Hanna Perekhoda
Mineiros de carvão de Donbas na década de 1940 na República Soviética da Ucrânia. (Mark Redkin / FotoSoyuz / Getty Images) |
Tradução / Ao anunciar a invasão russa da Ucrânia, Vladimir Putin ofereceu uma apresentação detalhada da sua visão do mundo - e da história. O presidente russo explicou que os ucranianos não existem, que a sua identidade é mera invenção e que o Estado ucraniano é um erro. Mais do que isso, classificou-o como uma criação ilegítima e um roubo à Rússia.
Putin foi especialmente venenoso contra Vladimir Lenine e a sua conceção da União Soviética como um estado federal – pintando-a como uma bomba-relógio que contribuiu para o colapso da URSS, “a maior catástrofe do século XX”. Foi também franco sobre as suas simpatias para com Estaline, uma vez que, renunciando às ideias de Lenine, tinha sido capaz de construir “um Estado estritamente centralizado e totalmente unitário” dentro das fronteiras do velho império czarista. Putin criticou Estaline apenas por não ter revisto os princípios leninistas mais aprofundadamente – ou seja, por não se ter livrado da autonomia formal das Repúblicas Soviéticas.
Mesmo entre aqueles que não questionam o direito histórico da Ucrânia de ser um Estado independente, é assumido comummente que as suas fronteiras reconhecidas internacionalmente, são, essencialmente, artificiais. Muitos não questionam as alegações de Putin de que as regiões do sudeste da Ucrânia foram “roubadas” à Rússia em benefício da Ucrânia. Desde 2014, Putin tem defendido que estas regiões “historicamente russas” foram ligadas à Ucrânia nos anos 1920. Mas terá isto alguma coisa a ver com os factos históricos?
Na verdade, coube aos bolcheviques, quando emergiram vitoriosos da luta pelo poder no final da Primeira Guerra Mundial, resolver o problema da fronteira da Rússia com a Ucrânia. Desenhar os limites de um país novo dentro de um império anteriormente centralizado não era um problema menor, especialmente dado que as províncias que se vieram a tornar na Ucrânia não tinham nenhum estatuto especial ou autonomia no interior do império czarista. No século XIX, o território da atual Ucrânia estava dividido entre três governo gerais que englobavam várias províncias: o Governo Geral de Kiev (noroeste), o Governo Geral da Pequena Rússia (nordeste) e o Governo Geral da Nova Rússia e Bessarábia (leste e sul). Depois da liquidação gradual dos governos gerais, esta subdivisão de facto entre três regiões persistiu. Estas estruturas herdadas do império não iriam simplesmente desaparecer sem deixar rasto depois das revoluções de Fevereiro e de Outubro. Em 1917-18, a sua persistência não apenas influenciou as estratégias das principais forças relativamente às suas estruturas organizativas – guiando também as suas escolhas políticas – mas moldaram decisivamente o que as historiadoras Sophie Coeuré e Sabine Dullin chamara as suas “geografias mentais”.
Esquecendo a Questão Nacional
A Revolução de Fevereiro acabou com czarismo; na Ucrânia, como no resto do Império, os sovietes (conselhos de trabalhadores) e o governo provisório começaram uma luta pelo poder. Mas em Kiev, um terceiro ator reivindicava o poder: o Rada Central, uma assembleia de diferentes partidos ucranianos que desejavam a autonomia da Ucrânia.
O único recenseamento que tinha sido feito, em 1897, não incluiu dados sobre a etnia dos habitantes do Império. Os defensores da autonomia alegavam que eram ucranianos todos aqueles que tinham indicado “pequeno russo” como a sua língua materna; a Ucrânia deveria, assim, incluir todos os territórios onde esta população era a maioria. Esta forma de definir o espaço político era bastante lógica: para um país cujas terras tinham, há muito, vindo a ser dominadas por autoridades imperiais que negavam a subjetividade histórica e cultural dos seus habitantes – estruturando em vez disso circuitos económicos de acordo com as necessidades da metrópole – critérios de legitimidade histórica ou de racionalidade económica dificilmente podiam serviam como argumentos para a autonomia.
Baseado nestes dados sobre as línguas, o Rada Central fez uma lista de províncias que deveriam ser consideradas ucranianas que incluia Kiev, Volhynia, Podolia, Poltava e Chernigov mas também as províncias de leste e de sul de Kharkov, Yekaterinoslav, Kherson e Taurida (sem a Crimeia). Apesar das grandes cidades serem centro de dominação colonial e falarem russo, as populações rurais indígenas falavam ucraniano e eram por todo o lado a maioria.
Para os militantes bolcheviques, a autonomia da Ucrânia e o seu território futuro dificilmente poderiam ser consideradas uma prioridade. Um deles recordava que estavam “extremamente impreparados para compreender a ideia da unidade da Ucrânia” e não analisavam as suas possíveis fronteiras. De facto, os espaços geográficos nos quais os bolcheviques operavam dependiam acima de tudo dos sovietes e das relações que estes estabeleciam uns com os outros. No território da futura Ucrânia existiam três sovietes locais em 1917 – um centrado à volta de Kiev, o outro à volta de Odessa e um terceiro que juntava a região industrial de Donets-Krivoi Rog. Esta divisão amplamente coincidia com o mapa administrativo da era czarista. Secções regionais do Partido Bolchevique foram formadas de acordo com o mesmo princípio territorial e os militantes organizavam-se dentro dos limites destas três áreas.
Pouco tempo depois, os bolcheviques locais foram esmagados por acontecimentos para os quais estavam mal preparados. Em outubro de 1917, não foram os bolcheviques que depuseram o governo provisório em Kiev mas o Rada Central que consolidou o seu poder. Yevgenia Bosch, da secção de Kiev dos bolcheviques escreveu que “quando a questão da auto-determinação ucrania foi levantada na prática” a organização continou sem “qualquer programa real”.
Ao longo do Dniepre
Com o falhanço do plano inicial de tomar o poder em Kiev pela força, o plano B dos bolcheviques consistia em organizar um congresso dos sovietes junto com o Rada Central. A segunda parte deste plano consistia em trazer massas de delegados bolcheviques das províncias do leste e usar esta força numérica para fazer pender a balança a favor dos apoiantes das novas autoridades de Petrogrado. Mas o congresso foi um desastre para os bolcheviques com os simpatizantes da Rada a ganharem a maioria.
Os bolcheviques precisaram de improvisar um um plano C e decidiram “procurar um lugar onde o proletariado é mais numeroso, mais concentrado, mais consciente”. Então, uma delegação deslocou-se para leste para Kharkov, uma grande cidade industrial. Os recém-chegados tentaram convencer os seus camaradas que estavam unidos por um objetivo comum: sovietizar toda a Ucrânia.
Contudo, o bolcheviques de leste queriam estabelecer-se primeiro permanentemente no oblast industrial e operário de Donets-Krivoi Rog, deixando ao mesmo tempo os camponeses ucranianos das províncias ocidentais escolher um governo “à sua própria imagem”. Os bolcheviques de Kiev chamaram a esta abordagem “a política de meter a cabeça na areia” e acusaram-nos de quererem “barricar-se no Donbass.”
Apesar dos desacordos, a 12 de dezembro de 1917, o congresso de Kharkov proclamou o poder soviético, declarou a criação da República Soviética Ucraniana (ligada por laços federais à República Soviética Russa) e anunciou o derrube da Rada. O nome do novo Estado era idêntico ao escolhido pela Rada, a República Popular Ucraniana ou UNR. O objetivo claro era substituir a UNR da Rada pela UNR Soviética. Mas ficou também claro que a ideia de um Estado ucraniano, tal como definido pelo movimento nacional, era mais influente do que aquilo que tinha parecido – e os bolcheviques não tinham escolha senão adotá-lo, apesar de o fazerem à sua maneira.
A República Soviética de Donets-Krivoi Rog
Na realidade, estava longe de haver qualquer consenso verdadeiro sobre estas questões no partido. Na altura da proclamação da Ucrânia Soviética, os líderes bolcheviques de Kharkov já estavam a construir uma República ao nível local com os seus próprios órgãos de poder. Então porque é que se opunham ao projeto de uma Ucrânia Soviética? Alguns membros assinalavam a escolha dos bolcheviques de Kharkov de se isolarem no ambiente urbano russificado dados os seus contactos muito limitados com o campesinato ucraniano. Para além disso, os militantes bolcheviques não eram imunes à ideologia imperial Grã-Russa. Porém, esta não era apenas uma luta entre lealdades regionais ou nacionais diferentes mas também um desacordo sobre táticas e a visão estratégica de conjunto.
A ideia de uma República de Donets-Krivoi Rog, unindo a Ucrânia de leste com a parte industrializada do oblast de Don, emergiu ao que parece sob a influência de alguns militantes que chegaram a Kharkov vindos de Rostov-do-Don depois da conquista da região russa vizinha pelo general anti-bolchevique Alexei Kaledin. O Don era um ponto de confluência para muitas das forças anti-bolcheviques destas terras e era assim entendido como uma ameaça imediata. Inversamente, o Donbass era uma região leal ao poder soviético, capaz de impor a sua vontade proletária às regiões camponesas e “reacionárias”. Assegurar o seu apoio era assim uma prioridade tanto para os que tinham fugido de Kiev quanto para os fugitivos de Rostov. Os seus planos respetivos eram essencialmente idênticos: integram o Donbass no seu projeto de Estado e usar as suas forças para afastar o inimigo da sua região natal.
Em janeiro de 1918, as forças armadas soviéticas apoderaram-se da capital ucraniana. O governo da Rada Central fugiu. De acordo com os bolcheviques de Kharkov, já não havia qualquer necessidade de manter a Ucrânia Soviética e a sua missão tática – assegurar o controlo da Ucrânia – tinha sido cumprido. Decidiram assim que as províncias de Yekaterinoslav, Kharkov, Tauride (sem a Crimeia) e uma parte do oblast de Don eram agora um República separada – a República Soviética de Donets-Krivoi Rog Soviet Republic (DKRSR).
Mas por que estabelecer uma República dentro destes limites territoriais? A sua proclamação era justificada em primeiro lugar pelo facto de que “as bacias de Donets e Krivoi Rog representam uma unidade economicamente auto-suficiente”. De acordo com os apoiantes da DKRSR, com a revolução socialista, “o princípio de classe, ou seja a economia, tinha prevalecido sobre o princípio nacional”. Insistiam que “criar a Ucrânia, mesmo uma Ucrânia Soviética, seria uma decisão reacionária” porque dar ao Estado uma forma nacional significava apenas “um regresso ao passado distante”. Pelo contrário, fundar um Estado baseado apenas no critério da relevância económica seria racional e portante progressista. A DKRSR deveria corporizar tal avanço. Ao criar uma República económica e não nacional, os bolcheviques de Kharkov estavam convencidos que estavam a defender uma visão verdadeiramente marxista do mundo e da sua história. Foi apenas em 1922 que a ideia de Lenine de que a nação era um passo necessário no caminho histórico para uma sociedade socialista ganhou espaço e se tornou um princípio orientador da URSS. Em 1917-18, uma boa parte dos membros do Partido Bolchevique, se não a maioria, estavam ainda convencidos que a revolução socialista e a igualdade que traria iriam tornar a “questão nacional” obsoleta.
Além disso, os fundadores da República Soviética de Donets-Krivoi Rog justificaram a sua decisão pela necessidade de juntar todos os recursos do Donbass ao serviço dos “centros industriais do Norte” como Petrogrado e Moscovo. “Queremos juntar-nos ao conjunto do país” insistia o líder do DKRSR, Fyodor Sergeyev, querendo dizer com esse “conjunto do país” o antigo Império czarista e a metrópole Grã-Russa. A proclamação da República Soviética Ucraniana era ao invés entendida como uma decisão nociva, “um capricho que não poderia durar” que quebrou a unidade do espaço económico imperial herdado da era czarista.
Sergeyev informou Petrogrado da sua decisão. A resposta chegou imediatamente: “consideramos esta separação prejudicial”. Contudo, as autoridades centrais abstiveram-se de tomar qualquer decisão definitiva a favor de qualquer um dos lados. Porém, as circunstâncias mudavam de dia para dia.
Procurando sair da Primeira Guerra Mundial, a República Soviética Russa assinou um tratado de paz com as Potências Centrais em março de 1918. uma das condições era a retirada das tropas do Exército Vermelho do território ucraniano e o fim das suas reivindicações territoriais na Ucrânia. Os bolcheviques na Ucrânia, obviamente, não queriam desistir assim tão facilmente. E se a Ucrânia Soviética se proclamasse independente também? Poderia opor-se à ocupação sem que a Rússia Soviética fosse responsabilidade pelas suas ações. Para isto ser possível, era necessário organizar um novo Congresso que votasse pela independência ucraniana e pela resistência armada aos invasores alemães e austríacos. O Comité Central do Partido Bolchevique apoiou este projeto e finalmente transmitiu uma diretiva clara: a DKRSR deve ser parte da Ucrânia e deve enviar os seus representantes ao congresso.
Contudo, assim que os alemães começaram a invadir as regiões industriais, Moscovo sacou, em vez disso, a cartada de que Donets-Krivoi Rog pertencia à Rússia, declarando que a ofensiva alemã “excedia as fronteiras do território puramente ucraniano”. As autoridades soviéticas, envolvidas num jogo diplomático, procuraram deixar em aberto todas as possibilidades na Ucrânia. Só que quando as forças austro-alemãs ocuparam toda a Ucrânia, este jogo diplomático acabou.
Por que "inventar" a Ucrânia?
Longe de fazerem parte de um plano de ação coerente e premeditado, as decisões tomadas pelos bolcheviques em 1917-1920 foram o produto das limitações – mas também das oportunidades do momento. Em 1917, nomeadamente devido à perseverança dos homens do Rada, a Ucrânia impôs-se como um novo espaço político. Esta nova realidade, ao início mal analisada pelos bolcheviques, forçou-os finalmente a assumir uma posição em questões até aí alheias a si. Mais importante, confrontou-os com a contradição entre a imensidade das suas ambições políticas numa escala glognal e as dificuldades muito concretas, locais, de uma revolução a decorrer num império colonial decadente. Esta contradição desencadeou um longo processo durante o qual as geografias mentais dos marxistas russos foram desafiadas e reconfiguradas.
A questão principal continua a ser, porque é que, depois da derrota dos nacionalistas ucranianos, as autoridades de topo soviéticas continuaram a apoiar a conceção de um “grande Ucrânia” e a descartar qualquer possibilidade de um Donbass russo ou independente. Não estava a principal missão deste projeto, nomeadamente o combate aos nacionalistas ucranianos, agora terminado?
Até cerca de 1922, o objetivo geral dos bolcheviques continuava a ser uma revolução mundial. E era assim necessário ganhar o apoio dos povos fora do núcleo russo território governado pelos sovietes de forma a expandir o alcance da revolta popular. Os seus olhares estavam voltados para ocidente, sendo os levantamentos nos países europeus a única esperança de sobrevivência da revolução da qual o Outubro Russo era apenas a primeira centelha. Neste sentido, a Ucrânia desempenhava um papel importante no seu projeto revolucionário global – abrir a primeira porta para a Europa e, em particular, para a Alemanha. Neste sentido, a retórica abertamente anti-nacional dos dirigentes da DSKSR podiam revelar-se um desserviço ao poder soviético e afastar os aliados da Ucrânia dos bolcheviques.
Durante a guerra civil, os comunistas hastearam a bandeira da Ucrânia Soviética em várias ocasiões, especialmente durante as ofensivas militares de forma a garantir apoio da população local.
Contudo, foi apenas a partir de 1919-1920 que os dirigentes bolcheviques começaram a perceber que uma Ucrânia Soviética formalmente independente, e que incluísse as províncias do sul e do leste, era não apenas uma boa resposta tática para neutralizar os nacionalistas mas trazia também vantagens a longo prazo. As cidades do leste, como centros industriais de dominação colonial poderiam tornar-se uma espécie de correia de transmissão entre a metrópole russa e a periferia ucraniana “camponesa”. Foi por isto que Moscovo nunca mais planeou separar esta região da Ucrânia, muito pelo contrário.
Como assinala bem Terry Martin, a estratégia dos bolcheviques era “assumir a direção daquilo que agora parecia ser um processo inevitável de descolonização”. Por esta razão, primeiro na teoria e depois na prática, Lenine optou por um princípio nacional na construção da URSS. Cada nação soviética teria a sua “casa nacional” com a sua territorialidade e administração próprias – um plano difícil de implementar num império continental como a Rússia. Na verdade, o Império czarista tinha um multiplicidade de áreas geográficas, a meio caminho entre o estatuto metropolitano e colonial. A Ucrânia de leste representa uma tal zona de hibridação: os seus centros urbanos, economicamente e culturalmente orientados para a Rússia, existiam como ilhas num oceano de um campo distinto ao nível social, étnico e cultural.
A tarefa árdua e ambiciosa de construir uma casa nacional para cada uma das nações soviéticas tinha vantagens tanto políticas quanto económicas, favorecendo o estabelecimento de um tipo de estrutura de Estado que garantia tomadas de decisão centralizadas – uma condição sine qua non para uma transição para o comunismo de acordo com os bolcheviques – ao mesmo tempo que era atraente para as populações locais e as suas particularidades. Ao fazer uma concessão ao conceito de Estado-nação de juntar nação e território, os bolcheviques esperavam preservar a integridade territorial do antigo Império russo e transformá-lo num Estado socialista multi-étnico. A federação das Repúblicas Soviéticas era suposta ser não apenas o primeiro grande passo num longo processo de fusão e, consequentemente, de eliminação das nações, primeiro na URSS e depois a nível mundial. Foi esta política que Francine Hirsch chama de “evolucionismo patrocinado pelo Estado”, seguida no quadro de um Estado centralizado com uma estrutura económica e administrativa quase-colonial, que daria à URSS a sua forma distintiva.
O ideal de “irmandade dos povos” cedo se tornou uma cortina de fumo para esconder o imperialismo estalinista. Assim, o nó das contradições entre a herança imperial do czarismo e o projeto utópico do bolchevismo no qual a URSS foi construída nunca foi desatado. Continua e representa atualmente um desafio para muitos países do espaço pós-soviético que foram privados de uma verdadeira soberania nacional, política e económica durante todo o século XX. Na continuidade desta longa história imperial, a Rússia de Putin continua a exercer a sua dominação brutal contra as suas ex-colónias.
Hoje, o projeto de Lenine de autonomia nacional é espezinhado por Putin, que avança argumentos históricos irredentistas e revisionistas para justificar a sua guerra bárbara contra os ucranianos. É tempo de dizer não a esta negação da subjetividade não só do Estado mas também do povo ucraniano. A nossa solidariedade deve dirigir-se ao povo ucraniano que pegou em armas para combater a força imperialista, assim como a todos aqueles que na Rússia, correndo o risco da sua liberdade, protestam contra a aventura militar decidida pelo Kremlin.
Sobre a autora
Hanna Perekhoda é assistente de pós-graduação em história na Universidade de Lausanne. Ela é membro do Comitê de Solidariedade com o Povo Ucraniano e com os Oponentes Russos da Guerra, com sede na Suíça.
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