6 de fevereiro de 2024

Rosa Luxemburgo expôs o genocídio colonial na Namíbia

Quando a Alemanha negou a denúncia de genocídio da África do Sul contra Israel, o governo da Namíbia lembrou aos políticos alemães o legado genocida de seu estado na África. Na época, a militante socialista Rosa Luxemburgo expôs os crimes do colonialismo alemão enquanto eles aconteciam.

Peter Hudis

Rosa Luxemburgo, por volta de 1900. (Karl Pinkau / Wikimedia Commons)

O governo da Namíbia expressou de forma marcante sua solidariedade com os palestinos que enfrentam os ataques de destruição contínuos em Gaza por Israel em 13 de janeiro, em apoio à acusação de genocídio contra Israel que a África do Sul apresentou ao Tribunal Internacional de Justiça. O governo namibiano emitiu a seguinte declaração em resposta à decisão do governo alemão de apoiar oficialmente a negação destas acusações feita a Israel:

A Namíbia rejeita o apoio da Alemanha aos atos genocidas do racista Estado israelense contra civis inocentes em Gaza. A Alemanha cometeu o primeiro genocídio do século XX em 1904–1908, no qual dezenas de milhares de namibianos inocentes morreram nas condições mais desumanas e brutais. O Presidente [Hage] Geingob apela ao Governo alemão para que reconsidere a sua decisão inoportuna de intervir como terceiro em defesa e apoio aos atos genocidas de Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça.

É certamente um notável ato de má-fé por parte da Alemanha ao defender as ações de Israel quando ainda não respondeu plenamente pelos seus próprios atos genocidas contra os povos Nama e Herero, no que é hoje a Namíbia. O Estado alemão nunca concordou em compensar financeiramente ou oferecer reparações aos descendentes de suas vítimas.

Genocídio na Namíbia

A Alemanha começou a assumir o controle do Sudoeste africano em 1884, pouco depois da Conferência de Berlim ter dividido a África entre um conjunto de potências europeias, com o apoio ativo dos Estados Unidos. Despojou os africanos de suas terras, os forçou a entrar em reservas e campos de concentração e sujeitou muitos ao trabalho escravo.

Em 1903, os Nama se revoltaram contra a ocupação alemã, aos quais se juntaram pouco depois os Herero, em 1904. A Alemanha respondeu com uma violência sem precedentes: o General Lothar von Trotha, um notório militarista que ajudou a suprimir a Rebelião Boxer na China em 1900, deu uma mão para esmagar a rebelião. Trotha declarou:

Acredito que esse povo como tal deveria ser aniquilado ou, se isso não fosse possível por medidas táticas, deveria ser expulso do país... o movimento constante das nossas tropas nos permitirá encontrar os pequenos grupos deste povo e destruí-los gradualmente.

Depois de derrotar os rebeldes em batalha, ele conduziu comunidades inteiras – homens, mulheres e crianças – para o deserto de Kalahari, onde a maioria morreu de sede, doenças ou fome. A intenção genocida era inconfundível na proclamação de von Trotha:

Qualquer Herero encontrado dentro da fronteira alemã, com ou sem arma ou gado, será executado. Não pouparei nem mulheres ou crianças. Darei a ordem para expulsá-los e atirar neles.

Cerca de cem mil Nama e Herero – 85 por cento da sua população total – morreram como resultado.

Aclamado por suas ações pelo kaiser alemão, Trotha se tornou uma figura de destaque na racista e da extrema direita Sociedade Thule após seu regresso à Alemanha. Nesse papel ele serviu de inspiração para o jovem Adolf Hitler. Não foi certamente por acaso que Hitler declarou mais tarde, ao lançar a sua invasão da União Soviética em 1941: “A Rússia é a nossa África e os russos são os nossos africanos”.

Luxemburgo e o imperialismo

A estridente resposta do governo da Namíbia ao governo alemão recorda a poderosa acusação do imperialismo alemão que Rosa Luxemburgo, a socialista revolucionária judia e polonesa, fez naquela época. Desde o início de sua trajetória como ativista e teórica, Luxemburgo criticou as implicações genocidas da intrusão do capital europeu e americano no mundo não-ocidental – incluindo a África, uma parte do mundo à qual muitos socialistas ocidentais prestaram pouca atenção àquela altura.

Como escreveu Luxemburgo na sua Introdução à Economia Política (1909-15):

Para os povos dos territórios colonizados, a transição das condições comunistas primitivas para as condições capitalistas modernas ocorre sempre como uma súbita catástrofe, um infortúnio imprevisível com os sofrimentos mais terríveis, como é atualmente o caso dos Alemães com os Negros do Sudoeste de África.

Ela ampliou esta crítica em sua obra-prima, A Acumulação de Capital, ao discutir a Guerra dos Bôeres entre os colonos Afrikaner brancos e o governo britânico na África do Sul. Luxemburgo observou que as “pequenas repúblicas camponesas” dos bôeres estavam envolvidas numa “guerrilha constante com os africanos de língua bantu”:

A economia camponesa e a política colonial do capital de grande escala envolveram-se mutuamente numa luta competitiva pelos Khoikoi e outros povos indígenas – isto é,por suas terras e sua força de trabalho. O objetivo de ambos os lados era exatamente o mesmo: esmagar, expulsar ou exterminar os Negros Africanos, destruir suas formas de organização social, se apropriar de suas terras e os obrigar a trabalhar em condições de exploração.

Ela destacou os crimes da Alemanha contra os Nama e os Herero à medida que ocorriam. Considere a seguinte passagem de seu artigo de 1904 “O Julgamento do Terrorista Russo”:

Nossos Conselheiros Privados sabem muito bem como perseguir os Hereros africanos e os “chineses de rabo de cavalo”, convocando “cruzadas vingativas” para que a morte de cada aventureiro colonial alemão seja “expiada” não por uma, mas por milhares de vidas estrangeiras. Eles veem seus gritos de vingança como sendo a “honra alemã”, assim que alguém em Honolulu ou na Patagônia ousa olhar para os alemães com desaprovação.

Luxemburgo desenvolveu este ponto ainda mais no seu ensaio “Mulheres Proletárias” (1912):

A construção do futuro requer muitas mãos e corações. Um mundo de miséria feminina aguarda por alívio. A esposa do camponês geme ao quase desmaiar sob os fardos da vida. Na África alemã, no deserto de Kalahari, os ossos de mulheres hereros indefesas branqueiam ao sol, caçadas por um bando de soldados alemães e sujeitas a uma morte horrível de fome e sede. Do outro lado do oceano, nas altas falésias do Putumayo, os gritos de morte das mulheres indígenas martirizadas, ignoradas pelo mundo, desaparecem nas plantações de borracha dos capitalistas internacionais.

Três anos depois, ela recordou novamente a litania dos crimes coloniais em seu famoso Panfleto Junius:

A atual guerra mundial é um ponto crítico na trajetória do imperialismo... O “mundo civilizado” que permaneceu calmamente parado quando este mesmo imperialismo condenou dezenas de milhares de Hereros à destruição; quando o deserto de Kalahari estremeceu com o grito insano dos sedentos e a respiração estridente dos moribundos... quando em Trípoli os árabes foram ceifados, sob fogo e espadas, sob o jugo do capital, enquanto sua civilização e suas casas eram arrasadas.

Redescobrindo Luxemburgo

As críticas agudas de Luxemburgo aos crimes do imperialismo alemão contra os povos indígenas do Sudoeste de África são há muito conhecidas. No entanto, só recentemente se descobriu que ela escreveu uma série de análises e reportagens sobre a revolta Nama e Herero em 1904, que eram publicadas duas vezes por semana no jornal de língua polonesa Gazeta Ludowa.

A Gazeta Lodowa foi publicada em Poznań, uma região predominantemente de língua polonesa que foi anexada ao Império Prussiano durante a segunda divisão da Polônia em 1793. A publicação foi patrocinada pelo Partido Social Democrata Alemão (SPD) em vez da Social Democracia do Reino da Polónia e da Lituânia a qual Luxemburgo fazia parte, que atuou na Polônia ocupada pela Rússia.

Como parte de um esforço para mostrar aos céticos dirigentes do SPD que ela poderia conquistar os trabalhadores poloneses em Poznań e outras partes da Polônia ocupada pelos alemães para a causa do socialismo, Luxemburgo tornou-se editora do jornal de julho de 1902 a junho de 1904. Embora seja possível encontrar muitas das edições de 1902 e 1903, todas as de 1904 foram. O jornal foi encerrado em julho de 1904, após a prisão e execução do camarada e amigo próximo de Luxemburgo, Marcin Kasprzak (seu principal organizador em Poznań), e sua própria sentença de prisão de três meses no final de 1904.

Todos os artigos de Luxemburgo na Gazeta Ludowa foram publicados anonimamente. Cobriram uma vasta gama de questões, de desenvolvimentos políticos na Alemanha até a opressão dos poloneses pelos colonos alemães que procuravam “limpar” os poloneses de partes da Silésia e da Prússia do Sul, bem como vários eventos que ocorreram pelo mundo. Em 1962, o historiador trabalhista polonês Felix Tych identificou Luxemburgo como autora de vinte e sete artigos na Gazeta Ludowa.

No entanto, esses escritos foram completamente ignorados. Eles nunca foram reproduzidos em polonês ou incluídos em suas Obras Escolhidas em alemão e permaneceram totalmente desconhecidos nos países de língua inglesa. Graças à prodigiosa investigação de Jörn Schütrumpf, descobriu-se recentemente que a própria Luxemburgo escreveu praticamente todos os artigos de 1904 neste jornal de quatro páginas.

Além disso, quase todas as edições continham artigos e reportagens da sua autoria sobre acontecimentos na África – principalmente sobre a resistência dos Nama e Herero ao genocídio alemão. Ela claramente queria que os proletários polacos soubessem o que estava a acontecer no Sudoeste de África e demonstrassem solidariedade com as vítimas africanas da opressão alemã.

Alguns dos escritos de Luxemburgo na Gazeta Ludowa apareceram recentemente pela primeira vez em tradução alemã numa coleção editada por Holger Politt. Todos os escritos de Luxemburgo na Gazeta Ludowa , totalizando várias centenas de páginas, aparecerão num próximo volume das Obras Completas de Rosa Luxemburgo, em língua inglesa.

A civilização do capital

Luxemburgo tinha muito a fazer em 1904. Ela foi uma prolífica escritora para a imprensa socialista alemã, que se envolveu intensamente em debates teóricos e políticos no SPD e na Internacional Socialista, além de trabalhar incansavelmente para fazer campanha para os candidatos do SPD enquanto dirigia seu partido clandestino na Polônia (juntamente com seu colega Leo Jogiches). Isso sem contar sua volumosa correspondência.

É difícil imaginar como ela encontrou tempo para escrever praticamente todo o conteúdo de um jornal duas vezes por semana naquela que era, então, uma cidade provinciana de 120 mil habitantes, de tamanho bastante modesto – descobriu-se que ela tinha menos apoiadores em Poznań do que deixava transparecer ao SPD. E ainda assim conseguiu lidar com esse compromisso extra.

Então, o que Luxemburgo tinha exatamente a dizer sobre os acontecimentos na África em 1904? Em janeiro daquele ano, ela destacou as espoliações do rei belga Leopoldo II no Congo:

Um padre inglês, missionário, descreve da seguinte forma as atrocidades dos belgas para com os Negros na colônia belga do Congo: Em Mbongo, uma aldeia belga no Congo, foi montado um depósito de borracha onde a população local tira borracha da seringueira, que é acumulada como taxa. Se o homem Negro não trouxer borracha suficiente, o castigo mais leve que o espera é uma chicotada. Os Negros são frequentemente fuzilados na hora por tais crimes como um exemplo dissuasor para que “os outros sejam mais diligentes”.

Acontece também que os belgas, para poupar munições, fazem com que os Negros se alinhem uns atrás dos outros, para que possam matar várias pessoas com apenas uma bala, que penetra um corpo após o outro. Numa outra estação belga, o missionário viu esqueletos humanos espalhados na grama; ele contou 36 crânios. Quando perguntou de onde vinham os ossos, lhe foi dito que eram Negros baleados por soldados belgas e que os seus familiares estavam proibidos de os enterrar. É seguro afirmar que estas feras em forma humana, que cometem assassinatos elaborados por causa do deus dinheiro, ainda farão comentários sobre a “imoralidade dos socialistas”.

Respondendo ao perdão do Príncipe Prosper von Arenberg, um oficial militar alemão que torturou e assassinou brutalmente um africano indefeso, ela escreveu o seguinte em fevereiro de 1904:

Você fica com os cabelos em pé quando lê sobre tal assassinato e é difícil acreditar que a fera capaz de tal abominação seja um ser humano normal. E, no entanto, tanto o julgamento como o seu resultado levantam muitas questões curiosas e preocupantes. Em primeiro lugar, quantos assassinos condenados podem existir que, como o príncipe Arenberg, sofrem de doenças mentais e, no entanto, foram calmamente enviados para o cadafalso ou para a prisão? Nós, sociais-democratas, somos decididamente contra a pena de morte e contra as penitenciárias em geral; não acreditamos que uma prisão possa reformar qualquer criminoso. De qualquer forma, perguntamos: se os papéis tivessem sido invertidos, isto é, se o infeliz Negro tivesse assassinado o Príncipe Arenberg, a opinião pública teria se esforçado tanto trabalho para analisar sua condição mental?

Ela prosseguiu levantando “a questão mais importante” decorrente do caso de Arenberg:

O que deveríamos pensar de uma política colonial que resulta em criminosos insanos e degenerados ganhando um poder tão ilimitado sobre a vida e a morte da infeliz população nas colônias? É de se admirar que o povo Herero prefira morrer agora a continuar reconhecendo o domínio da “cultura” alemã, que é representada por feras como [Carl] Peters, [Karl] Wehlan, [Heinrich] Leist e o Príncipe von Arenberg?

Também em fevereiro de 1904, Luxemburgo voltou ao assunto do Congo e à exposição das atrocidades de Leopoldo por Roger Casement, que participou da Revolta da Páscoa na Irlanda doze anos depois:

Foi recentemente apresentado o relatório do governo inglês sobre as condições prevalecentes no estado africano do Congo, que é uma colônia belga. O relatório contém o relato de uma testemunha ocular do cônsul inglês Casement, que examinou a área em uma viagem especial. O cônsul relata que o comércio aberto de escravos desapareceu no Congo (já existia antes e ainda é praticado até certo ponto!), mas agora existe trabalho forçado.

Mas o “trabalho forçado” dos Negros significa nada menos do que a escravidão de fato, sobre a qual o próprio relator dá a melhor informação quando descreve como os funcionários belgas atiram as mulheres na prisão apenas para forçar os seus maridos a trabalhar, ou quando descreve a tortura contra os Negros e outros horrores cometidos pelos soldados coloniais. A imprensa inglesa está extremamente indignada com a desumanidade dos belgas, mas esquece que os ingleses em suas colônias não são melhores ao lidar com as chamadas “tribos semisselvagens” quando espalham a “civilização” do capital através de roubos, assassinatos e tortura.

Em abril, Luxemburgo discutiu a relação entre o capitalismo e a expansão colonial:

Enquanto o mundo inteiro está atento à luta sangrenta entre a Rússia e o Japão por uma grande parte da Ásia continental, em suas costas a terra africana foi silenciosa e secretamente dividida! Este é o caminho sangrento com que o capitalismo percorre o globo! Mas quanto mais rápido ele corre, consumido pela roubalheira gananciosa, mais rápido ele alcança seu objetivo – seu fim. Apesar de seu sangrento percurso, o movimento socialista pressiona como uma sombra inseparável na sequência do roubo e da exploração do capitalismo. Onde o capitalismo abre hoje o caminho através de desertos, montanhas e oceanos, aí levantaremos um dia o povo iluminado que libertou o trabalho, libertou os povos, confraternizou a humanidade, acabou com o sofrimento e a opressão. E para os Negros nos desertos africanos, que estão agora divididos como um rebanho de gado entre duas potências vorazes, o socialismo internacional e vitorioso trará um dia a boa nova da liberdade, igualdade e fraternidade!

Outro artigo do mesmo mês relacionou as atrocidades coloniais alemãs na África ao militarismo servil e autoritário no front interno:

Os Alemães ordenam que os Negros sejam caçados para lhes tirar o solo e a honra, após o que sua liberdade, paz e meios de subsistência são arrancados. Os agricultores e trabalhadores da Pomerânia, de Posen, da Baviera, a quem nenhuma pessoa Negra alguma vez fez nada de mal, agora caçam o pobre povo Negro em algum deserto arenoso da África, assassinando, roubando e estuprando as mulheres. Será que pelo menos um deles fará isso por iniciativa própria e com ponderação? Não, a disciplina militar férrea por si só transforma o soldado num animal, num fratricida, num assassino de guerra. Primeiro, ele é maltratado, humilhado e desonrado no quartel durante dois anos, e depois é solto como um cão treinado.

Luxemburgo continuou a desenvolver o tema:

Os crimes do militarismo atual estão tão intimamente ligados como elos de uma corrente. Os maus tratos aos soldados em tempos de paz, os crimes de guerra, as políticas de conquista militar - tudo isto são apenas flores e frutos de um único ramo, o do militarismo, que cresce num único arbusto, o da economia capitalista.

Novas paixões, novas forças

É difícil ler estas passagens e não se impressionar com o quanto falam dos horrores que se abatem sobre aqueles que sofrem hoje com o neocolonialismo e o imperialismo – seja na Palestina, na Ucrânia ou na Amazônia. Naquela época, como agora, esta opressão é a “flor e fruto de um único ramo” – um sistema capitalista global em total desordem.

Rosa Luxemburgo era, claramente, uma verdadeira internacionalista e anti-imperialista, e, acima de tudo, uma humanista, que não tinha ilusões de que a luta contra o imperialismo pudesse ter sucesso se se limitasse a atos de vingança e terrorismo.

Como ela argumentou durante a Revolução Russa de 1905, “a sede de vingança desperta invariavelmente vagas esperanças e expectativas” e “enfraquece a compreensão clara da necessidade absoluta e da importância excepcionalmente decisiva de um movimento de massas entre o povo, uma revolução de massas do proletariado” para a destruição do capitalismo e do imperialismo.

A onda massiva de protestos em solidariedade à Palestina e contra o genocídio de Israel aponta precisamente para o surgimento do tipo de novas paixões e de novas forças que podem tornar esta perspectiva uma realidade para o presente.

Colaborador

Peter Hudis, é professor de Filosofia na Faculdade Comunitária de Oakton e autor de Frantz Fanon: Philosopher of the Barricades. ("Frantz Fanon: Filósofo das Barricadas") e Marx's Concept of the Alternative to Capitalism ("O Conceito Marxiano de Alternativa ao Capitalismo"), além de ter organizado, junto de Kevin B. Anderson, o The Rosa Luxemburg Reader ("O Leitor de Rosa Luxemburgo"), e junto de Paul Le Blanc estar organizando a publicação da obra completa de Rosa Luxemburgo em inglês.

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