Catia Seabra
Joelmir Tavares
Folha de S.Paulo
O pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento desta terça para o lançamento da prévia do programa de governo - Bruno Santos/Folhapress |
Após lançar as diretrizes de seu futuro programa de governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer desatar nós de sua campanha presidencial como a solução de imbróglios em palanques estaduais —com destaque para São Paulo— e a abertura de canais com o empresariado.
Aliados avaliam que Lula precisa viajar pelo estado acompanhado de seu candidato a vice, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), mas a indefinição de Márcio França (PSB), que mantém sua pré-candidatura ao governo mesmo com a campanha de Fernando Haddad (PT), é um impeditivo.
O pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento desta terça para o lançamento da prévia do programa de governo - Bruno Santos/Folhapress
Auxiliares têm contribuído para a pressão sobre o petista, que vê o PT desarticulado em alguns estados ou com dificuldade de consolidar alianças por causa de conflitos entre partidos da base.
A prévia do plano de governo, apresentada em São Paulo nesta terça-feira (21), deve ser usada como credencial nas movimentações. O texto foi lançado sem pontos que criaram ruídos em versões preliminares e com propostas que fazem concessões a conservadores e sinalizam ao centro na pauta econômica.
Estados-chave como Rio de Janeiro e São Paulo têm embates protagonizados por PT e PSB. O presidenciável planeja viajar ao Rio no início de julho para uma série de conversas.
Parte do PT fluminense resiste ao apoio a Marcelo Freixo (PSB) para o governo e também há divergência em torno da vaga ao Senado. O PSB quer lançar o deputado federal Alessandro Molon, enquanto uma ala do PT pleiteia a candidatura do presidente da Assembleia do Rio, André Ceciliano.
A dor de cabeça é maior em São Paulo. Alckmin, visto como alguém que pode ajudar Lula a quebrar resistência entre o eleitorado mais conservador e em setores do agronegócio, não foi escalado para agendas de campanha com ele no estado por causa da permanência de França no páreo.
Em uma reunião nesta semana, petistas disseram ser temerário ficar à espera de uma definição, que pode se dar somente no prazo legal das convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto.
Diante de um questionamento sobre a possibilidade de ter que se aguardar até lá, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que não acreditava que isso seria necessário. Alckmin, que acompanhava a conversa, assentiu com a cabeça, segundo relatos de pessoas que estavam no encontro.
A possibilidade de Lula deflagrar a série de incursões sem a companhia do vice não é descartada.
Outra prioridade para a campanha é ampliar o diálogo com representantes do empresariado e do mercado financeiro. O ex-presidente tem encontros com empresários agendados para o fim do mês, entre reuniões fechadas e jantares.
Nesta terça, ao discursar no lançamento da versão preliminar do plano de governo, Lula relatou que no dia anterior se reuniu com empresários junto com Alckmin e Haddad, mas não citou nomes.
"E eu, com muita falta de humildade, eu dizia [no encontro]: quem nesse país tem mais autoridade de recuperar esse país do que o Alckmin e eu?", afirmou o ex-presidente, que busca convencer setores refratários a ele de que um eventual retorno seu à Presidência terá previsibilidade e crescimento.
Falando dele e de Alckmin, o petista acrescentou: "Ninguém nesse país tem os partidos e movimentos sociais apoiando nem a experiência gerencial que nós temos para cuidar da coisa pública. Nós não precisamos de tempo para aprender".
"As coisas que a gente coloca aqui [no documento], de acabar com a fome, reduzir a inflação e a taxa de juros, de esse país voltar a ter importância mundial, nós já provamos que é possível", afirmou o líder das pesquisas de intenção de voto.
Aliados avaliam que Lula precisa viajar pelo estado acompanhado de seu candidato a vice, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), mas a indefinição de Márcio França (PSB), que mantém sua pré-candidatura ao governo mesmo com a campanha de Fernando Haddad (PT), é um impeditivo.
O pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento desta terça para o lançamento da prévia do programa de governo - Bruno Santos/Folhapress
Auxiliares têm contribuído para a pressão sobre o petista, que vê o PT desarticulado em alguns estados ou com dificuldade de consolidar alianças por causa de conflitos entre partidos da base.
A prévia do plano de governo, apresentada em São Paulo nesta terça-feira (21), deve ser usada como credencial nas movimentações. O texto foi lançado sem pontos que criaram ruídos em versões preliminares e com propostas que fazem concessões a conservadores e sinalizam ao centro na pauta econômica.
Estados-chave como Rio de Janeiro e São Paulo têm embates protagonizados por PT e PSB. O presidenciável planeja viajar ao Rio no início de julho para uma série de conversas.
Parte do PT fluminense resiste ao apoio a Marcelo Freixo (PSB) para o governo e também há divergência em torno da vaga ao Senado. O PSB quer lançar o deputado federal Alessandro Molon, enquanto uma ala do PT pleiteia a candidatura do presidente da Assembleia do Rio, André Ceciliano.
A dor de cabeça é maior em São Paulo. Alckmin, visto como alguém que pode ajudar Lula a quebrar resistência entre o eleitorado mais conservador e em setores do agronegócio, não foi escalado para agendas de campanha com ele no estado por causa da permanência de França no páreo.
Em uma reunião nesta semana, petistas disseram ser temerário ficar à espera de uma definição, que pode se dar somente no prazo legal das convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto.
Diante de um questionamento sobre a possibilidade de ter que se aguardar até lá, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que não acreditava que isso seria necessário. Alckmin, que acompanhava a conversa, assentiu com a cabeça, segundo relatos de pessoas que estavam no encontro.
A possibilidade de Lula deflagrar a série de incursões sem a companhia do vice não é descartada.
Outra prioridade para a campanha é ampliar o diálogo com representantes do empresariado e do mercado financeiro. O ex-presidente tem encontros com empresários agendados para o fim do mês, entre reuniões fechadas e jantares.
Nesta terça, ao discursar no lançamento da versão preliminar do plano de governo, Lula relatou que no dia anterior se reuniu com empresários junto com Alckmin e Haddad, mas não citou nomes.
"E eu, com muita falta de humildade, eu dizia [no encontro]: quem nesse país tem mais autoridade de recuperar esse país do que o Alckmin e eu?", afirmou o ex-presidente, que busca convencer setores refratários a ele de que um eventual retorno seu à Presidência terá previsibilidade e crescimento.
Falando dele e de Alckmin, o petista acrescentou: "Ninguém nesse país tem os partidos e movimentos sociais apoiando nem a experiência gerencial que nós temos para cuidar da coisa pública. Nós não precisamos de tempo para aprender".
"As coisas que a gente coloca aqui [no documento], de acabar com a fome, reduzir a inflação e a taxa de juros, de esse país voltar a ter importância mundial, nós já provamos que é possível", afirmou o líder das pesquisas de intenção de voto.
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