1 de novembro de 2021

A importância dos 50 anos da China no Conselho de Segurança da ONU; leia o artigo

Nos últimos 50 anos, ao realizar seu próprio desenvolvimento, a China sempre defendeu a autoridade e o estatuto da ONU, praticou o multilateralismo, cumpriu fielmente seus deveres no CS

Yang Wanming



Em 25 de outubro há 50 anos, durante a 26ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Resolução No. 2758 foi aprovada por maioria esmagadora. O documento decidiu a restauração de todos os direitos da República Popular da China na ONU e reconheceu os representantes do governo da República Popular da China como únicos representantes legítimos da China na organização. No discurso na Reunião em Comemoração dessa data histórica, o presidente chinês Xi Jinping fez um resumo sobre as contribuições da China para a causa da ONU nas últimas cinco décadas e apresentou propostas importantes para aprofundar a cooperação entre a China e a ONU e promover a paz e o desenvolvimento da humanidade.

A China sempre foi construtora da paz e do desenvolvimento no mundo. Nos últimos 50 anos, ao realizar seu próprio desenvolvimento, a China sempre defendeu a autoridade e o estatuto da ONU, praticou o multilateralismo, cumpriu fielmente seus deveres e responsabilidades como membro permanente do Conselho de Segurança, e aprofundou continuamente sua cooperação com a ONU. O país é o segundo maior contribuinte ao orçamento regular da ONU e para as operações de manutenção da paz.

Dentre os membros permanentes do Conselho de Segurança, foi o que disponibilizou a maior força de paz, além de defender ativamente a solução política de controvérsias por meios pacíficos. A China foi um dos primeiros países a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, respondeu por mais de 70% da redução da pobreza global e fez esforços significativos para o progresso dos direitos humanos tanto no âmbito nacional como no internacional.

A China será sempre uma propulsora do desenvolvimento global. A atual pandemia implica impactos graves sobre o crescimento e o bem-estar social de todos os países, especialmente das nações em desenvolvimento, e a comunidade internacional precisa de solidariedade, cooperação e recuperação econômica. A China está empenhada a alcançar um desenvolvimento de melhor qualidade, mais eficiente, mais justo, mais sustentável e mais seguro, criando condições em que os frutos desse desenvolvimento beneficiem melhor e mais justamente a qualquer pessoa. Na recente reunião da Assembleia Geral da ONU, o presidente chinês propôs a Iniciativa de Desenvolvimento Global, chamou a comunidade internacional a superar os impactos da COVID-19 e acelerar a implementação da Agenda 2030, construindo assim uma comunidade global de desenvolvimento. Trata-se de mais um importante produto público que a China oferece à comunidade internacional.

A China será sempre a defensora da ordem internacional. Diante dos desafios globais, a China continuará fiel à cooperação e não ao confronto, à abertura e não ao isolamento, ao benefício mútuo e não ao jogo de soma zero. Além disso, está determinada a combater todas as formas do hegemonismo e da política de poder, bem como qualquer tentativa de unilateralismo e protecionismo. A China está pronta para unir forças com todas as nações a fim de implementar o verdadeiro multilateralismo, salvaguardar o sistema internacional centrado na ONU, a ordem global baseada no direito internacional e as normas basilares das relações internacionais sustentadas pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas.

Países em desenvolvimento e economias emergentes com relevância global, a China e o Brasil mantêm uma boa cooperação nas Nações Unidas e outros fóruns multilaterais. Parabenizamos o Brasil por sua eleição como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o mandato de 2022-2023, fato que aumentará a importância do diálogo bilateral sobre questões internacionais de paz e segurança e proporcionará mais oportunidades para viabilizar a cooperação entre nossos dois países e as demais nações em desenvolvimento no âmbito da ONU. Junto com o Brasil e os demais países do mundo, a China está disposta a fortalecer a comunicação e a coordenação para melhorar a governança global, salvaguardar a equidade e a justiça internacional e responder aos desafios globais.

Sobre o autor

É Embaixador da China no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Guia essencial para a Jacobin

A Jacobin tem divulgado conteúdo socialista em ritmo acelerado desde 2010. Eis aqui um guia prático para algumas das obras mais importantes ...