13 de setembro de 2022

Redefinir o antissemitismo para proteger Israel das críticas não tornará os judeus mais seguros

Os partidários de Israel têm procurado redefinir o anti-semitismo para que o termo se refira principalmente à crítica ao Estado de Israel. Este esforço tem sido um grande benefício para a propaganda diplomática de Israel - mas um desastre para as lutas antirracistas na Europa e nos EUA.

Julia Bard

Jacobin

Nas últimas décadas, instituições judaicas em Israel e na diáspora impuseram agressivamente uma nova definição de racismo antijudaico como uma ortodoxia. (Estado de Israel / Wikimedia Commons)



Tradução / Nos últimos anos, o antissemitismo se tornou um dos tópicos políticos mais polêmicos em ambos os lados do Atlântico. De Jeremy Corbyn a Rashida Tlaib e Jean-Luc Mélenchon, os políticos de esquerda têm enfrentado graves acusações de alimentar o preconceito contra o povo e as comunidades judaicas. No entanto, alguns dos que fazem essas acusações estão dispostos a abraçar figuras de extrema direita como Donald Trump e o húngaro Viktor Orbán, apesar de seu histórico de promover teorias da conspiração sobre o filantropo judeu George Soros que é assustadoramente semelhante aos argumentos antissemitas clássicos.

Subjacente a essa controvérsia está uma polêmica sobre o próprio termo antissemitismo. Os protagonistas do debate não discordam apenas sobre se uma determinada acusação de antissemitismo é legítima ou não: não há um entendimento comum sobre quais evidências podem justificar essa acusação. Uma questão difícil é se e quando a crítica a Israel deve ser considerada antissemita.

Antony Lerman entrou nesse debate com seu livro Whatever Happened to Antisemitism? Redefinition and the Myth of the Collective Jew [O que aconteceu com o antissemitismo? Redefinição e o mito coletivo dos judeus]. Lerman, cuja integridade e comprometimento com a verdade, por mais incômoda que seja, está estabelecido há muito tempo no debate e traz uma perspectiva valiosa, informada pelos anos de pesquisa do autor sobre as comunidades judaicas pelo mundo. O principal alvo de sua crítica é o conceito do “novo antissemitismo”.

Essa é uma definição de racismo antissemita que as instituições judaicas em Israel e na diáspora impuseram agressivamente como uma ortodoxia nas últimas duas décadas. No entanto, ela tem sofrido resistência igualmente forte por parte de militantes e acadêmicos judeus progressistas. A “Definição operacional de antissemitismo” que a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA) promove tornou-se um importante ponto de conflito para esses debates.

Resistindo à extrema direita

Em 1978, depois de três anos no exterior, voltei para uma Inglaterra que eu não reconhecia. A extrema direita havia se proliferado em minha ausência. Racistas e fascistas, incitados pelos principais jornais e políticos de Westminster, estavam correndo desenfreadamente pelas comunidades de imigrantes, aterrorizando as pessoas em seu cotidiano, quebrando janelas e fazendo pichações. Eles também ganharam espaço nas eleições.

Nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, o líder da extrema direita Oswald Mosley fez algumas aparições de curta duração e houve disseminação de fascismo nas ruas, mas foram confrontados, principalmente por grupos liderados por judeus. Mas esse ressurgimento da década de 1970 foi o mais difundido. Políticos como Margaret Thatcher os encorajaram e os validaram com afirmações de que os britânicos brancos estavam “sendo subjugados por pessoas de uma cultura diferente”.

Jovens asiáticos e caribenhos, mais confiantes do que seus pais quanto ao direito de ter um futuro na Inglaterra, organizaram-se para defender a si mesmos e suas comunidades sob o slogan “Here to Stay! Here to Fight!” (Aqui ficaremos! Aqui lutaremos!). A resistência local se uniu, embora nem sempre sem problemas, ao movimento antifascista de base ampla em um grande movimento popular na Rock Against Racism e na Anti-Nazi League. Uma cultura musical intensa combinada com propaganda criativa, análise política, manifestações e resistência nas ruas atraiu jovens de todas as origens, inclusive muitos judeus.

Além de reconhecer o antissemitismo predominante na política dessa nova geração de fascistas, muitos dos ativistas judeus haviam crescido em famílias envolvidas na Batalha da Cable Street de 1936, no East End de Londres. Esse foi, sem dúvida, o desafio definitivo ao fascismo na Grã-Bretanha antes da guerra, quando os judeus do East End, apoiados por não judeus, especialmente trabalhadores irlandeses, defenderam sua comunidade pluricultural contra os camisas negras de Mosley.

Assim como seus sucessores bengalis na região, os judeus do East End eram tão convictos de seu direito de viver sem medo neste país que desafiaram o Conselho de Deputados dos Judeus Britânicos. Na véspera da marcha, a liderança do conselho circulou instruções que foram lidas por rabinos nas sinagogas e publicadas no Jewish Chronicle, pedindo aos moradores que ficassem em casa, fechassem as persianas e não criassem problemas, em vez de confrontar Mosley e seus seguidores.

Conhecendo esse histórico, eu não deveria ter ficado surpresa ao ler uma ordem no Jewish Chronicle, no final de 1978, para que os jovens judeus ficassem longe da Liga Antinazista. Dessa vez, a justificativa não era que eles deveriam confiar em seus líderes para garantir que o Estado britânico os protegesse. Em vez disso, fazia parte de uma campanha do jornal para mantê-los longe de “elementos de extrema esquerda” e críticos de Israel.

Um artigo do Jewish Chronicle argumentou que “qualquer colaboração com a Liga Antinazista associaria a comunidade judaica a indivíduos bem conhecidos cujos objetivos políticos são repugnantes para a grande maioria do público britânico”. Ele acrescentou uma implicação de que o comportamento dos próprios judeus causava antissemitismo: “Tal conexão poderia ter o efeito de encorajar atitudes antissemitas”.

Aqui podemos ver a forma embrionária de uma tentativa de redefinir o antissemitismo, que comprovadamente vinha da direita, como um problema que deveria ser atribuído principalmente à esquerda e que se caracterizava pela oposição ao sionismo. Essa definição acabaria sendo rotulada como o “novo antissemitismo”.

Redefinindo o antissemitismo

Para militantes como nós do Grupo de Socialistas Judeus, a avalanche de acusações de antissemitismo que distorceu o debate político quando Corbyn se candidatou à liderança do Partido Trabalhista em 2015 estava, politicamente, em um continuum com as celeumas em que nos envolvemos com nossa liderança comunitária ao longo de várias décadas. No entanto, a escala, a velocidade, a persistência e, acima de tudo, o perfil público dessa disputa eram novos. Ela nos surpreendeu, juntamente com as centenas de milhares de pessoas que vislumbraram uma chance de transformar ideias progressistas em ação pela primeira vez em uma geração.

As denúncias não pararam de chegar, desde o fracassado desafio de 2016 à presidência de Corbyn por deputados trabalhistas hostis, apesar do apoio que ele tinha entre os membros do partido, até as eleições gerais de 2017 e 2019 até hoje. Com o passar do tempo, a incredulidade se transformou em raiva, frustração e divisão. Ela nos desvia da luta pela igualdade, democracia e direitos fundamentais – questões que, sem que soubéssemos na época, logo se tornaram uma questão de vida ou morte em grande escala.

Entretanto, não foi a questão do antissemitismo em si – ataques ou ofensas contra judeus (em uma definição direta do termo) – que nos preocupou e distraiu. O que desviou nossa campanha e embaçou nossa visão foram as manobras de elementos dentro e fora da vida comunitária judaica na Inglaterra para reconfigurar nossa concepção de antissemitismo.

Esse projeto tornou necessário redefinir os alvos do antissemitismo, confundindo o povo judeu e os modos de vida judaicos com Israel, assim como os sionistas e o sionismo. Também foi necessário redefinir seus perpetradores, colocando os oponentes do tratamento dado por Israel aos palestinos, juntamente com pessoas da chamada esquerda radical e oponentes do capitalismo, na mesma categoria dos neonazistas.

Um momento decisivo

Em Whatever Happened to Antisemitism [O que aconteceu com o antissemitismo], Antony Lerman traça o desenvolvimento do conceito do “novo antissemitismo”, que apresenta o Estado de Israel como o “judeu coletivo” e busca dar a Israel a autoridade para representar todos os judeus do mundo. Ele mapeia o processo pelo qual esse conceito tomou forma com detalhes extraordinários, documentando os debates, os conflitos entre facções e as negociações que levaram as principais instituições judaicas da diáspora a se alinharem com os governos israelenses cada vez mais agressivos e de direita. Ao mesmo tempo, ele avalia o choque de percepções e narrativas entre a autoproclamada liderança judaica e os judeus que rejeitaram a pretensão de Israel de reescrever suas experiências.

Lerman escreve sobre esse assunto de um ponto de vista único. Nascido na Inglaterra, ele pode olhar para trás e conferir décadas de estudos como diretor do Institute of Jewish Affairs, que mais tarde se tornou o Institute for Jewish Policy Research. Apesar de seu status, os membros do establishment judaico na Inglaterra atacaram Lerman por seu compromisso com a análise verdadeira baseada em pesquisas rígidas e por discordar da ideologia sionista que, segundo eles, era fundamental para a identidade judaica.

Ele identifica os primeiros passos que foram dados nesse caminho na década de 1970. Como Lerman demonstra, a prevalência do antissemitismo e a campanha para redefini-lo foram influenciadas por eventos cataclísmicos no período que se seguiu. Tendo começado com um entendimento compartilhado do antissemitismo, embora discutível, vimos esforços agressivos para impor uma única definição fixa, tanto legal quanto institucionalmente, para a qual não havia consenso.

Para Lerman, a virada do milênio foi um divisor de águas, com vários eventos importantes agrupados nessa época. Primeiro, o processo de paz da década de 1990 chegou ao fim com o fracasso das negociações de Camp David. A segunda intifada palestina, que começou em setembro de 2000, “foi seguida por ataques a propriedades judaicas, especialmente em países europeus com minorias árabes e muçulmanas”.

Durante a primeira semana de setembro de 2001, houve uma Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo na cidade sul-africana de Durban. O Fórum de ONGs que a precedeu classificou Israel como um “estado racista e de apartheid”, culpado de “crimes de guerra, atos de genocídio e limpeza étnica” em sua declaração final. Como Lerman observa, o fórum também incluiu o que muitos participantes, judeus e não judeus, consideraram como “ataques antissemitas a Israel”.

Imediatamente após a conferência de Durban, os ataques de 11 de setembro em Nova York e Washington geraram uma onda de teorias de conspiração antissemitas que alegavam que os judeus que trabalhavam no World Trade Center tinham aviso prévio do ataque e ficaram em casa em segurança. Enquanto George W. Bush declarou uma “guerra ao terror” sem fim, o governo israelense aumentou a repressão aos palestinos, o que, por sua vez, foi seguido por uma série de ataques a sinagogas na Europa.

Definições funcionais

Foi no contexto político tenso desse período que o Observatório da União Europeia sobre Racismo e Xenofobia (EUMC) publicou uma “definição funcional” de antissemitismo em seu site em 2005. O texto da “definição de base” codificava o conceito contestado do “novo antissemitismo”.

Muitas pessoas criticaram fortemente a redação da definição quando ela foi publicada pela primeira vez, e a organização sucessora do EUMC posteriormente rebaixou seu status oficial. No entanto, ela lançou as bases para a Definição de Referência de Antissemitismo que a IHRA adotou em 2016, com uma redação quase idêntica.

As ideias contidas nas definições sobrepostas do EUMC/IHRA surgiram de debates nos altos escalões das instituições judaicas israelenses e da diáspora. Natan Sharansky, ex-dissidente soviético e ministro israelense para assuntos da diáspora judaica entre 2003 e 2005, desenvolveu o que chamou de teste dos “Três Ds” para ilustrar quando a crítica às políticas israelenses cruzava a linha do antissemitismo, na opinião de Sharansky. Os Três Ds eram “demonização”, “dois pesos e duas medidas” e “deslegitimação” (“quando o direito fundamental de Israel de existir é negado, sozinho entre todos os povos do mundo”).

O historiador do Holocausto, Yehuda Bauer, resumiu uma linha de argumentação relacionada que sustenta que Israel se tornou um Estado isolado e pária devido ao seu caráter judaico: “A posição de pária peculiar aos judeus na Europa medieval ainda é ocupada por Israel nas Nações Unidas, apesar da retomada das relações diplomáticas entre Israel e a maioria dos países do mundo.”

O acadêmico jurídico canadense Irwin Cotler apresentou sua própria descrição do “novo antissemitismo” como “a negação do direito do povo judeu de viver como membros iguais da família das nações”. Cotler, que chegou a atuar como ministro da Justiça e procurador-geral do governo federal canadense, insistiu que essa era uma variação moderna de um tema muito antigo:


Tudo o que aconteceu foi que houve uma mudança da discriminação contra os judeus como indivíduos para a discriminação contra os judeus como povo… Mas é o povo judeu em seu sentido coletivo, onde Israel se tornou uma palavra – o judeu entre as nações – no qual esse novo antijudaísmo encontra expressão.

Há muitos erros que podem ser identificados nesses argumentos, principalmente a afirmação de Cotler de que o antissemitismo ao longo dos tempos poderia ser reduzido ao fenômeno da “discriminação contra os judeus como indivíduos”. É claro que a discriminação individual sempre foi uma manifestação do antissemitismo. No entanto, seria absurdo afirmar que a Inquisição Espanhola ou a Solução Final Nazista – para citar dois exemplos especialmente conhecidos – não visavam e perseguiam os judeus como um povo.

Acompanhando o debate

Lerman destrincha, com uma atenção quase obsessiva aos detalhes, os debates, as lealdades institucionais e os conflitos internos que nos levaram à situação atual. Agora temos tentativas em vários países diferentes de impor o que originalmente deveria ser uma “definição” de antissemitismo, sem vínculo legal, a órgãos como universidades, partidos políticos e até mesmo Estados.

Os capítulos que Lerman dedica à documentação dessa história são um importante registro de material que, de outra forma, seria perdido, embora a riqueza de detalhes possa dificultar o acompanhamento, mesmo para alguém familiarizado com as estruturas da comunidade judaica, a história de Israel e Palestina e as complexidades de como o sionismo afetou a diáspora judaica. Poderia ter sido melhor incluir parte desse material em um apêndice. No entanto, nos capítulos finais, Lerman junta os fios para esclarecer a trajetória histórica e política de uma campanha movida por motivos políticos que está tendo efeitos abrangentes.

Há também momentos no livro – como quando o autor lista incidentes antissemitas na Europa que se seguiram às ações israelenses contra os palestinos, sem questionar explicitamente a justificativa para os ataques a alvos judeus – que parecem estar perto de argumentar que o comportamento de Israel está causando o antissemitismo. Além de absolver os antissemitas (inclusive os de esquerda) da responsabilidade por seu racismo, essa linha de argumentação também é uma imagem espelhada da alegação sionista de que Israel representa todos os judeus do mundo.

Isso pode ocorrer porque Lerman atribui o impulso político para estabelecer o conceito do “novo antissemitismo” inteiramente ao Estado de Israel e seus apoiadores e emissários sionistas na diáspora. Esse enfoque ignora aspectos de longa data da política interna, das necessidades e das prioridades das diferentes comunidades da diáspora. Embora as preocupações de seus líderes possam coincidir com as de Israel, elas não são as mesmas e, em alguns aspectos, pode até ser um conflito entre elas.

Alimentando alianças

Por milhares de anos, os judeus têm vivido quase que continuamente como comunidades minoritárias entre outros povos no mundo todo. Esse estado de coisas é normal para os judeus, não é uma aberração e a cultura judaica se desenvolveu para refletir e servir a essa situação complexa e muitas vezes ambígua. Sempre houve discussões e debates sobre como nos definimos e como entendemos nosso relacionamento com a sociedade mais ampla e com o mundo exterior.

Na verdade, o recente estabelecimento de um estado-nação judaico é anômalo. Isso levantou questões que tornaram mais difícil para nós usar e desenvolver os recursos culturais que sempre utilizamos como povo da diáspora. Um dos mais importantes desses recursos tem sido a compreensão de que nem nós nem outras minorias podemos combater o racismo sozinhos.

Como descobri na década de 1970, quando o Jewish Chronicle estava criticando os jovens que se juntavam à Liga Antinazista, o longo exercício de redefinir o antissemitismo e controlar nossas respostas a ele não se trata apenas de proteger Israel das críticas. Trata-se também de minar as alianças progressistas na diáspora, o que, ironicamente, dificulta o combate ao antissemitismo que não temos problemas em identificar e definir – que emana principalmente da direita, mas exige ação onde quer que ocorra, inclusive na esquerda.

A tentativa agressiva de redefinir o antissemitismo de modo que ele se concentre em Israel em vez de em todas as suas vítimas em todo o mundo não só sufocou a discussão sobre o sionismo, a ocupação e a luta palestina por justiça. Ela também não teve nenhum impacto sobre os níveis de antissemitismo. De fato, alguns dos governos que endossaram a Definição Operacional do IHRA – os da Áustria, Hungria, Lituânia e Estados Unidos, por exemplo – fecharam os olhos para o antissemitismo local e, em alguns casos, o lideraram ou incentivaram.

A Declaração de Jerusalém sobre Antissemitismo, lançada em 2021, é uma iniciativa mais positiva. Embora o texto da declaração não seja perfeito, ele foi redigido de boa fé e tem a intenção de ser aberto, discursivo e baseado em direitos universais. Um de seus autores foi David Feldman, diretor do Pears Institute for the Study of Antisemitism da Birkbeck, em Londres. Feldman resumiu a situação em que nos encontramos agora da seguinte forma:

O ponto de partida... é nossa atual confusão sobre o que é antissemitismo... Quando se trata de antissemitismo, muitos de nós literalmente não sabemos do que estamos falando e ficamos felizes em admitir isso. E quanto ao restante de nós que acha que sabe o que é antissemitismo, somos congenitamente incapazes de concordar entre nós.

O livro de Lerman levanta questões complexas e extremamente importantes que precisamos abordar com urgência. Sua coragem em ousar perguntar “o que aconteceu com o antissemitismo?” e sua persistência e rigor em buscar as respostas nos proporcionaram um recurso valioso. Ele nos ajudará a entender os propósitos políticos por trás da tentativa de transferir a responsabilidade pelo racismo antissemita e redefinir o próprio povo e as comunidades judaicas.

O antissemitismo é sempre errado e deve ser sempre combatido. Lerman aponta para as consequências prejudiciais da tentativa de impor uma definição distorcida de antissemitismo tanto para o povo judeu quanto para nossos aliados em outras comunidades de minorias. Isso serviu para dividir e enfraquecer essas alianças tão necessárias. Precisamos parar de nos distrair e, em vez disso, dedicar nossa energia a cultivar essas alianças.

Colaborador

Julia Bard é editora do Jewish Socialist.

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