Francisco Bosco
Por se dedicar às premissas subjacentes ao discurso identitário, considero que o livro de Neiman cai como uma luva no debate brasileiro, no sentido de contribuir para uma tarefa difícil e necessária: desativar a vista grossa da esquerda para comportamentos identitários politicamente degradantes, geralmente percebidos como "excessos" ou casos irrelevantes quando comparados às injustiças sob todos os aspectos mais graves contra as quais se erguem.
LEIA ENTREVISTA COM SUSAN NEIMAN
É um erro esquerda querer ser 'woke', diz filósofa dos EUA
É essa atitude intelectual que impede o reconhecimento do identitarismo como um movimento que não se confunde com a defesa da diversidade e a exigência de reconhecimento e plenos direitos a quaisquer minorias.
Neiman demonstra que tais supostos excessos são, na verdade, consequências lógicas das premissas subjacentes adotadas. Sendo assim, não produzem episódios isolados, mas um comportamento regular.
Quanto ao argumento da "irrelevância comparada", isto o digo eu mesmo, quem o defende afirma automaticamente uma justiça utilitária, disposta a sacrificar a justiça para indivíduos concretos em prol do avanço de determinados grupos. Porém ambos, utilitarismo e avanço, devem ser questionados.
O ponto central de Neiman é o conflito universalismo versus tribalismo. Ela argumenta que a esquerda é fundamentalmente universalista, enquanto o tribalismo é propriedade exclusiva da direita conservadora.
Bom, era. Os identitários abraçaram um tribalismo progressista, para o qual são mais decisivos os "acidentes com que nascemos" que "os princípios que sustentamos".
No lugar do princípio da solidariedade moral ativa, por meio da qual qualquer sujeito poderia se juntar a outros no sentido de transformar a sociedade em nome de objetivos universalistas comuns, o identitarismo se caracteriza por considerar que a diferença humana fundamental é aquela "entre nossos iguais e todos os demais".
Traduzindo para a dinâmica social, como negar a forte tendência tribalista no abuso da noção de lugar de fala, segundo o qual qualquer sujeito não inscrito em um marcador de minoria estaria condenado a reproduzir os interesses de sua posição de origem?
Desse modo, a menos que reitere "ipsis litteris" os enunciados em jogo, será tachado de racista, sexista etc. Neiman se vê obrigada, nesse ponto, a lembrar: "Dizer que histórias e geografias nos afetam é trivial. Dizer que nos determinam é falso".
Eu me vejo obrigado a lembrar que esse tipo de abuso dá o tom das discussões, há quase uma década, sobretudo em redes digitais, onde está o nervo do debate público.
No Brasil, me permitam aplicar os argumentos de Neiman à nossa realidade, o tribalismo identitário se manifesta com força no âmbito cultural. Não há espaço aqui para discutir a questão da mestiçagem ou os limites do culturalismo brasileiro. Mas vejamos, por exemplo, a questão da apropriação cultural.
O identitarismo transformou um ponto pertinente (a assimetria de poder simbólico e financeiro entre pessoas negras e brancas diante de dinâmicas culturais mestiças) em uma polícia de comportamentos e interações sociais, com bases antropológicas falsas.
Seria preciso parar de uma vez por todas com essa intimidação contraprodutiva de dizer que "branco tem que ir no samba com respeito", que "não pode usar fantasia de mulher" e afins. Para isso, contudo, seria preciso primeiro que a esquerda reconhecesse que tais práticas existem e são degradantes.
Voltando ao livro, outra forma de tribalismo consiste em essencializar os sujeitos, isto é, reduzi-los a seus marcadores acidentais. A essencialização é uma espécie de condenação moral e política; ela impede os sujeitos de transcenderem sua origem por meio de suas escolhas.
Aqui, é a essência que precede a existência. Sartre, insuspeito de posições liberais, se reviraria no túmulo. Yascha Mounk, em livro ainda não publicado no Brasil, "The Identity Trap" (a armadilha da identidade), mostrou que a essencialização foi uma estratégia defendida por Gayatri Spivak —que depois a recusou, ao avaliar seus efeitos.
Neiman não desconhece os limites dos discursos universalistas. Ao contrário, ela é uma grande leitora do Iluminismo. Não ignora os preconceitos de Kant, as contradições concretas de Locke, o sexismo de todos eles. No entanto, considera que o momento político requer antes lembrar as inestimáveis contribuições desses e de outros filósofos: "Pensadores iluministas inventaram a crítica do eurocentrismo e foram os primeiros a atacar o colonialismo, com base em ideias universalistas".
É preciso, ela defende, assimilar suas ferramentas, mesmo que seja para montar outra casa, que eles mesmos, homens de seu tempo que eram, não foram capazes de construir.
Retrato de uma mulher branca idosa com sorriso amigável, usando óculos, blusa laranja, lenço colorido e brincos de argola, com os cabelos ao vento, em frente a um fundo de parede de pedraRetrato de uma mulher branca idosa com sorriso amigável, usando óculos, blusa laranja, lenço colorido e brincos de argola, com os cabelos ao vento, em frente a um fundo de parede de pedra
Doutor em teoria literária pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e ensaísta, foi presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes) de 2015 até o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Autor, entre outros livros, de "O Diálogo Possível: Por uma Reconstrução do Debate Público Brasileiro"
[RESUMO] Susan Neiman escreve com admirável clareza e perspicácia, mirando um público mais amplo, sobre como o movimento identitário perdeu de vista a defesa da diversidade e enveredou por um tribalismo antes exclusivo da direita reacionária, segundo o qual marcadores acidentais (como raça e gênero) são mais definidores que princípios e escolhas morais das pessoas, defende autor. Para ele, a esquerda deveria refutar esses traços para reconquistar a sociedade para o aprofundamento da democracia.
*
"A Esquerda não é Woke" é um livro eminentemente filosófico: investiga as premissas teóricas de fundo que, por vezes à revelia de suas intenções —e, em geral, de sua consciência—, estão operando no conjunto de premissas manifestas e métodos políticos dos chamados "woke", ou, no Brasil, identitários.
Susan Neiman escreve com admiráveis clareza e percuciência, reivindicando para si uma herança iluminista, tanto em relação a perspectivas fundamentais —o universalismo, o anticolonialismo, o exercício da crítica— quanto à estratégia discursiva de mirar um público mais amplo que aquele versado nos jargões das novas teorias críticas, globalmente suspeitas de uma espécie de elitismo liberal.
Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Bucareste - Daniel Mihailescu - 29.jul.23/AFP |
Mais adiante retomo as afirmações feitas acima sobre o Iluminismo, que certamente já terão deixado de orelha em pé os leitores da vasta fortuna crítica contemporânea sobre as contradições e hipocrisias dos iluministas.
Por se dedicar às premissas subjacentes ao discurso identitário, considero que o livro de Neiman cai como uma luva no debate brasileiro, no sentido de contribuir para uma tarefa difícil e necessária: desativar a vista grossa da esquerda para comportamentos identitários politicamente degradantes, geralmente percebidos como "excessos" ou casos irrelevantes quando comparados às injustiças sob todos os aspectos mais graves contra as quais se erguem.
LEIA ENTREVISTA COM SUSAN NEIMAN
É um erro esquerda querer ser 'woke', diz filósofa dos EUA
É essa atitude intelectual que impede o reconhecimento do identitarismo como um movimento que não se confunde com a defesa da diversidade e a exigência de reconhecimento e plenos direitos a quaisquer minorias.
Neiman demonstra que tais supostos excessos são, na verdade, consequências lógicas das premissas subjacentes adotadas. Sendo assim, não produzem episódios isolados, mas um comportamento regular.
Quanto ao argumento da "irrelevância comparada", isto o digo eu mesmo, quem o defende afirma automaticamente uma justiça utilitária, disposta a sacrificar a justiça para indivíduos concretos em prol do avanço de determinados grupos. Porém ambos, utilitarismo e avanço, devem ser questionados.
O ponto central de Neiman é o conflito universalismo versus tribalismo. Ela argumenta que a esquerda é fundamentalmente universalista, enquanto o tribalismo é propriedade exclusiva da direita conservadora.
Bom, era. Os identitários abraçaram um tribalismo progressista, para o qual são mais decisivos os "acidentes com que nascemos" que "os princípios que sustentamos".
No lugar do princípio da solidariedade moral ativa, por meio da qual qualquer sujeito poderia se juntar a outros no sentido de transformar a sociedade em nome de objetivos universalistas comuns, o identitarismo se caracteriza por considerar que a diferença humana fundamental é aquela "entre nossos iguais e todos os demais".
Traduzindo para a dinâmica social, como negar a forte tendência tribalista no abuso da noção de lugar de fala, segundo o qual qualquer sujeito não inscrito em um marcador de minoria estaria condenado a reproduzir os interesses de sua posição de origem?
Desse modo, a menos que reitere "ipsis litteris" os enunciados em jogo, será tachado de racista, sexista etc. Neiman se vê obrigada, nesse ponto, a lembrar: "Dizer que histórias e geografias nos afetam é trivial. Dizer que nos determinam é falso".
Eu me vejo obrigado a lembrar que esse tipo de abuso dá o tom das discussões, há quase uma década, sobretudo em redes digitais, onde está o nervo do debate público.
No Brasil, me permitam aplicar os argumentos de Neiman à nossa realidade, o tribalismo identitário se manifesta com força no âmbito cultural. Não há espaço aqui para discutir a questão da mestiçagem ou os limites do culturalismo brasileiro. Mas vejamos, por exemplo, a questão da apropriação cultural.
O identitarismo transformou um ponto pertinente (a assimetria de poder simbólico e financeiro entre pessoas negras e brancas diante de dinâmicas culturais mestiças) em uma polícia de comportamentos e interações sociais, com bases antropológicas falsas.
Seria preciso parar de uma vez por todas com essa intimidação contraprodutiva de dizer que "branco tem que ir no samba com respeito", que "não pode usar fantasia de mulher" e afins. Para isso, contudo, seria preciso primeiro que a esquerda reconhecesse que tais práticas existem e são degradantes.
Voltando ao livro, outra forma de tribalismo consiste em essencializar os sujeitos, isto é, reduzi-los a seus marcadores acidentais. A essencialização é uma espécie de condenação moral e política; ela impede os sujeitos de transcenderem sua origem por meio de suas escolhas.
Aqui, é a essência que precede a existência. Sartre, insuspeito de posições liberais, se reviraria no túmulo. Yascha Mounk, em livro ainda não publicado no Brasil, "The Identity Trap" (a armadilha da identidade), mostrou que a essencialização foi uma estratégia defendida por Gayatri Spivak —que depois a recusou, ao avaliar seus efeitos.
Neiman não desconhece os limites dos discursos universalistas. Ao contrário, ela é uma grande leitora do Iluminismo. Não ignora os preconceitos de Kant, as contradições concretas de Locke, o sexismo de todos eles. No entanto, considera que o momento político requer antes lembrar as inestimáveis contribuições desses e de outros filósofos: "Pensadores iluministas inventaram a crítica do eurocentrismo e foram os primeiros a atacar o colonialismo, com base em ideias universalistas".
É preciso, ela defende, assimilar suas ferramentas, mesmo que seja para montar outra casa, que eles mesmos, homens de seu tempo que eram, não foram capazes de construir.
Retrato de uma mulher branca idosa com sorriso amigável, usando óculos, blusa laranja, lenço colorido e brincos de argola, com os cabelos ao vento, em frente a um fundo de parede de pedraRetrato de uma mulher branca idosa com sorriso amigável, usando óculos, blusa laranja, lenço colorido e brincos de argola, com os cabelos ao vento, em frente a um fundo de parede de pedra
Susan Neiman, autora de "A Esquerda não é Woke" - James Starrt/Divulgação |
Além de abraçarem o tribalismo em detrimento de reformarem o universalismo, os identitários, para a filósofa americana, seguem uma perspectiva incapaz de distinguir justiça e poder. Aqui, as maiores influências são Michel Foucault e Carl Schmitt. O francês tinha, como se sabe, uma perspectiva pervasiva e totalizante do poder e desconfiava de quaisquer discursos em nome da justiça, nos quais costumava detectar uma forma astuciosa de poder.
Já Schmitt, ideólogo do Terceiro Reich, considerava que a ideia de uma "democracia da humanidade" era uma balela nunca realizada em lugar algum. Só haveria democracia homogênea, comandada por um grupo social. O tribalismo schmittiano não reconhece a noção de justiça.
Ora, essas ideias são sempre atraentes à medida que qualquer sociedade está mais ou menos longe do ideal de uma democracia universal e destituída de instrumentos de governo dos cidadãos.
"O que torna ambos interessantes para os pensadores progressistas de hoje é a sua hostilidade compartilhada ao liberalismo e seu compromisso com desmascarar as hipocrisias liberais", observa Neiman. Bem, de acordo quanto ao desmascaramento; o problema é a alternativa apresentada.
Justamente —e esse é o terceiro eixo do livro—, a alternativa é uma desconfiança sistemática do progresso, uma recusa a olhar para a história humana desde o Iluminismo e reconhecer avanços morais e políticos, vendo apenas a continuação, quando não o agravamento, das formas de poder e controle.
Aqui Foucault reina. Por isso, é o filósofo mais criticado no livro. Para Neiman, o pensamento dele é insidioso, como neste trecho em que emula suas ideias: "Você acha que fazemos progresso rumo a práticas mais bondosas, mais liberadoras, mais respeitosas da dignidade humana? Dê uma olhada na história de uma ou duas instituições. O que aparentava serem passos rumo ao progresso acaba por serem formas mais sinistras de repressão".
Essa perspectiva resulta tão reacionária "quanto qualquer coisa que Edmund Burke ou Joseph de Maistre escreveram". De novo, apontar limites e pressionar por sua superação é uma tarefa da esquerda. Não reconhecer os avanços democráticos nas questões de raça e gênero nos últimos 60 anos aprofunda as divisões sociais, recusando o reconhecimento da justiça em privilégio do interesse de grupos sociais estáticos.
Por fim, um último princípio emerge no apagar das luzes do livro. Neiman o chama de "compromisso com a dúvida". Nesse ponto, reencontramos a tendência do identitarismo de saltar das críticas e intenções acertadas para métodos iliberais e potencialmente injustos. "É um sinal de progresso moral que não mais desqualifiquemos histórias de vítimas, como fizemos por tanto tempo."
O mesmo, contudo, não se pode dizer do fato de que "tenhamos passado de uma irrefletida desqualificação para uma irrefletida aceitação". Essa supressão do intervalo cognitivo e social entre denúncia e julgamento, a supressão do que poderíamos chamar de um devido processo moral, é talvez a marca mais distintiva do identitarismo.
A esquerda que faz vista grossa ao identitarismo deveria dar um passo atrás e reconhecer a existência sistemática dos traços acima descritos. A partir daí, uma nova etapa do debate poderia se abrir.
Alguns, talvez por considerar que a "liberdade positiva" (democrática) deva prevalecer mesmo às custas da "liberdade negativa" (liberal), defenderiam as premissas e métodos identitários.
Outros os recusariam e tentariam separar o joio do trigo: lutemos por diversidade, pleno reconhecimento e igualdade, nos âmbitos social e jurídico, para quaisquer minorias (é um falso problema decidir entre a prioridade da dimensão econômica ou do reconhecimento), mas descartemos o tribalismo, a essencialização, o dogmatismo e os julgamentos sumários.
Esse caminho é melhor em si mesmo e tem melhores chances de reconquistar a sociedade para o aprofundamento da democracia.
A ESQUERDA NÃO É WOKE
Preço R$ 99,90 (240 págs.) Autoria Susan Neiman Editora Âyiné Tradução Rodrigo Coppe Caldeira
Já Schmitt, ideólogo do Terceiro Reich, considerava que a ideia de uma "democracia da humanidade" era uma balela nunca realizada em lugar algum. Só haveria democracia homogênea, comandada por um grupo social. O tribalismo schmittiano não reconhece a noção de justiça.
Ora, essas ideias são sempre atraentes à medida que qualquer sociedade está mais ou menos longe do ideal de uma democracia universal e destituída de instrumentos de governo dos cidadãos.
"O que torna ambos interessantes para os pensadores progressistas de hoje é a sua hostilidade compartilhada ao liberalismo e seu compromisso com desmascarar as hipocrisias liberais", observa Neiman. Bem, de acordo quanto ao desmascaramento; o problema é a alternativa apresentada.
Justamente —e esse é o terceiro eixo do livro—, a alternativa é uma desconfiança sistemática do progresso, uma recusa a olhar para a história humana desde o Iluminismo e reconhecer avanços morais e políticos, vendo apenas a continuação, quando não o agravamento, das formas de poder e controle.
Aqui Foucault reina. Por isso, é o filósofo mais criticado no livro. Para Neiman, o pensamento dele é insidioso, como neste trecho em que emula suas ideias: "Você acha que fazemos progresso rumo a práticas mais bondosas, mais liberadoras, mais respeitosas da dignidade humana? Dê uma olhada na história de uma ou duas instituições. O que aparentava serem passos rumo ao progresso acaba por serem formas mais sinistras de repressão".
Essa perspectiva resulta tão reacionária "quanto qualquer coisa que Edmund Burke ou Joseph de Maistre escreveram". De novo, apontar limites e pressionar por sua superação é uma tarefa da esquerda. Não reconhecer os avanços democráticos nas questões de raça e gênero nos últimos 60 anos aprofunda as divisões sociais, recusando o reconhecimento da justiça em privilégio do interesse de grupos sociais estáticos.
Por fim, um último princípio emerge no apagar das luzes do livro. Neiman o chama de "compromisso com a dúvida". Nesse ponto, reencontramos a tendência do identitarismo de saltar das críticas e intenções acertadas para métodos iliberais e potencialmente injustos. "É um sinal de progresso moral que não mais desqualifiquemos histórias de vítimas, como fizemos por tanto tempo."
O mesmo, contudo, não se pode dizer do fato de que "tenhamos passado de uma irrefletida desqualificação para uma irrefletida aceitação". Essa supressão do intervalo cognitivo e social entre denúncia e julgamento, a supressão do que poderíamos chamar de um devido processo moral, é talvez a marca mais distintiva do identitarismo.
A esquerda que faz vista grossa ao identitarismo deveria dar um passo atrás e reconhecer a existência sistemática dos traços acima descritos. A partir daí, uma nova etapa do debate poderia se abrir.
Alguns, talvez por considerar que a "liberdade positiva" (democrática) deva prevalecer mesmo às custas da "liberdade negativa" (liberal), defenderiam as premissas e métodos identitários.
Outros os recusariam e tentariam separar o joio do trigo: lutemos por diversidade, pleno reconhecimento e igualdade, nos âmbitos social e jurídico, para quaisquer minorias (é um falso problema decidir entre a prioridade da dimensão econômica ou do reconhecimento), mas descartemos o tribalismo, a essencialização, o dogmatismo e os julgamentos sumários.
Esse caminho é melhor em si mesmo e tem melhores chances de reconquistar a sociedade para o aprofundamento da democracia.
A ESQUERDA NÃO É WOKE
Preço R$ 99,90 (240 págs.) Autoria Susan Neiman Editora Âyiné Tradução Rodrigo Coppe Caldeira
Lançamento em São Paulo No dia 26/3 (terça), às 9h30, Susan Neiman conversa com Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha, na PUC (rua Ministro Godói, 969); em 27/3 (quarta), às 19h, a autora debate com Eduardo Wolf e Jerônimo Teixeira na Livraria da Travessa de Pinheiros (rua dos Pinheiros, 513)
Lançamento no Rio Em 28/3 (quinta), às 19h, Neiman e Francisco Bosco falam sobre o livro na Livraria da Travessa do Leblon (av. Afrânio de Melo Franco, 290)
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