A direita global hoje se destaca em alavancar a nostalgia para fins reacionários. No entanto, memórias de períodos de esperança revolucionária e vitórias coletivas podem fornecer os materiais para uma forma de nostalgia que a esquerda pode usar.
Carolina Flores
O espectro assombra a política global: o espectro da nostalgia. Nostalgia pela família nuclear, com apenas um ganha-pão; nostalgia pelo Estado-nação etnicamente definido e uniforme; nostalgia por tempos mais simples, pré-internet; nostalgia de uma época em que homens eram homens e mulheres eram mulheres, ponto final.
A nostalgia na política tem a reputação de estar inextricavelmente ligada a projetos reacionários. Por exemplo, o filósofo Jason Stanley inicia seu livro de 2018, Como Funciona o Fascismo, com uma discussão sobre como a nostalgia, um olhar ansioso para "um passado mítico puro tragicamente destruído", é o afeto fundamental explorado pelo fascismo. De fato, os fascistas originais eram bastante explícitos sobre o apelo a um passado mítico. Em um discurso de 1922 no Congresso Fascista em Nápoles, Benito Mussolini declarou: "Criamos nosso mito... Nosso mito é a nação; nosso mito é a grandeza da nação!"
A Revolução dos Cravos
Crescendo nos subúrbios lisboetas de Lisboa no início dos anos 2000, meu feriado favorito era o 25 de abril, a celebração da Revolução dos Cravos em Portugal. Marca o dia em 1974 em que um grupo de oficiais do exército marchou sobre Lisboa, foi recebido de braços abertos pela população e pôs fim à ditadura fascista mais duradoura da Europa.
No ano e meio que se seguiu à Revolução dos Cravos, Portugal finalmente abandonou seu projeto colonial, negociando a independência de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. O país passou por um período revolucionário efervescente. O tipo de país em que Portugal se tornaria era algo em aberto e que cabia a todos decidir.
Como escreve a historiadora Raquel Varela, três milhões de pessoas — um terço impressionante da população — participaram diretamente dos conselhos de trabalhadores, moradores e soldados, reunindo-se regularmente para discutir acaloradamente tanto suas próprias condições materiais quanto a direção que o país deveria tomar. Os bancos foram nacionalizados e expropriados; 360 empresas foram assumidas e geridas pelos seus trabalhadores. Cooperativas habitacionais foram construídas com a colaboração de jovens arquitetos e moradores locais em todo o país, construindo novas casas para pessoas que antes só conheciam favelas.
Trabalhadores rurais que antes viviam em condições quase de servidão agora tomavam posse das terras que cultivavam com muito esforço. No Ribatejo, como mostra o documentário Terra Bela, trabalhadores sem terra se viram lado a lado com revolucionários barbudos vasculhando os armários dos senhores e experimentando alegremente suas roupas. "Agora pareço mesmo um duque!", gritou um deles, enquanto outros folheavam os livros nas prateleiras com curiosidade.
Três milhões de pessoas participaram diretamente dos conselhos de trabalhadores, moradores e soldados, reunindo-se regularmente para discutir acaloradamente tanto suas próprias condições materiais quanto os rumos que o país deveria tomar.
Talvez não seja surpresa que, num país que faz da saudade — uma saudade melancólica por coisas, pessoas e lugares que já se foram — um modo de vida, a revolução e o período revolucionário subsequente sejam recordados com intensa e amorosa nostalgia em Portugal. Praticamente não há protesto progressista, seja sobre habitação, violência policial ou questões económicas, sem que "25 de Abril para sempre! Fascismo nunca mais!" irrompa como um cântico em voz alta. Quando as comunidades de imigrantes sul-asiáticos no centro de Lisboa foram assediadas pela polícia em dezembro, figuras públicas progressistas apareceram no bairro no dia seguinte para distribuir cravos vermelhos, remetendo aos soldados com espingardas em cada foto da revolução.
O olhar carinhosamente nostálgico para o passado que encontramos aqui está muito longe da nostalgia da extrema direita, encapsulada no apelo de Trump para "Make America Great Again" (Tornar a América Grande Novamente), com a sua propulsão reacionária para nos aprisionar numa versão fantasiosa dos subúrbios dos anos 1950. É igualmente distante da nostalgia estética consumista de assistir a reprises da TV dos anos 90 de moletom, deixar o Spotify guiá-lo para outra música conhecida e navegar no Instagram por conteúdo do tipo "leve-me de volta para (insira a década)" — o que o teórico da nostalgia Grafton Tanner chama de "retrobait".
Enquanto esses tipos mais familiares de nostalgia anseiam por um passado nitidamente imaginado, a nostalgia pela Revolução dos Cravos é encapsulada no slogan "Ainda não cumprimos abril". O anseio nostálgico se transforma em apego a uma promessa ainda a ser cumprida.
Diferentes sabores de nostalgia
Todo dia 25 de abril da minha infância, meus pais, minha irmã e eu dançávamos de pijama ao som de canções de protesto dos anos 1970 a manhã toda, cantando como "o povo é quem manda". Meu pai, que era adolescente na época da revolução, contava as mesmas histórias todos os anos: de ver as ondas de presos políticos em êxtase descendo a colina de uma das prisões políticas mais infames do regime, recém-libertados de meses de tortura; de tardes na praia se transformando em disputas hormonais entre as alas jovens dos partidos comunista e maoísta sobre os detalhes mais sutis do Pequeno Livro Vermelho e do Manifesto Comunista; de passar o verão de 1975 no sul rural, trabalhando duro em um celeiro com outros jovens comunistas para ensinar trabalhadores agrícolas mal-humorados a ler e escrever.
No início da tarde, prendíamos cravos vermelhos em nossas camisas e íamos para o centro de Lisboa, onde marchamos pela Avenida da Liberdade. Inevitavelmente, encontrávamos amigos da família que só víamos uma vez por ano. Todos os anos, pessoas de todos os tipos estavam lá, de ativistas antirracistas ou queer a sindicalistas da velha guarda, de membros do Partido Comunista a famílias geralmente apolíticas que talvez votassem no centro-direita.
A Revolução dos Cravos e o período revolucionário que se seguiu são lembrados com intensa e amorosa nostalgia em Portugal.
Trump, Vladimir Putin, Viktor Orbán e seus aliados globais entendem bem os prazeres da nostalgia. A nostalgia em que a direita contemporânea trafega tem um claro objeto de desejo: um passado mítico em que famílias nucleares heterossexuais podiam viver em uma casa suburbana com uma única renda, onde as mulheres ficavam felizes em casa cuidando de seus muitos filhos e esperavam obedientemente para servir um copo de uísque aos seus maridos depois do trabalho. É verdade que, pelo menos nos Estados Unidos e em muitas democracias europeias, o pós-guerra foi de menor desigualdade, maior densidade sindical, maior militância trabalhista e prosperidade para muitos. Mas a direita reacionária canaliza a nostalgia do período precisamente para suas características mais questionáveis.
A nostalgia reacionária distorce o passado e se recusa a reconhecer qualquer progresso desde que aquele mundo mítico tão desejado foi roubado; cultiva o ressentimento pelo paraíso perdido e a ansiedade pela mudança. E, como constatamos a cada dia, a nostalgia reacionária não tolerará objeções à transformação desse mito rígido na realidade de todos, quer queiram ou não.
A nostalgia reacionária tem uma longa história em Portugal. O regime fascista aproveitou a nostalgia da gloriosa era das "descobertas" marítimas do país, quando os portugueses "deram novos mundos ao mundo", para fabricar o consentimento para a guerra contra os movimentos de libertação nas colónias. E, infelizmente, continua viva e bem em Portugal. Nas eleições deste ano, o partido de extrema-direita Chega obteve mais de 20% dos votos, mais do que triplicando a sua percentagem de votos em três anos, ultrapassando o partido de centro-esquerda como a segunda maior força política do país. O seu líder comparou-se explicitamente ao ditador António de Oliveira Salazar, que liderou o regime fascista português entre 1932 e 1968.
A resposta, na marcha da Revolução dos Cravos, que celebra o seu cinquentenário em 2024, foi uma multidão de mais de duzentas mil pessoas a marchar pela avenida, com cravos vermelhos pregados às camisas, gritando: "Fascismo nunca mais!" Quando minha namorada e eu chegamos ao início da marcha — minha primeira vez de volta desde que saí do país para a faculdade aos dezoito anos — fiquei impressionado com a quantidade de pessoas ali. Ajustando para o tamanho das áreas metropolitanas de Lisboa e Nova York, seria como se um milhão e meio de pessoas tivessem se reunido para marchar pela Quinta Avenida.
O clima era de exultação. No topo da marcha, ativistas com uma enorme faixa "Abril exige moradia" escalavam a estátua no meio da praça. Aposentados carregavam faixas exigindo melhorias na saúde pública. Uma jovem de jaqueta de couro carregava orgulhosamente uma placa com os dizeres "Lesbianize Abril". No final, um grupo de ativistas havia escalado uma estátua, exibindo orgulhosamente a bandeira palestina. Cartazes de pop art com cravos sobre fundos de cores diferentes, espalhados por toda a cidade, celebravam as muitas conquistas da democracia portuguesa, desde o direito a um salário mínimo em 1974 até a legalização do aborto em 2007.
Se a nostalgia reacionária é forte em Portugal, também o é o poder de um passado revolucionário compartilhado para coordenar uma multidão em torno do valor da democracia — a nostalgia como uma forte cola unificadora para os valores democráticos, não como uma bota pressionando nossos pescoços.
Se a nostalgia reacionária é forte em Portugal, também o é o poder de um passado revolucionário compartilhado para coordenar uma multidão em torno do valor da democracia.
Nesta versão de nostalgia, não há desejo de retornar a 1974. O foco está no que a revolução tornou possível e em onde podemos querer ir. A marcha não é uma reconstituição histórica, com homens uniformizados, tanques do exército e civis aplaudindo de calças boca de sino. É um protesto, que se renova a cada ano para focar nas questões mais urgentes do dia. Aqueles que marcham pela avenida assumem os valores da revolução — paz, pão, moradia, saúde e educação para todos, como uma famosa canção portuguesa dos anos 70 — e os incorporam, remodelam e redirecionam de acordo com as necessidades do dia.
A nostalgia pela revolução pode levar centenas de milhares às ruas. Pode nos lembrar da miséria humana que uma virada antidemocrática traria. E no ano passado, além dos limites legais das celebrações oficiais da revolução, a nostalgia ofereceu um vislumbre de algo mais transformador.
Como a nostalgia pode impulsionar a esquerda
Enquanto eu passeava tranquilamente pela Avenida da Liberdade, um grupo de ativistas da cena anarquista lisboeta invadiu uma escola abandonada no bairro de Santa Engrácia, em processo de gentrificação (e turistificação).
Eles batizaram a ocupação de "Centro Social de Santa Engrácia". O plano era que o prédio abandonado funcionasse como o que o sociólogo urbano Ray Oldenburg chamou de "um terceiro lugar", um espaço informal de encontro que não é nem trabalho nem lar, e que ele defendia ser o coração da democracia. Terceiros espaços estão ameaçados em todos os lugares. Em Lisboa — uma cidade que está sendo vendida a qualquer um que possa pagar por um Golden Visa (uma autorização de residência baseada em investimentos no país, geralmente por meio da compra de imóveis) — e convertida em uma Disneylândia hipster para nômades digitais, eles estão desaparecendo a cada hora.
Em 1974, o país também enfrentava uma crise imobiliária. Cinquenta mil pessoas viviam em barracos somente em Lisboa. Após a revolução, famílias inteiras, muitas vezes lideradas por mulheres, mudaram-se para moradias vazias, desde prédios de nove andares quase prontos até os palácios dos ricos que haviam fugido do país aterrorizados após a revolução. Algumas dessas ocupações eram lideradas por ativistas e ofereciam serviços geralmente indisponíveis para os pobres: clínicas de saúde pública, maternidades, creches ou cantinas.
Essas ocupações tiveram vida curta. Assim que o país se estabeleceu em uma democracia liberal plácida, após a eleição do partido de centro-esquerda, apoiado pelos EUA, para o governo em 1976, ocupar prédios abandonados tornou-se ilegal. Famílias foram despejadas sob promessas de moradia futura, e as propriedades foram devolvidas aos seus proprietários anteriores à revolução. Com o tempo, a posse da casa própria substituiu a abolição da propriedade privada como o sonho norteador. Pelo menos, isso aconteceu para todos, exceto para um punhado de esquerdistas nostálgicos que ansiavam pelo período pós-revolucionário.
Esse anseio nostálgico pode parecer revelar um dos principais pecados da nostalgia: distorce nossa visão do passado ao ignorar seus aspectos negativos. Realisticamente, Portugal em 1974-75 não foi uma utopia. A maioria das pessoas permaneceu miseravelmente pobre. A situação política e econômica era extremamente instável. Cerca de meio milhão de colonos retornaram, desorientados, desempregados e amargurados após a independência das colônias portuguesas. Houve muita agitação e violência de direita. O período só parece uma utopia com uma certa visão de túnel.
Mas qualquer pensamento sobre o mundo é necessariamente seletivo. Somos seres limitados. Podemos sentir nostalgia por características positivas distintas de um período sem acreditar que esse período foi uniformemente positivo e, ao mesmo tempo, reconhecer que houve progresso desde então. Em vez de funcionar como um caleidoscópio distorcido, a nostalgia pode servir como um indicador: aqui reside um gostinho da utopia.
A nostalgia pode ser aproveitada, não como um anseio por hierarquias rígidas de classe e raça e pela família tradicional, mas para destacar que podemos viver de acordo com valores diferentes.
Se a utopia fosse real, ainda que brevemente e em escala local, também seria uma possibilidade viva para o futuro, algo concreto e alcançável. Se vivemos assim uma vez, poderíamos viver novamente. A nostalgia pode ser aproveitada, não como um anseio por hierarquias rígidas de classe e raça e pela família tradicional, mas para destacar que podemos viver de acordo com valores diferentes; que podemos, por exemplo, ocupar prédios abandonados para morar coletivamente, sentar juntos, brincar e cuidar uns dos outros.
Visitei a ocupação pela primeira vez alguns dias depois da marcha, no final da tarde. Na área externa, luxuriantemente coberta de vegetação, jovens de vinte e trinta e poucos anos com mullets e franjas se amontoavam em grupos bebendo cerveja e conversando. Crianças circulavam com supervisão mínima dos pais. Mulheres na casa dos setenta revisitaram o prédio fechado há muito tempo onde algumas delas haviam estudado muitas décadas atrás. Havia pessoas pintando murais nas paredes, variando de frutas coloridas e arco-íris a absurdos ("punks não trapaceiam em jogos de cartas!!" ao lado de uma pintura naïf de um diabo jogando cartas) e slogans políticos ("aborto para todos"; "a Revolução dos Cravos começou na África"). Todos pareciam ocupados com alguma coisa: limpando, organizando o espaço, carregando móveis, levando comida e produtos de limpeza para a despensa compartilhada. Aparentemente não havia ordem nas coisas, mas a despensa estava totalmente abastecida, uma refeição estava sendo preparada e uma festa estava marcada para mais tarde. Parecia que, depois de todos aqueles anos ouvindo reminiscências da revolução, eu estava esperando por isso.
Enquanto passei os dias seguintes no prédio ocupado da escola, participando de assembleias, cozinhando refeições, ouvindo música ao vivo e assistindo a documentários temáticos, nossa nostalgia revolucionária se manifestou de maneiras que nada têm a ver com as lembranças ociosas de assistir a reprises de TV. Quando deixamos nossa nostalgia invadir a vida coletiva, nunca estamos apenas ansiando por um passado perdido. Mesmo que os projetos em que nos envolvemos remetam romanticamente a um período passado, eles não podem deixar de responder aos desejos que temos agora: neste caso, construir uma cidade que seja para seus habitantes, não mero alimento para as forças impessoais do capital ou para os apetites de viajantes do Airbnb.
De volta para o futuro
Nos Estados Unidos, não há uma revolução de esquerda unificadora pela qual ansiar coletivamente. Mas não faltam períodos de ebulição progressiva, ação coletiva vigorosa e sonhos ferozes.
De fato, uma espécie de nostalgia revolucionária já faz parte da prática progressista em um setor da política de esquerda geralmente considerado alérgico ao passado: o movimento LGBTQIA+. Todos os anos, a Parada do Orgulho, uma manifestação não corporativa, unifica uma coalizão diversa em torno da memória coletiva de Stonewall. Ao lembrar que "a Parada do Orgulho foi uma revolta", também relembramos o Greenwich Village de 1969 como uma promessa de libertação sexual e de gênero ainda a ser cumprida e nos comprometemos a lutar por ela.
A nostalgia revolucionária também foi fundamental para os acampamentos estudantis pela Palestina de 2024. Os acampamentos ecoaram conscientemente as mobilizações estudantis em massa contra a Guerra do Vietnã no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, tanto em termos de estratégia quanto de princípios éticos. Foi a nostalgia que tornou os protestos inteligíveis para um público amplo, desencadeando uma onda que se espalhou muito além dos Estados Unidos.
A nostalgia revolucionária foi fundamental para os acampamentos estudantis pela Palestina de 2024.
A estrutura da nostalgia progressista é a mesma nesses casos que na Revolução dos Cravos: fazer um esforço ativo para produzir uma memória compartilhada de um momento revolucionário; destacar os valores pelos quais nossos precursores lutaram; e então usar as celebrações desse passado para renovar o compromisso com valores compartilhados e nos organizar em torno de como podemos torná-los vivos agora.
Há muitas experiências na história dos EUA que valem a pena ser nostálgicas. Podemos relembrar os belos murais encomendados pela Works Progress Administration durante o New Deal e aproveitar essa energia para encontrar inspiração em outros programas importantes do período. Ou recontar a história da greve do Pão e das Rosas de 1912, que uniu cerca de 20 mil trabalhadores de mais de 51 nacionalidades em Massachusetts, inventou novas táticas e popularizou o slogan "Pão para todos e rosas também". Ou celebrar a Marcha sobre Washington por Empregos e Liberdade, orientando-nos em torno de uma agenda de justiça racial e econômica para todos.
Em Lisboa, em abril de 2024, a ocupação acabou durando apenas uma semana, com a polícia chegando de manhã cedo para expulsar os ativistas que dormiam lá dentro. Hoje, o prédio ainda está lá, trancado e sem uso. Para mim, aquela semana se consolidou em um novo conjunto de memórias nostálgicas.
A nostalgia que sinto em torno da data de 25 de abril — por uma revolução que não vivi, pelos dias felizes da infância, pela ocupação de uma semana do ano passado — diz-me que as utopias são possíveis. Essas utopias não são cenários determinados perdidos num passado longínquo — o do lar suburbano e da esposa obediente que alguns querem impor — mas sim desejos indefinidos de liberdade coletiva à espera de que os articulemos em conjunto.
Em Portugal, abril continua a ser uma promessa a cumprir. Noutros lugares, outros abrils pairam nas sombras, à espera de serem descobertos, saboreados e transformados em fontes de força e união.
Colaborador
Carolina Flores é uma filósofa de Lisboa que leciona na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.
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