(Gerard Julien / AFP / Getty Images) |
Como um crítico solitário que ousou desafiar o presidente do Federal Reserve Board, Alan Greenspan, durante a mania do mercado de ações do final dos anos 1990, o então congressista Bernie Sanders recebeu reconhecimento da esquerda política e cobertura desdenhosa da grande mídia. Sanders posteriormente ganhou atenção nacional significativa como um crítico populista declarado do sistema bancário após a crise financeira de 2007-8. Depois de declarar sua candidatura presidencial em 2015, ele consolidou sua reputação como o principal crítico dos banqueiros do país, usando a campanha para expressar a raiva que muitos americanos compartilhavam sobre a crise financeira e o resgate resultante. "Se eleito presidente", Sanders prometeu, "eu controlarei Wall Street para que eles não possam destruir nossa economia novamente". Hillary Clinton reconheceu o apelo dessa promessa de campanha quando — em pânico pela popularidade do ataque de Sanders às finanças e incapaz de responder efetivamente às suas críticas — ela tentou mudar de assunto exclamando: "Se nós desmembrássemos os grandes bancos amanhã... isso acabaria com o racismo? Isso acabaria com o sexismo? Isso acabaria com a discriminação contra a comunidade LGBT?" A posição que Sanders assumiu contra os bancos foi convincente, fiel ao momento contemporâneo e parecia nova. Mas, embora não familiar para a época, opor-se aos excessos e ao poder dos banqueiros dificilmente era original. Sanders emergiu como o sucessor de uma vertente influente da cultura política americana com profundas raízes históricas que motivou demandas econômicas de longo alcance no passado e pode fazê-lo novamente no futuro.
Como a campanha de Sanders demonstrou, embora o setor bancário seja amplamente considerado seco e sem graça, é, no entanto, uma questão que pode energizar a política da classe trabalhadora. Discutir e debater o setor bancário chama a atenção para interesses materiais opostos, o que promove uma política que está em sintonia com questões de classe. Os trabalhadores confrontam a relevância do setor bancário para suas vidas diárias toda vez que verificam o saldo de suas contas ou pagam uma conta. Quando Sanders apresentou a política financeira como um choque entre Wall Street, por um lado, e "famílias trabalhadoras", por outro, ele articulou uma mensagem populista baseada em classe que poderia atingir um espectro diverso de eleitores da classe trabalhadora. Nos últimos anos, grupos locais de uma única questão promovendo bancos públicos fizeram progressos reais em várias cidades e estados fortemente democratas. Entre outras questões, suas campanhas deram destaque a projetos de energia verde e acesso desigual ao crédito devido à discriminação racial. Essa mensagem entusiasma os políticos democratas liberais, mas sua capacidade de forjar coalizões mais amplas e inspirar a solidariedade que sustenta a política da classe trabalhadora é mais limitada.
Uma olhada no passado revela que programas bancários que são enquadrados em termos universais podem oferecer um dispositivo de organização eficaz com apelo generalizado. Compromissos compartilhados para refazer o sistema bancário foram a pedra angular de uma influente tradição política americana. No final do século XIX, a "questão do dinheiro" galvanizou dois partidos políticos de massa que protestavam contra a desigualdade da Era Dourada, os partidos Greenback e Populista. No início do século XX, um grande número de trabalhadores e fazendeiros em todo o país se uniram em torno de reformas bancárias como um meio de tornar a sociedade americana mais democrática. Vista à luz dessa história, a promessa de benefícios materiais do sistema bancário do governo continua a apresentar uma fonte de mobilização política da classe trabalhadora hoje.
Pesquisas recentes indicam que o público está insatisfeito com o sistema bancário privado. Em 2024, o Pew Research Center revelou que 60% dos americanos acham que os bancos têm um efeito negativo na nação. Esse descontentamento com o sistema bancário atual é bipartidário: democratas e republicanos eram igualmente propensos a ver os bancos como tendo um impacto negativo. Tal perspectiva estava de acordo com as descobertas de pesquisas anteriores. Uma pesquisa de 2016 realizada pela Edison Research descobriu que a maioria achava que Wall Street — um termo comumente usado para grandes bancos — fazia mais para prejudicar do que para ajudar a vida dos americanos, uma opinião que prevaleceu em todas as linhas raciais, de gênero, educacionais e partidárias, com uma exceção. O único grupo que contrariou esse padrão foi o daqueles com educação de pós-graduação, embora aqui também uma pluralidade tenha pensado que Wall Street fez mais mal do que bem. E esses resultados de pesquisa não são um fenômeno pós-crise financeira. Quando a Louis Harris and Associates conduziu uma pesquisa sobre o assunto em 1996, em meio a um boom econômico, o presidente da empresa concluiu que a impressão do público sobre Wall Street era "terrível". Na pesquisa, 61% dos americanos concordaram que Wall Street era "dominada pela ganância e egoísmo" e 64% concordaram que "a maioria das pessoas em Wall Street estaria disposta a infringir a lei se acreditasse que poderia ganhar muito dinheiro e sair impune".
O sistema bancário governamental poderia abrir novas possibilidades econômicas. Na ausência do imperativo de maximizar os lucros, os bancos públicos do nível local ao federal poderiam ajudar a promover políticas sociais-democratas. Operando sob o mandato de promover o bem-estar social, esses bancos poderiam ajudar a financiar programas governamentais universais. Projetos de infraestrutura pública seriam os principais candidatos para esses empréstimos. É importante ressaltar que o sistema bancário governamental reforçaria o controle público sobre os fluxos de capital. Aumentar as oportunidades de financiamento para bens sociais e serviços governamentais revigoraria o setor público. O sistema bancário governamental poderia permitir maior gestão pública da alocação de capital entre diferentes setores econômicos e tornar as decisões de investimento mais democraticamente responsivas.
Garantir esses resultados exigiria que a administração dos bancos governamentais fosse organizada em torno da transparência e da responsabilidade públicas. Comitês governamentais eleitos e nomeados publicamente ajudariam a responsabilizar os tomadores de decisão perante os eleitores. Promover a interação entre funcionários bancários do governo e as pessoas afetadas por suas decisões promoveria a preocupação da liderança com as necessidades sociais e as opiniões públicas. Exigir que os funcionários consultem regularmente todo o espectro de partes interessadas sociais por meio de conselhos consultivos e reuniões abertas ofereceria um meio de institucionalizar essas conexões. Colocar os funcionários sob supervisão e revisão regulares por legislaturas eleitas promoveria ainda mais a capacidade de resposta democrática.
Os oponentes dos programas governamentais habitualmente afirmam que os americanos são inerentemente opostos aos programas governamentais. No entanto, vozes da direita política estão entre as que questionam esse clichê. Em uma pesquisa de 2024, a American Compass, uma organização que defende uma "nova agenda econômica conservadora", encontrou "pouco apoio entre os partidos para reduzir qualquer um dos principais papéis do governo". Menos de um quinto dos entrevistados achava que os programas governamentais eram “geralmente inúteis”, enquanto a maioria era aberta sobre o assunto, afirmando que “não acredita que uma regra geral [sobre o papel do governo] faça sentido”. Este veredito não doutrinário indica que a maioria dos americanos pode ser receptiva aos méritos dos programas governamentais — uma atitude que tem precedentes históricos nos Estados Unidos. O século XX testemunhou o New Deal, a Great Society do presidente Lyndon B. Johnson, uma série de reformas durante a administração do presidente Richard Nixon e inúmeras outras iniciativas governamentais. Mais recentemente, oponentes de direita da reforma da saúde atacaram fervorosamente o Affordable Care Act e o enquadraram como emblemático do "grande governo". Durante a última década, esta lei ganhou aceitação pública constante, e todos os estados, exceto dez — principalmente no Sul — adotaram a expansão do Medicaid do programa.
Sistema bancário para o povo
Embora os banqueiros possam parecer onipotentes, a natureza do setor bancário torna todo o setor suscetível à pressão pública. A própria mecânica do setor bancário produz grandes vulnerabilidades à opinião popular negativa: há sempre o risco de os depositantes sacarem seu dinheiro e fecharem suas contas. No início da década de 1980, boicotes direcionados a bancos provaram ser uma ferramenta eficaz para ativistas que desafiavam a desindustrialização no oeste da Pensilvânia. Em um caso, tal boicote ajudou a proteger milhares de pensões e indenizações de trabalhadores. Em outro, uma ameaça de boicote reverteu os planos de fechar uma fábrica que empregava 650 trabalhadores. Estrategicamente mais significativa é a alavancagem que o público tem sobre o setor bancário no âmbito político. Embora a influência política dos banqueiros seja bem conhecida, sua necessidade de buscar autoproteção por meio do envolvimento político é menos notada. Os bancos dependem do governo, particularmente do governo nacional. O sistema bancário privado é um ramo relativamente regulamentado da economia e favorecido com o privilégio de uma rede de segurança federal, que é essencial para sua existência. O sistema bancário depende da confiança enraizada no apoio contínuo da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), do Federal Reserve System e, finalmente, do próprio governo federal. O poder atual dos banqueiros é menos uma questão estrutural, é claro, do que a consequência da ausência de desafios políticos.
Durante o início do século XX, o sistema bancário privado enfrentou críticas significativas da base. O grande interesse público em questões financeiras refletiu a herança política do Greenbackismo e do Populismo. Influenciados por essas tradições, e também pelo crescente movimento socialista, muitos americanos ansiavam por estabelecer bancos governamentais.
A discussão sobre o assunto do sistema bancário governamental evoca uma linha duradoura de investigação histórica: "Por que não há socialismo nos Estados Unidos?" Ao longo dos anos, inúmeras explicações foram oferecidas a essa questão, incluindo animosidades raciais e étnicas, altos níveis de mobilidade social, um sistema bipartidário arraigado e uma cultura intensamente individualista. Mais recentemente, historiadores escrevendo na última parte do século XX questionaram a premissa dessa questão em si, revelando que o socialismo não só existia nos Estados Unidos, mas tinha raízes no coração americano. A pesquisa deles situou pequenas cidades do Centro-Oeste da Era Progressista, o interior de Oklahoma durante o mesmo período e o ambiente de Indiana do século XIX que produziu Eugene V. Debs no centro da história socialista da nação. Quando os historiadores recuperaram o passado socialista dos Estados Unidos do início do século XX, eles também ressuscitaram a memória do apelo substancial do movimento aos trabalhadores e fazendeiros. Em 1920, Debs recebeu quase um milhão de votos para presidente enquanto estava preso na Penitenciária Federal de Atlanta devido à sua oposição à Primeira Guerra Mundial.
No entanto, uma dimensão importante da questão do apelo do socialismo permanece comparativamente negligenciada: a prevalência e popularidade, além do Partido Socialista da América, de ideias econômicas que se cruzam e se sobrepõem ao socialismo. Neste artigo, explorarei um aspecto do passado americano que foi perdido: um movimento de massa de trabalhadores que buscavam socializar o setor bancário. Durante a primeira metade do século XX, a condenação pública generalizada do sistema bancário privado e dos banqueiros que controlavam essa característica fundamental do capitalismo levou a um amplo apoio entre os trabalhadores à criação de bancos governamentais e à nacionalização dos bancos privados.
O apelo do sistema bancário governamental para os americanos do início do século XX resultou de um nível notável de engajamento popular com questões de política financeira, algo amplamente ausente hoje. Preocupações materiais levaram esses trabalhadores e fazendeiros a pressionar por uma reforma bancária que tornaria a economia mais justa. Esses críticos do status quo bancário e monetário pensavam amplamente sobre questões econômicas. Mas havia um grupo menor e menos influente cujo interesse em dinheiro era mais restrito. Um foco exclusivo em assuntos financeiros levou esses críticos a acreditar que a única mudança econômica necessária envolvia mexer com dinheiro. Entre eles estavam figuras do establishment cuja tentativa de usar a reforma monetária para impedir outras reformas econômicas revela as motivações reacionárias por trás de tais programas. Durante a Grande Depressão, por exemplo, um lobby notável pela inflação — o Comitê pela Nação — era uma organização de executivos de negócios que se opunham ao New Deal. Havia também reacionários política e socialmente marginais, tipicamente de uma variedade antissemita, cujas teorias da conspiração incorporavam panacéias financeiras. O programa político do grupo protofascista dos anos 1930, os Camisas de Prata, por exemplo, abordava questões monetárias. Uma característica distintiva do programa deles era a proposição duvidosa de que a substituição da moeda física por uma rede de contas correntes eliminaria “crimes financeiros”, como roubo e extorsão de resgate por meio de sequestro.
Enquanto grupos como o Committee for the Nation e os Silver Shirts tentavam transformar o envolvimento em massa com questões financeiras para seus próprios fins, programas políticos orquestrados pela elite e marginais se desenrolavam separados da política bancária de base dos trabalhadores. A política bancária verdadeiramente populista, por outro lado, estava enraizada em sindicatos e grupos de agricultores, instituições que os trabalhadores organizavam, lideravam e financiavam a si mesmos. Várias instituições de trabalhadores e agricultores, do nível local ao nacional — variando da Chicago Federation of Labor ao National Farmers Union e ao United Mine Workers of America — forneciam fóruns onde ideias financeiras heterodoxas circulavam, incluindo a crença de que o estabelecimento de bancos governamentais combateria os abusos do sistema financeiro existente como um todo.
Em um nível individual, os trabalhadores estavam interessados em serviços bancários porque queriam segurança para suas economias e maior acesso ao crédito. O motivo aqui era menos sobre enriquecer do que sobre atingir a modesta prosperidade que ofereceria segurança financeira básica a eles e suas famílias. Eles também esperavam superar a ameaça econômica, política e social representada pela concentração de vasto poder financeiro em apenas algumas mãos. Os oponentes do "poder do dinheiro" se esforçaram para domá-lo em prol da democracia. Os trabalhadores entendiam que Wall Street era a sede do capitalismo, decidindo autonomamente onde o investimento seria ou não canalizado. Eles acreditavam que os excessos de busca de lucro de grandes instituições financeiras irresponsáveis frequentemente ameaçavam a estabilidade econômica. Consequentemente, também nessa frente, a busca dos trabalhadores por segurança financeira tornou a reforma do sistema bancário uma prioridade para eles, porque eles entendiam que, operando com supervisão mínima, os bancos causavam e ampliavam as depressões recorrentes que regularmente causavam estragos no século XIX e no início do século XX.
A ação política coletiva que emergiu das discussões políticas dentro de organizações de trabalhadores e fazendeiros impulsionou mudanças significativas no sistema bancário da década de 1910 até a década de 1930. Um grande ímpeto para a maioria das reformas bancárias da época foi a pressão pública persistente, consistentemente expressa por meio de autoridades eleitas, por mais envolvimento do governo neste setor crítico da economia. Em comparação com hoje, o sistema bancário operava de forma mais autônoma do governo, carimbando esta agenda de reformas como uma clara ruptura com a prática passada. Ainda assim, o vigor do envolvimento popular na política bancária de base produziu vitórias, apesar do fardo do precedente e da amarga resistência da fraternidade bancária. A possibilidade de empreendimento governamental na forma de bancos públicos apresentou uma opção política abrangente que pairava sobre todos os debates financeiros contemporâneos. A ameaça de uma medida tão radical facilitou as reformas que agora parecem moderadas, mas foram veementemente opostas pelos banqueiros na época, que atacaram o FDIC, o Farm Credit System e o extinto Postal Savings System. Ao contrário de seus medos, após sua criação em 1934, o FDIC trouxe estabilidade sem precedentes ao sistema bancário. Foi a pedra angular de uma ordem financeira reformada que não mais alimentava altos e baixos bruscos, fornecendo uma base para a prosperidade em massa pós-Segunda Guerra Mundial e neutralizando futuras demandas por mudanças de longo alcance no setor bancário.
Relatos históricos de engajamento em massa com a política financeira na sociedade moderna que surgiram entre a Guerra Civil e a Segunda Guerra Mundial enfatizaram debates monetários, especialmente o conflito da década de 1890 sobre a moeda que organizou o padrão-ouro contra o bimetalismo (baseando o dinheiro em ouro e prata). Mas a política bancária de base no início do século XX era menos focada em como o dinheiro deveria ser definido do que no propósito das instituições financeiras. Tornar as finanças responsáveis pelas preocupações materiais e morais dos trabalhadores estava no cerne desse movimento de massa. Seus apoiadores acreditavam que tirar o controle do dinheiro e do crédito dos banqueiros acabaria com o poder do motivo do lucro não apenas sobre os indivíduos, mas também sobre as decisões de investimento que moldavam desenvolvimentos econômicos maiores. A ideia de organizar o setor bancário para servir aos trabalhadores — em vez de explorá-los — mobilizou trabalhadores e fazendeiros, que buscavam uma visão econômica populista que se alinhava com os ideais socialistas. Em sua campanha de 2016, Sanders revelou que a reforma financeira ainda pode motivar os eleitores da classe trabalhadora hoje.
Greenbackers, populistas e socialistas
O candidato a vice-presidente do Partido Socialista em 1928 e 1932, James H. Maurer, entrou na política por meio de seu envolvimento na reforma financeira. Seu ativismo político foi fundamental para o desenvolvimento do forte movimento socialista em Reading, Pensilvânia, que atingiu o pico no final da década de 1920. O socialismo na cidade estava enraizado entre sua classe trabalhadora predominantemente holandesa da Pensilvânia — um histórico que Maurer compartilhava. Superando a pobreza e o analfabetismo, ele forjou uma aliança entre o trabalho organizado e o socialismo em sua cidade natal, eventualmente se tornando presidente da Federação Estadual do Trabalho da Pensilvânia. Jornaleiro aos seis anos e operário de fábrica aos dez, aos dezesseis Maurer era um aprendiz analfabeto em uma oficina mecânica. Mas sua vida mudou para sempre graças a um maquinista politicamente ativo que o ensinou a ler. Sob a tutela desse colega trabalhador, Maurer embarcou em um programa intensivo de autoeducação sobre os tópicos de "sistema bancário, padrão-ouro, bimetalismo, papel-moeda, moeda inflacionada, moeda contratada, cunhagem gratuita de prata". Ele se tornou um dos muitos estudantes de finanças da classe trabalhadora durante o final do século XIX e início do século XX.
Aprender sobre questões financeiras foi uma experiência fortalecedora para Maurer. "Antes dos dezessete anos", ele lembrou, "eu acreditava que sabia mais sobre bancos e manipulação de dinheiro do que a maioria dos congressistas". Embora jovem demais para votar, Maurer se tornou um membro entusiasmado do Partido Greenback. Os Greenbackers queriam que o governo federal combatesse as frequentes depressões econômicas e a deflação ruinosa do final do século XIX imprimindo grandes quantidades de papel-moeda. Por meio de seu envolvimento com o Partido Greenback, Maurer aprendeu a mecânica da organização política, carregando a bandeira nos desfiles do partido, distribuindo sua literatura e, em geral, fazendo qualquer trabalho que precisasse ser feito. Na década de 1890, o Partido Greenback estava moribundo, mas suas ideias financeiras tinham um novo lar no crescente movimento populista — um protesto em massa contra o capitalismo laissez-faire que conquistou adeptos entre os fazendeiros de trigo do Centro-Oeste e os fazendeiros de algodão do Sul, mineradores do Oeste e trabalhadores da construção urbana. Maurer se viu em grande demanda como palestrante em eventos populistas por toda a Pensilvânia. “Os banqueiros, em particular, foram alvo de abusos mordazes”, ele lembrou. “Nós os tratamos sem luvas.”
O banqueiro era uma figura que representava riqueza imerecida e poder irresponsável. Lançar um olhar crítico sobre as riquezas que os banqueiros desfrutavam e a influência indevida que exerciam ajudou os contemporâneos a pensar de maneiras mais sistêmicas sobre a injustiça dos arranjos econômicos que privilegiavam alguns e desfavoreciam outros. O Pânico de 1907, por exemplo, foi causado por uma tentativa imprudente e desajeitada de encurralar uma ação de mineração e a consequente falência de bancos conectados aos especuladores malsucedidos. O governo federal se apressou para resgatar bancos instáveis com um empréstimo considerável sem juros. Enquanto isso, a depressão econômica que essa crise financeira causou tirou milhões de trabalhadores de seus empregos. Um membro socialista do United Mine Workers of America culpou a depressão pela "instabilidade do nosso atual sistema bancário... aumentada por... jogadores de ações e agiotas, ao lado dos quais um ladrão de cavalos ou arrombador de cofres comum seria um cidadão respeitável".
Após a crise de 1907, o jornal socialista de maior circulação do país, o Appeal to Reason de Girard, Kansas, usou o setor bancário para dramatizar a natureza díspar do envolvimento do governo na economia. "O que um banqueiro deve fazer em uma crise financeira se ele estiver sem dinheiro?", perguntou o jornal. "Venha ao tesouro dos Estados Unidos e sirva-se do dinheiro do governo." A resposta federal, observou o Appeal, foi totalmente diferente no caso de trabalhadores desempregados. "O que um homem deve fazer se estiver desempregado em uma crise financeira e passando fome? Deus sabe!" Os privilégios de que os banqueiros desfrutavam forneceram ao Appeal um estudo de caso instrutivo de como, apesar das críticas ao socialismo que romantizavam os princípios do laissez-faire, o governo já estava ativo na economia. O dedo do governo estava inclinando a balança a favor dos capitalistas e contra os trabalhadores, enquanto o socialismo orientaria os esforços do governo para ajudar a classe trabalhadora.
When socialists criticized bankers and the privately owned banking system, they connected with an established pillar of working-class political culture. Large numbers of workers and farmers studied, discussed, and debated a variety of financial reforms. And with a lineage extending back to the Greenbackers and the Populists, government banking was deeply embedded in this political tradition. However, as the socialist movement grew in the first decade of the twentieth century, a former Populist vice presidential nominee, Thomas E. Watson, became one of socialism’s more vociferous critics. Many participants in the Populist uprising of the 1890s — most of whom were farmers — disagreed with Watson. They considered socialism to be a fuller development of their political philosophy. “I had the pleasure of voting for you in ’92,” a resident of upstate New York informed Watson, “and it is a matter of profound regret . . . that you cannot . . . step forward into the Socialist party.”19 Yet despite Watson’s denunciations of socialism, he promoted the idea of a federal bank that would make low-interest loans more widely available. It’s unsurprising then, given these two movements’ overlapping ideas, that in Oklahoma, Louisiana, and Texas, historian James R. Green found that “former radical Populists played an important role in building the early Socialist party locals.” Their political efforts proved highly successful, with one in six Oklahoma voters casting their ballots for Debs in the 1912 presidential election, an electoral result that rested on enthusiastic support from farmers.20
In 1912, the Socialist Party had put aside the ideological objections of some members and embraced farmers as fellow members of the working class.21 For workers, banking was an urgent political issue because the existing system’s instability ignited and fueled punishing economic depressions. Moreover, given that periodic hard times were a fact of life, those who managed to accumulate a nest egg wanted it to remain secure. In addition to these concerns, affordable credit was an especially pressing matter for farmers, since for them borrowing from lenders was analogous to the wage relationship between workers and employers. Credit allowed farmers to purchase essential supplies like seeds and fertilizer, and the agricultural loans that farming required typically imposed high and even usurious interest payments. Therefore, when socialists discussed banking, they spoke directly to a paramount concern of farmers. A leading socialist organizer in Oklahoma, Oscar Ameringer, stressed that “nationalization of the banking system, loaning money at actual cost, would give capital to the usury ridden farmer at a rate . . . lower than his greatest expectations.”22 The high cost of farm loans motivated supporters of the Bank of North Dakota — the sole state bank in the nation today — who persevered against opposition to its creation in 1919 and subsequently shielded the institution from attacks during its vulnerable early years.23
“The collective ownership and democratic management of the banking and currency system” became part of the Socialist Party platform in 1912.24 But government banking was much discussed and highly popular among working people well beyond party circles throughout the first half of the twentieth century. Postal banking was one form of government banking that received extensive public support. Numerous labor unions and farmer organizations lobbied to secure the 1911 establishment of the Postal Savings System, whose sole function was to offer savings accounts for small depositors. Shortly after the system’s inauguration, the 1912 American Federation of Labor convention sought to expand its role, resolving that funds deposited in the Postal Savings System should “be loaned to individuals . . . preferably to laboring people striving to obtain a home.” For decades, working people continued to urge that the Post Office Department become a full-fledged bank, offering checking accounts and low-interest loans through the nation’s extensive network of post offices.25
An additional legislative victory during this era that owed much to advocates of public banks involved farm lending. From the Populist movement forward, farmers had called repeatedly for the national government to provide them with affordable credit. Farmers frequently condemned bankers as superfluous and burdensome intermediaries who extracted unearned profit through interest payments. “Why not cut out this useless middle man, and the high rates of interest?” demanded one Nebraska farmer. In 1915, the Appeal to Reason spoke to this grievance, observing that under existing practices “the farmer suffers most” — even becoming “a debtor citizen” — and proposing to replace “private control of money and banking” with “absolute public control.” That summer, the nation’s three largest farmer organizations “unanimously agreed” on a plan that would create a federal government program for loaning money directly to farmers at low interest. The Federal Farm Loan Act of 1916 established an agricultural lending system that fell short of achieving the strictly governmental institution that many farmers favored. Still, this new system had access to funding from the United States Treasury and was governed by public officials. As farmers had predicted, the result was lower interest rates under more favorable terms.26
Producers and Parasites
Public banking proposals multiplied rapidly during the early years of the Great Depression, when one-fifth of the nation’s privately owned banks failed. In addition to difficult economic conditions, mismanagement and white-collar crime played significant roles in the banking crisis. In response to this financial disaster, the grassroots of the socialist movement pressed the case for government banks. “Captain Kidd in his most balmiest days would have gladly exchanged his piracy business for this ‘legitimate’ banking business,” one socialist declared in a letter to the editor. “The public ownership of all the banking institutions . . . is the only hope of the public for redemption from the present chaotic banking conditions that has helped paralyze this country.” Another correspondent implored the Milwaukee Leader “and all the other Socialist papers [to] print a form for a petition that the people could use to petition the government to establish government banks.” The Reading Labor Advocate did not promote such a petition drive but did urge that banking be “made a government function” as the “first step” toward replacing “the private profit system of industry.”27
The collapse of the private banking system in 1933 forced President Franklin D. Roosevelt to declare a national bank holiday immediately following his inauguration. The Socialist Party presented the new administration with a plan for transitioning to government banking. The Houston Post, a Democratic newspaper, predicted that recent events would make the nation especially receptive to socialist banking proposals.28 Yet given the extent to which the Depression undermined the standing of financial, business, and other orthodox economic authorities, the 1930s proved to be particularly frustrating for the movement. The Socialist Party’s emergence from World War I as a significantly reduced political force set the stage for this anticlimactic period. Socialist leader Norman Thomas perceptively observed that the New Deal undercut the party’s appeal, sarcastically remarking that Roosevelt carried out its program “on a stretcher.”29
Yet during the Depression, farmers and workers demanding government ownership and operation of banking embraced principles that socialists upheld, notably that existing economic arrangements awarded unaccountable private actors too much power, that the profit motive should not govern economic activity, and that the economy was a collective endeavor that ought to promote the common good. For example, New York City plunged into a fiscal crisis in the early 1930s, which empowered bankers to dictate budget policy as a condition for extending the loans that the city required to avoid default.30 Socialist leader Morris Hillquit recommended a municipal bank “as a protection against the domination of private bankers.”31 Appalled teachers in the public school system rallied to this cause, and their union denounced the banks for subverting fundamental democratic practice. In 1933, the American Federation of Teachers condemned the bankers’ “conspiracy to control government through their power to withhold credit,” resolving in favor of “a system of national banks under federal ownership and control.” The union had concluded that “only through government control of banking and credit can the manipulation of our financial structure for private ends be terminated.”32
Meanwhile, on the other side of the nation, the leading organization of small farmers in California — the State Grange — declared in its journal that banking “is not a producer of wealth — it is a middleman” and envisioned government banks that made affordable credit available on an equitable basis. Since banks were merely the intermediary between money and borrowers, these farmers believed it was necessary to remove the profit motive from banking by making “the government . . . the channel through which the cash and credit of the nation is made available to the people.” This arrangement would promote modest economic success, thereby supporting the financial security of citizens and sustaining the health of communities. Emphasizing that banking should not operate in the interest of profit extraction, the district grange of San Joaquin County insisted that “the service which money is designed to perform is that of a collective nature . . . private control of either the circulation of credit or the expansion of credit destroys the equitable feature of this service.” These Grangers accordingly “urge[d] a complete control of all monies by the government and the distribution of all monies through government agencies.”33
New Yorkers and Californians promoting the transformation of banking into a government function represented a prevalent opinion among working people nationwide. Support for nationalizing banking was expressed in multiple forms and in varied places, including through the state federations of labor of Colorado, Idaho, Indiana, Montana, Oklahoma, Oregon, and Washington; the state granges of California, Idaho, Missouri, Oregon, and Washington; and the state farmers’ unions of Iowa, Kansas, Missouri, and Montana.34 As late as World War II, the Minnesota State Federation of Labor wanted “private persons and corporations . . . forbidden to do a banking business . . . in order that value of money, of commodities, and of Labor power be stabilized and freed from the manipulations of speculators.” During the war, a union oil worker (and devoted advocate of government banking) echoed the venerable tradition of warning that “a few ruthless, cold-blooded, brutal private bankers have the power to bring on . . . continued economic chaos.”35
Although historians writing after the cultural turn often portray each glance, gesture, and utterance of marginalized individuals as consequential acts of resistance, a historical discrepancy exists between the prevalence of grievances among working people and the comparative infrequency of political action on their part.36 In order to produce effective action, a sense of injury requires a cogent interpretation of its causes. Workers and farmers who studied banking issues regularly concluded that bankers were parasites who profited from the labor of producers. This understanding encouraged working people to believe that their labor entitled them to both a fair share of what the economy produced and greater control over economic institutions themselves. After all, even though bankers performed no productive service, the existing banking system imposed these superfluous middlemen — exploitative figures who used the money that depositors had earned to extract undeserved income from borrowers.
The sharp juxtaposition of productive labor and unproductive finance yielded a producerist analysis that promoted a sense of solidarity among working people. Producerism holds that honest work creates wealth; hence producers should receive the fruits of their labor, not idle parasites. “What do the bankers produce that they can live on the fat of the land while we who produce everything have almost nothing of what we produce?” asked one Californian during the Depression.37 This perspective expressed a stark perception of opposing economic interests — a form of class division that inspired political action. Workers and farmers who considered themselves contributors to the commonweal shared a sense of exploitation at the hands of these nonproducers. Producerist convictions inspired working people to imagine banking alternatives that would rectify existing injustices and elevate the common good. Discontent with the private banking system promoted the idea that government banking could make the economy more responsive to democratic principles. This insight advanced a sense of the possible that motivated activist workers and farmers to campaign for public banks through their membership organizations.
Of course, in spite of the strength of public support for government banking, private banking remains the default model in the United States. When the banks collapsed in 1933, President Roosevelt was compelled to impose federal control over the entire system. The prestige of bankers was badly tarnished, and banks were not functioning. “It ought to be accepted as a principle,” Norman Thomas argued, “that banks saved only by government action . . . should pass absolutely into the control of the government and not be returned to the owners who could not manage them.”38 But in this moment of crisis, Roosevelt made the expedient decision to resurrect the private banking system. One supporter of the socialization of banking with contacts inside the administration reported that “the money changers whom Mr. Roosevelt drove out of the temples in his inaugural [are] congregating in the White House and telling him what to do.” The leading administration official during the crafting and execution of the bank holiday later observed that “capitalism was saved in eight days.”39
The ability of the private banking system to survive this trial shows how firmly entrenched its power was. But the extent of this power also makes clear both how audacious the grassroots banking politics campaign was and how remarkable its achievements were. The hostile opposition of bankers, for example, could not prevent the establishment of a government bank that extended throughout the nation: the Postal Savings System, often referred to as “Uncle Sam’s Savings Bank.” Rather than deter champions of government banking, awareness of the strength of their opponents actually motivated populist advocacy. “Do not get it into your heads brother farmers that these well fed bankers are going to let you get away from their crib if they can help it,” stressed Grange leader Carey B. Kegley. “The picking is entirely too good for them ever to permit you to be relieved from paying tribute.” Proponents of postal banking maintained their efforts to extend the institution following its establishment. Kegley, for example, proposed lending its funds to farmers at low interest.40 The possibility of comprehensive postal banking remained a threatening prospect to bankers until waning public interest in financial questions allowed them to lobby successfully for the Postal Savings System’s termination in 1966.
From today’s vantage point, it’s remarkable how frequently bankers were forced on the political defensive during the first half of the twentieth century. The relative ease with which bankers have promoted their desired deregulatory agenda and extracted government bailouts in recent decades underlines this point. “The banks — hard to believe in a time when we’re facing a banking crisis that many of the banks created — are still the most powerful lobby on Capitol Hill,” stated Senator Richard J. Durbin during the 2007–8 financial crisis. “And they frankly own the place.”41
The achievements of banking politics in its heyday were possible because of the vibrancy of the era’s worker and farmer organizations. Institutions that working people created and maintained served as schoolhouses where members discussed and debated financial issues. These autonomous spaces were relatively free of the economic orthodoxies that were used to defend established power relations. Within this sphere, bankers lacked authority and standing, which fostered an oppositional politics that — unlike the society at large — did not defer to the private banking system and its allies. Through participation in this populist political culture, workers and farmers became more fully conscious of the extent to which their own interests were at odds with the existing banking and monetary system, and consequently freer to formulate their own visions for what that system should become. Additionally, labor unions and farmer organizations provided working people with a collective voice that amplified their influence inside policymaking circles. This institutional framework allowed working people to challenge the prerogatives of bankers.
Sanders 2016 and Afterward
The economy and resulting social structure that made possible early twentieth-century banking politics has passed into history. The small farmers who were central to this politics are much diminished in number, and the labor movement has been in retreat for decades. But the inherent economic dynamic that generated mass interest in banking questions remains relevant today. In important respects, the relationship between the public and the current banking system resembles the situation that gave rise to grassroots banking politics over a century ago. Large numbers of Americans increasingly contend with burdensome debts as a regular feature of their lives. And the banking structure has become more unstable in recent decades, producing the savings and loan crisis of the 1980s, the financial crisis of 2007–8, and the spate of failures among large so-called “regional” banks in 2023. Stimulating a renewed interest in banking politics, as Sanders did, could create pressure for vital changes in American society today.
In his 2016 presidential campaign, Sanders achieved a significant breakthrough: reintroducing politics rooted in class analysis to the national scene. One of his main themes on the campaign trail was the threat that banks — and especially the large banks of Wall Street — posed to working families. Sanders demonstrated that banking could again become an issue that mobilizes voters. He described “an economy and a political system that has been rigged by Wall Street to benefit the wealthiest . . . at the expense of everyone else.” Too-big-to-fail banks and pervasive white-collar crime, Sanders argued, define the nation’s banking system, abetted by a regulatory regime that “has been hijacked by the very bankers it is in charge of regulating.” He promised a dramatic departure from existing policies if elected. “Big banks will not be too big to fail,” Sanders pledged. “Big bankers will not be too big to jail.”42
Although a democratic socialist, Sanders did not advance the nationalization of banking as the solution. The political culture of banking politics that made such proposals so common in the past had faded away decades earlier. Still, Sanders promised a true break from the status quo that included reviving postal banking, which would have “an important role in providing modest types of banking service to folks who need it.” Furthermore, Sanders made Clinton defend her affiliation with Wall Street, demonstrating that for many voters such connections with the financial sector had become a political liability. The populist analysis of the banking system that Sanders articulated echoed criticisms that were heard widely in the early twentieth century. “A handful of people on Wall Street,” he observed, “have extraordinary power over the economic and political life of our country.” But the most striking link to the past was how Sanders proposed to do something about this undue influence. “When millions of working families stand together, demanding fundamental changes in our financial system,” he observed, “we have the power to bring about . . . change.”43
Socialism received a major boost from the Sanders campaign, but today’s socialism isn’t the working-class movement of the early twentieth century. Among members of the nation’s largest socialist organization, the Democratic Socialists of America, a 2021 survey found that more than 80 percent had a college degree and 35 percent had an advanced degree.44 But when Sanders talked about banking, he reached a different audience. A key strength of Sanders’s 2016 candidacy was the clarity of his class-based message. By addressing banking, Sanders communicated a commitment to advancing the material interests of working people. Placing discussions about banks, bankers, Wall Street, and the Federal Reserve at the center of his campaign allied Sanders with struggling workers — those harmed by financialization, deindustrialization, corporate outsourcing, foreign-trade agreements, and the other economic reconfigurations that have disadvantaged workers. His depiction of finance offered structural clarity and presented specific reforms without becoming overly technical. Rebuilding working-class institutions and political power requires this type of compelling analysis of issues that are relevant to the everyday lives of citizens.
Consumer banking services are fundamental to daily life. At publicly accountable government banks, working people would benefit materially from consumer services that are not grounded in profit extraction. At public institutions, the profit motive wouldn’t inspire administrators to shave expenses and inflate revenues by increasingly monetizing, minimizing, and even eliminating functions that depositors and borrowers value — a never-ending push within the private banking system.45 The agenda of officials wouldn’t revolve around levying high interest payments, imposing large fees, inventing entirely new fees, automating customer service jobs, closing branch offices, and devising various strategies to reduce services and nickel-and-dime consumers. Instead of commodifying personal financial information, public banks could offer privacy protections. Credit unions represent a notably successful example of cooperative enterprise in the United States because they provide their members an attractive alternative to for-profit banks. Government banking would attract patronage and win public support for the same reason.
Government banking could have a salutary macroeconomic function, offering countercyclical support when economic conditions worsen. Stepped-up lending during such periods could reinforce other fiscal and monetary responses, including jobs guarantee programs. At the state and local levels, government banks could brace sagging budgets amid tax-revenue declines. The funds of government banks could create opportunities to extend concrete gains to working people in normal economic times as well. The following discussion suggests some ways that government bank assets could be used to benefit working people in their everyday lives.
Austerity policies have diminished numerous public goods, but government banking could provide affordable opportunities for financing a diversity of job-creating public works projects at the federal, state, county, and municipal levels. Instead of confronting burdensome interest payments through the typical array of private lenders and bondholders, government agencies could borrow funds at more attractive terms, making possible projects that would otherwise be deemed unviable.
The nation’s public spaces are too often poorly maintained and even crumbling. Educational facilities such as schools and libraries, in addition to more specialized structures like museums and planetariums, could be constructed and renovated using financing provided by government banks. Buildings that serve the public, from municipal hospitals and clinics to community centers and post offices, could be transformed from blueprints into bricks and mortar. New and improved recreational spaces, including parks, playgrounds, swimming pools, tracks, baseball and softball diamonds, and basketball and tennis courts, could be another outcome of such financing. Cash-strapped public transit and other infrastructure systems struggling to make needed improvements and repairs could also benefit. The Tennessee Valley Authority stands as a legacy of the New Deal and evidence of what government infrastructure initiatives can accomplish.46 Government banks could finance infrastructure projects involving transportation, energy, water, communications, and other sectors from the local to national levels.
Affordable housing is a pressing issue throughout the nation. Increasing numbers of working-class residents of both major cities and rural areas are finding it difficult to maintain a stable housing situation. Fiscal constraints are an obstacle to otherwise workable government-owned and rent-regulated solutions. While private investors avoid housing projects that don’t promise high returns, government banks could fill that void by financing social housing programs, ones that need not repeat the mistake of mid-twentieth-century public housing projects of limiting eligibility to lower-income residents. Shoddily constructed, poorly maintained, loosely managed projects intended only for very low-income residents were a recipe for failure. This unfortunate precedent supports not being so exclusive in the future. Many people in middle-income brackets would welcome the opportunity to participate in quality, well-managed social housing programs.47
Using the financial power of government banks to save jobs would forge a critical connection between these institutions and the lives of workers. In response to the deindustrialization that devastated numerous communities during the 1970s and 1980s, a movement emerged among workers to acquire and operate discarded manufacturing facilities. In 1987, the historian and labor activist Staughton Lynd observed that such ideas “have made something akin to socialism acceptable to middle American working people.”48 However, in order to be viable, this concept requires workers and their allies to secure large sums of money. Under the private banking regime, lack of the necessary financing for such endeavors has impeded this strategy. Although the wave of intense disinvestment that created the Rust Belt has passed, corporate abandonment has continued.49 Government banking could alter the calculus when workers face job losses.
Government banking presents opportunities for a host of public policy options, serving as a stimulus for potential government solutions to existing social problems. Objections on financial grounds frequently halt proposals for new and expanded public services and projects. The pool of funds in government banks would loosen this restraint. In this way, government banking could combat public resignation to the status quo. While it would remain necessary to set policy priorities, ideas once dismissed as unrealistic would be deemed worthy of further consideration. Proposals that previously appeared unrealizable would look more attainable. It would become easier to imagine viable social change. The basis of political life would move toward possibilities.During the first half of the twentieth century, millions of Americans supported government control of banking in a nation where socialist principles supposedly lacked appeal. They wanted the economy to operate in the service of the workers and farmers whose labor underwrote national prosperity, and they believed that realizing this populist vision required a banking system oriented toward public service instead of private profit. Although most advocates of government banking did not identify as socialists, they were sympathetic to the socialist ideal of democratizing the economy. The recent rise of Bernie Sanders in national politics reveals latent support for socialist ideas among working-class voters, including the white working class, who are frequently dismissed as innately reactionary.50 The history of banking politics in the United States is a striking reminder of what organized working people can achieve. Similar financial grievances circulate among the American working class today, serving as a potential source of popular political action in the future.
Sobre o autor
Christopher W. Shaw é o autor de Dinheiro, Poder e o Povo: A Luta Americana para Tornar o Sistema Bancário Democrático e de Primeira Classe: O Serviço Postal dos EUA, a Democracia e a Ameaça Corporativa.
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