30 de abril de 2025

Trabalhadores: ainda estamos aqui; e vamos continuar

Uma nação se constrói com solidariedade e soberania, além de direitos sociais e trabalhistas; somos o motor da produção, do consumo e da transformação

VÁRIOS AUTORES (nomes ao final do texto)


Ainda estamos aqui, apesar dos ataques sofridos por meio de reformas que impuseram uma ampla retirada de direitos trabalhistas. A referência ao premiado filme de Walter Salles não é casual. A história de Eunice e Rubens Paiva ilustra a necessidade de resistência que marca também o sindicalismo.

Seguimos conquistando avanços para a classe trabalhadora através de campanhas salariais, convenções coletivas, programas de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e da luta política.

Márcio Pereira de Souza, professor de história aposentado, participa das comemorações do Dia do Trabalho em São Paulo em 2024 - Victoria Batalha - 1º.mai.2024/Folhapress

Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, lutamos por redução da jornada de trabalho sem redução salarial, pelo combate à carestia, pela isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5.000, por taxas de juros menores, empregos decentes e igualdade salarial entre homens e mulheres.

Promovemos uma série de atividades das quais destacamos a Plenária Nacional, a marcha em Brasília e o lançamento da Pauta da Classe Trabalhadora. Sob o lema "Por um Brasil mais justo: solidário, democrático, soberano e sustentável", essa jornada nacional culmina no dia 1º de Maio com manifestações em centenas de cidades e com a retomada do tradicional ato na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo.

Uma nação se constrói com solidariedade, soberania e com direitos sociais e trabalhistas. Constrói-se com a valorização dos trabalhadores, pois são eles o motor da produção, do consumo e da transformação social.

Além da solidariedade e soberania, destacamos em nosso lema a urgência da sustentabilidade. Mas a virada sustentável só será possível através de uma transição justa, que integre o povo trabalhador por meio de qualificação profissional, realocação e medidas que prevejam soluções para o desemprego.

Por sua capilaridade e conhecimento das demandas específicas de cada categoria, os sindicatos têm papel estratégico na construção de um mundo mais justo e sustentável.

Mas, dilapidados pelas reformas liberais iniciadas no governo Michel Temer (MDB), os trabalhadores ainda sentem os efeitos das perdas impostas em 2017. Perdas que afetam toda a nação, pois, quando os direitos trabalhistas são negligenciados e a precarização do trabalho é crescente, o país se afasta do caminho do desenvolvimento e fragiliza a democracia.

Por isso, também destacamos neste 1º de Maio a luta incansável pela manutenção da democracia.
Ainda sentimos as ameaças golpistas que ganharam força no governo de um ex-presidente que apoia abertamente as atrocidades da ditadura militar, denunciadas em "Ainda Estou Aqui".

Isso revela que a construção da democracia é tarefa permanente, algo que só é possível com a existência de sindicatos fortes. As organizações dos trabalhadores são pilares fundamentais de uma nação com justiça social, soberania, solidariedade, sustentabilidade e democracia.

Miguel Torres
presidente da Força Sindical

Sérgio Nobre
presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Ricardo Patah
presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo
Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Moacyr Tesch Auersvald
Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Antonio Neto
Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

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