo eleitoral liderado pelo Tribunal Superior Eleitoral, não de uma negociação com qualquer candidato ou partido", diz nota da embaixada divulgada no Twitter.
"Nossa confiança nas eleições brasileiras tem sido claramente reforçada por vários funcionários do alto escalão do governo dos EUA e permanece inalterada."
Na quarta-feira (21), o ex-presidente e candidato ao Planalto Lula se reuniu com o encarregado de negócios do governo americano, Douglas Koneff, maior autoridade da administração Joe Biden no Brasil hoje. No encontro, Koneff defendeu a confiança no processo eleitoral brasileiro. Antes, o americano já havia se reunido com os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
O governo Biden tem dado uma série de recados às autoridades brasileiras de que não compactua com os questionamentos de Bolsonaro à integridade do processo eleitoral no país.
No 7 de Setembro, após Bolsonaro manter a retórica golpista em eventos do Bicentenário da Independência, a porta-voz Karine Jean-Pierre afirmou que a Casa Branca está monitorando as eleições e reforçou que Washington confia nas instituições democráticas do Brasil.
No mesmo dia, em nota para celebrar os 200 anos da Independência, o secretário de Estado, Antony Blinken, realçou a importância do comprometimento com a democracia.
Em julho, após Bolsonaro convocar os embaixadores para disseminar tese golpista sobre a eleição, a representação de Washington em Brasília emitiu comunicado em que afirmou confiar no sistema eleitoral brasileiro, um "modelo para as nações". Dias depois, em conferência de ministros da Defesa das Américas, o secretário Lloyd Austin defendeu que as forças militares devem estar "sob firme controle civil".
No único encontro que teve até agora com Biden, Bolsonaro teria pedido ajuda para derrotar o favorito nas pesquisas, o ex-presidente Lula (PT), segundo a agência de notícias Bloomberg. Na reunião, em Los Angeles, o brasileiro repetiu que queria "eleições limpas, confiáveis e auditáveis"; o americano respondeu, segundo o Departamento de Estado, que "os EUA não toleram intervenção nas eleições de nenhum lugar".
Já setores mais à esquerda do Legislativo americano têm se manifestado de maneira mais incisiva. Em carta entregue por 31 deputados e oito senadores no início do mês ao presidente Biden, os parlamentares alertam para o risco de golpe e acusam Bolsonaro de ameaçar as instituições democráticas.
No texto, eles pediram que o Brasil perca o apoio para ingressar na OCDE, o clube dos países ricos, e o status de aliado extra-Otan no grupo militar do Ocidente se Bolsonaro insistir nos atos de tom golpista.
E, também, em mais um recado a Jair Bolsonaro (PL) de que não compactuará com um golpe de Estado, a embaixada reafirmou confiar na Justiça eleitoral do país, alvo de ataques constantes do presidente.
"O eventual reconhecimento dos EUA virá ao candidato que vencer a eleição presidencial como resultado da nossa determinação sobre a integridade do processo eleitoral liderado pelo Tribunal Superior Eleitoral, não de uma negociação com qualquer candidato ou partido", diz nota da embaixada divulgada no Twitter.
"Nossa confiança nas eleições brasileiras tem sido claramente reforçada por vários funcionários do alto escalão do governo dos EUA e permanece inalterada."
Na quarta-feira (21), o ex-presidente e candidato ao Planalto Lula se reuniu com o encarregado de negócios do governo americano, Douglas Koneff, maior autoridade da administração Joe Biden no Brasil hoje. No encontro, Koneff defendeu a confiança no processo eleitoral brasileiro. Antes, o americano já havia se reunido com os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
O governo Biden tem dado uma série de recados às autoridades brasileiras de que não compactua com os questionamentos de Bolsonaro à integridade do processo eleitoral no país.
No 7 de Setembro, após Bolsonaro manter a retórica golpista em eventos do Bicentenário da Independência, a porta-voz Karine Jean-Pierre afirmou que a Casa Branca está monitorando as eleições e reforçou que Washington confia nas instituições democráticas do Brasil.
No mesmo dia, em nota para celebrar os 200 anos da Independência, o secretário de Estado, Antony Blinken, realçou a importância do comprometimento com a democracia.
Em julho, após Bolsonaro convocar os embaixadores para disseminar tese golpista sobre a eleição, a representação de Washington em Brasília emitiu comunicado em que afirmou confiar no sistema eleitoral brasileiro, um "modelo para as nações". Dias depois, em conferência de ministros da Defesa das Américas, o secretário Lloyd Austin defendeu que as forças militares devem estar "sob firme controle civil".
No único encontro que teve até agora com Biden, Bolsonaro teria pedido ajuda para derrotar o favorito nas pesquisas, o ex-presidente Lula (PT), segundo a agência de notícias Bloomberg. Na reunião, em Los Angeles, o brasileiro repetiu que queria "eleições limpas, confiáveis e auditáveis"; o americano respondeu, segundo o Departamento de Estado, que "os EUA não toleram intervenção nas eleições de nenhum lugar".
Já setores mais à esquerda do Legislativo americano têm se manifestado de maneira mais incisiva. Em carta entregue por 31 deputados e oito senadores no início do mês ao presidente Biden, os parlamentares alertam para o risco de golpe e acusam Bolsonaro de ameaçar as instituições democráticas.
No texto, eles pediram que o Brasil perca o apoio para ingressar na OCDE, o clube dos países ricos, e o status de aliado extra-Otan no grupo militar do Ocidente se Bolsonaro insistir nos atos de tom golpista.
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